Você conhece bem o sistema reprodutor feminino? Sabe sobre sua anatomia, funcionamento e a relação direta com a fertilidade feminina?
No texto a seguir vamos explicar tudo sobre o assunto e como é possível diagnosticar problemas, prevenir doenças e cuidar da fertilidade da mulher. Boa leitura!
Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino e sua Relação com a Fertilidade
O sistema reprodutor feminino é formado por órgãos internos e externos que juntos desempenham funções sexuais e reprodutivas.
Nesse sentido, os órgãos externos, conhecidos em conjunto como vulva, são sustentados pelo períneo feminino. São eles: o monte pubiano, os grandes e os pequenos lábios, o clitoris, o vestíbulo, o bulbo vestibular e as glândulas vestibulares. Já a vagina, o útero, os ovários e as tubas uterinas fazem parte dos órgãos internos.
É importante esclarecer que o sistema reprodutor feminino passa por alterações todos os meses. Essas mudanças ocorrem sob a influência de hormônios secretados pelos ovários, e têm papel fundamental para dar início à gravidez.
No entanto, se a gestação não ocorrer, o revestimento endometrial se descama, passando pela vagina como sangue menstrual.
Conheça abaixo cada órgão da genitália interna e externa do sistema reprodutor feminino:
Genitália Interna
A genitália interna são os órgãos do sistema reprodutor feminino localizados dentro da pelve. Eles são formados por:
Vagina
A vagina é o órgão interno mais superficial. Nesse sentido, ela estende-se do útero à vulva (genitália externa). Funcionalmente, possibilita a menstruação, a relação sexual e o parto normal.
Útero
O útero é um órgão muscular localizado na cavidade pélvica do corpo feminino. Sua camada interna, chamada de endométrio, se prepara todos os meses para a implantação do embrião. Se a fertilização ocorrer, o útero será responsável por acolher e, junto com a placenta, cuidar do desenvolvimento do feto. Se a gravidez não acontecer, o revestimento endometrial é eliminado através da menstruação.
Ovários
Os ovários são as estruturas responsáveis pela produção de gametas e hormônios sexuais femininos. Nesse sentido, eles liberam um óvulo todo o mês (ovulação) para que ocorra a fecundação. Além disso, agem como glândulas endócrinas secretando vários hormônios necessários para a fertilidade, menstruação e maturação sexual das mulheres.
Tubas uterinas
As tubas uterinas ou trompas de Falópio são um par de órgãos musculares que se estendem dos cornos uterinos até aos pólos superiores dos ovários. São órgãos fundamentais pois é onde ocorre o encontro do óvulo com o espermatozoide, ou seja, a fertilização. A partir daí, as tubas são responsáveis por transportar o zigoto (óvulo fecundado) para o útero.
Genitália externa
Os órgãos externos do aparelho reprodutor feminino estão localizados no períneo, ou seja, fora da pelve. Eles incluem:
Monte pubiano
O monte pubiano é uma massa de tecido subcutâneo adiposo coberta com uma camada triangular de pêlos pubianos.
Grandes lábios
Os grandes lábios são duas dobras cutâneas longitudinais cobertas por pêlos pubianos. Eles são a parte mais lateral da vulva, estendendo-se desde o monte pubiano até o períneo. A fenda entre os grandes lábios é chamada de fenda da vulva e contém os pequenos lábios e o vestíbulo.
Pequenos lábios
Os pequenos lábios são duas dobras longitudinais, finas e sem pêlos, encontradas entre os grandes lábios. Eles contribuem para a formação do prepúcio e do frênulo do clitóris.
Clitóris
O clitóris é um órgão erétil responsável pelas sensações de prazer sexual feminino. Localizado na parte superior do vestíbulo vulvar, o clitóris é circundado pela parte anterior dos pequenos lábios.
Vestíbulo
A região entre os pequenos lábios é chamada de vestíbulo. Esta área perineal contém o orifício vaginal, a abertura da uretra feminina e as aberturas dos ductos excretores das glândulas vestibulares maiores e menores.
Bulbo vestibular
Os bulbos vestibulares são um par de tecidos eréteis subcutâneos Eles se estendem de cada lado do vestíbulo e se unem na frente do orifício uretral.
O Ciclo Menstrual, Ovulação e Fertilidade
Certamente você já ouviu falar sobre ciclo menstrual, que faz parte da vida de todas as mulheres em idade fértil. Nesse sentido, ele vai desde a puberdade, quando acontece a primeira menstruação (menarca), até à menopausa, período em que se encerra a fase reprodutiva da mulher.
Sendo assim,o ciclo menstrual é um processo fisiológico do sistema reprodutor feminino, que se prepara todos os meses para uma possível gravidez. Desta forma, o organismo passa por diversas alterações hormonais que estimulam a produção de óvulos e o desenvolvimento do endométrio para receber um eventual embrião.
Assim, se durante o período fértil ocorrer uma fecundação, o embrião será implantado na cavidade uterina dando início à gestação. Por outro lado, se a gravidez não acontecer, o endométrio irá descamar sendo eliminado através da menstruação.
Para entender melhor o ciclo menstrual, é importante saber que ele se refere ao período entre o primeiro dia da menstruação do mês e o primeiro da menstruação seguinte.
Embora dure em média 28 dias, o ciclo menstrual varia de mulher para mulher. Por isso pode ser mais curto, com 21 dias, e mais longo, de até 35 dias, também considerados normais.
Confira as fases do ciclo menstrual::
Fase folicular
A fase folicular é a primeira etapa do ciclo menstrual e acontece entre o primeiro dia da menstruação e a ovulação. Neste período, que dura entre 12 e 16 dias, os folículos ovarianos crescem e começam a preparar o corpo para uma possível gravidez.
Sendo assim, há um aumento da produção do hormônio folículo estimulante (FSH) que faz com que os folículos que contêm os óvulos se desenvolvam. Além disso, com esse amadurecimento, o ovário também libera mais estrogênio, hormônio responsável por tornar o revestimento do útero pronto para uma eventual gestação.
Fase ovulatória
A fase ovulatória é a segunda etapa do ciclo menstrual e consiste na ovulação. Ela ocorre quando o óvulo maduro é liberado e segue para as trompas de Falópio onde poderá acontecer a fecundação.
Como o óvulo sobrevive apenas 24 horas fora do ovário, é preciso que ele encontre o espermatozoide neste curto espaço de tempo para dar início a uma gravidez.
Dessa forma, considerando que os espermatozoides duram de 3 a 5 dias dentro do corpo da mulher, é possível que a gestação ocorra se o casal tiver relações sexuais até 5 dias antes da ovulação (sendo mais provável de 2 a 3 dias antes da ovulação). Ainda, é importante ressaltar que o dia da ovulação varia conforme a duração do ciclo. Em muitos casos, ocorre no 14º dia, porém, há mulheres que ovulam em dias diferentes do ciclo.
Fase lútea
A fase lútea do ciclo menstrual é aquela que ocorre após a ovulação. Nesta fase, o corpo lúteo (antiga casinha do óvulo) produz a progesterona, responsável pela produção glandular do endométrio. Ela dura em média 14 dias (a menos que ocorra fecundação) e termina pouco antes da próxima menstruação.
Nesse sentido, caso o óvulo tenha sido fecundado, ele viaja até o útero e se fixa no endométrio. Por outro lado, se não houver fecundação, o óvulo se desintegra e o endométrio, que estava pronto para receber o embrião, passa a descamar.
Esse processo é chamado de menstruação e marca o início de um novo ciclo reprodutivo.
Problemas Comuns de Infertilidade e o Sistema Reprodutor Feminino
Sabe-se que os problemas relacionados à infertilidade feminina são responsáveis por 40% dos casos de infertilidade conjugal. Nesse sentido, as causas para os problemas no sistema reprodutor feminino são variadas e dependem de diversos fatores. Entre eles estão a idade da mulher, predisposições genéticas, disfunções hormonais, estilo de vida entre outros
Desta forma, para obter um diagnóstico preciso, é fundamental consultar um especialista e realizar alguns exames.
No entanto, os achados mais comuns de infertilidade ligados ao sistema reprodutor feminino são:
Endometriose
A endometriose é uma doença que se manifesta na idade reprodutiva da mulher e se caracteriza por apresentar tecidos do endométrio em locais diferentes do habitual.
Por exemplo, em algumas situações ela pode ser assintomática ou causar cólicas menstruais e dores pélvicas de intensidades variadas.
Além disso, a endometriose é considerada uma das principais causas de infertilidade, em decorrência da distorção da anatomia local.
Síndrome do ovário policístico (SOP)
A Síndrome dos Ovários Policísticos é quando a mulher possui muitos folículos nos ovários (mais de 20 em cada ovário), e ainda apresenta um distúrbio hormonal ou metabólico. Os principais sintomas da SOP são a irregularidade ou a ausência da ovulação, e o aumento dos hormônios masculinos (testosterona).
No entanto, existem outros achados que podem ajudar a identificar a doença, tais como:
- Dificuldade para engravidar;
- Menstruação inexistente ou irregular;
- Ganho de peso;
- Pele muito oleosa;
- Acne;
- Crescimento de pelos no rosto, nos seios e no abdômen;
- Queda de cabelo;
- Depressão.
Menopausa precoce
A menopausa precoce é um quadro clínico em que a mulher apresenta menopausa, isto é, quando deixa de menstruar e ovular, porém em idade muito mais jovem do que o normal.Nesse sentido, geralmente ocorre antes dos 40 anos e por isso é chamada de precoce, já que o período natural de entrar na menopausa é em torno dos 50 anos de idade.
O problema não acontece por conta de distúrbio hormonal, mas sim de falência ovariana na mulher ainda em idade fértil. Logo, não há uma causa que determine a doença, mas pode se originar de vários fatores, como da própria genética.
Desta forma, é importante que a mulher saiba identificar o histórico da mãe e das avós e quando elas entraram na menopausa, pois há uma tendência que o cenário se repita.
Além disso, outros fatores ajudam a antecipar a menopausa como tratamentos contra câncer ou após a remoção dos ovários. Da mesma forma, doenças autoimunes, como lúpus, também podem influenciar no surgimento da disfunção.
Mioma uterino ou fibromas
O mioma uterino ou fibroma uterino é uma espécie de tumor benigno formado a partir do miométrio, a camada muscular do útero. Nesse sentido, é uma resposta a um desequilíbrio hormonal que causa um enovelamento das fibras musculares e, assim, forma nódulos no órgão.
Ao passo que, ele pode bloquear as trompas, além de impedir a implantação do embrião, causando aborto espontâneo. O impacto dos miomas na fertilidade depende do tamanho e da localização.
Aderências pélvicas
A aderência pélvica pode ser causada por infecções, endometriose ou cirurgia prévia. Estes fatores acarretam na junção de órgãos (aderências), ocasionando distorção da anatomia local, dor ou infertilidade.
Alterações tubárias
Obstruções, deformações ou encurtamentos nas tubas impedem o encontro do óvulo com o espermatozoide. Desta maneira, a laqueadura tubária ou doenças locais tornam-se uma causa da infertilidade feminina.
Pólipo uterino
O Pólipo uterino é um tecido anormal que se forma na parte interna do útero. Nesse sentido, dependendo do tamanho e da sua localização, pode trazer alguns sintomas como aumento do fluxo menstrual e sangramentos vaginais após as relações sexuais.
Além disso, interfere na fertilidade feminina, pois muitas vezes impede a passagem dos espermatozoides pelo canal cervical ou para o interior da tuba. Da mesma forma, ao adquirir grandes proporções, podem dificultar a implantação embrionária, provocando abortamentos.
Sinéquia uterina
A sinéquia uterina consiste em aderências de tecido cicatricial que se formam no endométrio. Nesse sentido, elas se desenvolvem como pontes que ligam as paredes da cavidade uterina causando barreiras no útero. A sinéquia uterina pode ter diversas causas, mas a de maior incidência é a curetagem pós abortamento.
Além disso, outros traumas uterinos estão relacionados às formações cicatriciais no endométrio como cirurgias para remoção de miomas, pólipos, cesarianas e endometrite. A doença pode causar abortamentos ou dificuldade de implantação embrionária.
Hábitos de vida
O estilo de vida também impacta na capacidade reprodutiva da mulher. Desta forma, o tabagismo, consumo de álcool e má alimentação podem dificultar que a gravidez aconteça.
Além disso, a obesidade, a anorexia e o stress também tendem a levar a infertilidade feminina.
Diagnóstico de Problemas de Fertilidade
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a infertilidade afeta cerca de 15% da população mundial. Como as causas são diversas, podem estar relacionadas tanto ao homem quanto à mulher, ou ainda a uma combinação de problemas de ambos. Desta forma, é fundamental que a investigação de infertilidade seja realizada pelo casal.
Inicialmente, é importante conhecer o histórico do(a) paciente e em seguida é feita uma investigação minuciosa no homem e na mulher. Levando isso em conta, outro fator importante é a idade da mulher, veja quando é indicado buscar ajuda de um especialista:
- Mulheres com menos de 35 anos: após 12 meses de tentativas;
- Entre 35 e 40 anos: após 6 meses de tentativas;
- Acima de 40 anos: procura imediata.
Assim, após 12 meses de tentativas frustradas em mulheres com menos de 35 anos, após 6 meses em mulheres acima de 35 anos e imediatamente em mulheres com mais de 40 anos, Conheça os principais exames solicitados para os problemas de fertilidade feminina:
Ultrassom transvaginal
O ultrassom transvaginal avalia o canal vaginal e a contagem de folículos antrais. Além disso, verifica as irregularidades como cistos, infecções e endometriose.
Histerossalpingografia
O exame de histerossalpingografia analisa as condições do útero e das tubas uterinas, além de identificar possíveis obstruções ou malformações.
Histeroscopia
A histeroscopia visualiza alterações e lesões existentes dentro do útero. Indica-se o exame para averiguar pólipos, miomas, aderências uterinas, alterações no endométrio, sangramentos, entre outros. Nesse sentido, além de diagnosticar doenças, o exame pode servir também no tratamento de algumas destas doenças.
Exames laboratoriais
Além de verificar o funcionamento do sistema hormonal feminino e a reserva ovariana da paciente, o médico ainda deve solicitar os seguintes exames de sangue:
- AHM;
- FSH;
- Estradiol;
- LH;
- Progesterona;
- TSH/T4;
- Prolactina;
- Glicose, entre outros
Tratamentos e Soluções para Problemas de Fertilidade
Como já vimos, os problemas de fertilidade feminina podem ter muitas causas, e para cada caso o médico deve avaliar qual o tratamento mais indicado. Nesse sentido, na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva existem várias técnicas capazes de ajudar as mulheres a realizarem o sonho da maternidade. Conheça os principais tratamentos para a infertilidade feminina.
Coito programado
O coito programado é uma técnica de Reprodução Assistida de baixa complexidade que monitora, através de ultrassonografias transvaginais, o ciclo menstrual para descobrir quando a mulher está no período fértil.
Desta forma, sabendo quando a mulher vai ovular, o médico orienta o casal a ter relações sexuais otimizando o encontro do espermatozoide com o óvulo, e assim, a fecundação.
Além disso, para aumentar as chances de sucesso, é possível usar indutores de ovulação e saber qual o momento mais propício para a gravidez acontecer.
Contudo, como o coito programado utiliza óvulos naturais da mulher, ele atua apenas no estímulo da fecundação. Assim, é indicado para casos leves de infertilidade como por exemplo anovulação,
Inseminação artificial
A inseminação artificial (IA) é muito usada em casos de infertilidade masculina e feminina com taxa de sucesso em torno de 10 a 20%.
Nesse sentido, o tratamento consiste na introdução dos espermatozoides diretamente dentro da cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a fecundação do óvulo.
Também chamada de inseminação intrauterina, a técnica é indicada quando há leve alteração nos espermatozoides, e em casos de infertilidade sem causa aparente.
Fertilização In Vitro (FIV)
A Fertilização In Vitro (FIV) é um tratamento de alta complexidade que consiste em realizar a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial, fora do corpo da mulher.
Desta forma, os embriões formados são cultivados em meio de cultura, selecionados e posteriormente transferidos ao útero onde será gestado.
Nesse sentido, com taxas de sucesso entre 20% e 50%, a Fertilização In Vitro vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a ter um filho.
Inclusive, casais homossexuais e pessoas que buscam produção independente também encontram na FIV a possibilidade de formarem suas famílias.
No entanto, as chances do tratamento dar certo depende de fatores como idade da mulher, reserva ovariana, receptividade endometrial, qualidade do esperma, entre outros.
Ovodoação/Doação de embriões
A ovodoação é uma técnica de reprodução assistida indicada para mulheres com dificuldade de engravidar com seus próprios óvulos.
Do mesmo modo, é indicado para mulheres com diminuição da reserva ovariana, na menopausa, em tratamento oncológicos, portadoras de doenças genéticas, entre outros.
Dessa forma, a ovodoação ocorre quando uma mulher cede seus óvulos, de forma altruísta, para que outra pessoa os utilize.
Assim, o gameta feminino doado é fecundado através da Fertilização in vitro e o embrião resultante, após transferência, será gestado pela receptora.
Além disso, a doação de óvulos também possibilita que casais homoafetivos masculinos e pais solteiros formem suas famílias.
Conforme a resolução vigente do Conselho Federal de Medicina (CFM), é permitida a doação voluntária dos óvulos, assim como a doação compartilhada.
Nesses casos, doadora e receptora necessitam de tratamento para engravidar, e assim, compartilham tanto o material biológico quanto os custos financeiros.
Ao passo que existe a doação de embriões, quando casais em tratamento de Fertilização In Vitro cedem seus embriões excedentes para outras pessoas.
Nesse sentido, os gametas e embriões doados são criopreservados por vitrificação e mantidos em nitrogênio líquido a -196°C.
Dessa forma, pode-se armazenar por tempo indeterminado, aguardando o momento de transferência para o útero da receptora.
Útero de substituição
O útero de substituição ou útero solidário é um tratamento no qual uma mulher gera um bebê em seu útero para outra pessoa.
Nesse sentido, é uma alternativa para que mulheres com ausência de útero, defeitos congênitos, casais homoafetivos masculinos e homens solteiros formem suas famílias.
Desta forma, o embrião a ser gestado no útero de substituição é formado por FIV, através da fecundação do óvulo e espermatozoides do casal, ou a partir de gametas doados.
Após a fertilização, o embrião é transferido ao útero da mulher que vai carregá-lo durante toda a gravidez. Da mesma forma, pode ser usado um embrião doado.
Também chamado de doação temporária do útero, a técnica é regulamentada pela resolução vigente do Conselho Federal de Medicina.
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos, também chamado de criopreservação, é um dos avanços mais importantes da Medicina Reprodutiva dos últimos tempos.
Sabe-se que a idade é um dos maiores fatores de infertilidade feminina, ou seja, a partir dos 35 anos vai diminuindo a quantidade e a qualidade de óvulos no corpo feminino.
No entanto, as mulheres já têm a possibilidade de preservar a sua fertilidade e planejar a maternidade para quando desejarem, através do congelamento de óvulos.
A técnica de congelamento em vitrificação se caracteriza pela rapidez com que atinge baixas temperaturas.
Dessa forma, os óvulos ficam armazenados em um cilindro de nitrogênio líquido e são mantidos a -196º.
Eles, por sua vez, ficam num estado vítreo, impedindo a formação de cristais de gelo, que danificam células reprodutoras, podendo ser descongelados anos depois.
Prevenção e Cuidados com a Saúde Reprodutiva
Mesmo que não esteja nos planos de ter filhos agora, é importante que as mulheres acompanhem desde cedo seu potencial reprodutivo para não serem pegas de surpresa mais tarde.
Desta forma, uma avaliação do sistema reprodutor feminino com o ginecologista pode evitar problemas, diagnosticar doenças e assim ajudar no planejamento de uma gravidez saudável.
Nesse sentido, o médico pode conhecer melhor a paciente, saber seu histórico familiar, estilo de vida e se há hábitos como alcoolismo ou tabagismo. Ele também vai verificar a presença de doenças como diabetes, hipertensão, endometriose, ovários policísticos, infecções pélvicas e ISTs que podem comprometer a fertilidade.
Outros fatores que serão observados são a idade e a reserva ovariana, questões determinantes quando se fala em reprodução.
No entanto, se o objetivo é engravidar logo, os exames pré-concepcionais são de extrema importância pois conseguem identificar possíveis disfunções que prejudicam o bebê e a mãe durante a gravidez.
Assim, doenças já podem ser controladas ou tratadas antes da concepção. Além disso, dependendo das circunstâncias peculiares de cada casal, poderão ser verificados também eventuais problemas genéticos na família, como Fibrose Cística e Síndrome de Down.
Do mesmo modo, os médicos ainda indicam mudanças no estilo de vida do casal, pois hábitos inadequados do dia a dia interferem na gravidez. Por fim, existem recomendações práticas que vão aumentar a fertilidade do casal. Veja as dicas simples de mudanças de hábitos que podem ajudar a engravidar:
- Mantenha um peso saudável;
- Previna ISTs;
- Beba pouco café e bebidas alcoólicas;
- Não Fume;
- Reduza o Stress;
- Faça atividades físicas;
- Tenha uma alimentação equilibrada;
- Durma bem
Considerações Finais
Como vimos, cuidar do sistema reprodutor feminino é tão importante quanto cuidar da saúde de forma geral. Desta maneira, além de evitar doenças muitas vezes perigosas, o olhar atento aos órgãos reprodutores possibilita também a preservação da fertilidade.
Logo, se você está pensando em ter um bebê, não esqueça que é muito importante o planejamento deste momento tão especial. Assim, com a visita periódica ao médico é possível manter a saúde reprodutiva em dia, além de ter uma gestação mais tranquila e segura quando for o momento certo.
Ficou com dúvidas ou preocupações sobre sua saúde reprodutiva e fertilidade? Estamos aqui para ajudar. A Nilo Frantz Medicina Reprodutiva é especialista em diagnóstico e tratamento de problemas de fertilidade. Agende uma consulta com nossos especialistas e obtenha o suporte que você merece.”