A fertilidade feminina é a capacidade natural de uma mulher conseguir engravidar através de relações sexuais. É necessário ter útero, trompas e ovários funcionais, ciclos menstruais normais e não apresentar problemas hormonais.
Além disso, a fertilidade feminina está ligada à idade da mulher, já que após os 35 anos o número de óvulos começa a cair e a chance de gravidez diminui.
No texto a seguir, será esclarecido tudo sobre o assunto: o que é fertilidade feminina e quais são os exames necessários para saber se a mulher é fértil.
Da mesma forma, vamos dar dicas para aumentar a fertilidade e entender como a reprodução assistida pode ajudar mulheres a realizar o sonho de ter filhos.
Boa leitura!
O que é fertilidade feminina?
Fertilidade feminina é quando uma mulher consegue gestar naturalmente um filho biológico.
Nesse sentido, é importante esclarecer que as mulheres passam por fases reprodutivas durante a vida, que marcam o início e o fim da idade fértil. Confira:
- Menarca (primeira menstruação): começa no início da adolescência;
- Idade fértil: é o período que inicia com a primeira menstruação e encerra com a menopausa. É a fase da vida em que a mulher tem probabilidade de engravidar.
- Climatério: é a transição entre a idade fértil e a menopausa. Ela inicia 5 anos antes e pode durar até 5 anos depois da menopausa, que corrige em geral por volta dos 50 anos, que é caracterizada pela redução na produção do estrogênio. Nesse período, o ciclo menstrual pode se tornar irregular e as chances de engravidar bem são menores.
- Menopausa: marca o fim da menstruação. Com isso, a mulher passa a não ovular mais e, portanto, não consegue engravidar naturalmente.
Além das fases da vida da mulher é importante lembrar que, para que um casal consiga gerar um filho naturalmente, é preciso que tanto o homem quanto a mulher estejam com a sua saúde reprodutiva em ordem.
Assim, eles são considerados férteis quando conseguem a gravidez em um período de até 12 meses, através de relações sexuais sem uso de métodos contraceptivos.
Desta forma, 70% dos casais sem problemas de fertilidade engravidam nos primeiros 6 meses de tentativas, e 85% deles atingem a gravidez ao final de um ano.
Quando isto não acontece é considerado um quadro de infertilidade que deve ser investigado por um especialista.
Entenda como funciona o ciclo de fertilidade feminina
O ciclo da fertilidade nada mais é do que o ciclo menstrual que faz parte da vida de todas as mulheres saudáveis. Ele vai desde a puberdade, quando acontece a primeira menstruação, até à menopausa, período em que se encerra a fase reprodutiva feminina.
Sendo assim, é um processo fisiológico que ocorre mensalmente nas mulheres férteis, quando o corpo se prepara para uma possível gravidez.
O organismo, então, passa por diversas alterações hormonais que estimulam a produção de óvulos e o desenvolvimento do endométrio para receber um eventual embrião.
Desta forma, se durante o período fértil do ciclo ocorrer uma fecundação, o embrião será implantado na cavidade uterina dando início à gestação. Por outro lado, se a gravidez não acontecer, o endométrio irá descamar sendo eliminado através da menstruação.
Este processo se repete todos os meses, desde o primeiro ciclo menstrual da mulher até a chegada da menopausa, quando termina a fase fértil feminina, por volta dos 50 anos.
Para entender melhor o ciclo menstrual, é importante saber que ele se refere ao período entre o primeiro dia da menstruação do mês e o primeiro da menstruação seguinte. Assim, é dividido em três fases principais: folicular, ovulatória e lútea.
Embora dure em média 28 dias, o ciclo menstrual varia de mulher para mulher. Por isso pode ser mais curto, com 21 dias, e mais longo, de até 35 dias, também considerados normais.
Confira as fases do ciclo menstrual:
Fase folicular
A fase folicular é a primeira etapa do ciclo menstrual e acontece entre o primeiro dia da menstruação e a ovulação.
Neste período, que dura entre 12 e 16 dias, os folículos ovarianos crescem e começam a preparar o corpo para uma possível gravidez.
Sendo assim, há um aumento da produção do hormônio folículo estimulante (FSH) que faz com que os folículos que contêm os óvulos se desenvolvam.
Além disso, com esse amadurecimento, o ovário também libera mais estrogênio, hormônio responsável por tornar o revestimento do útero pronto para uma eventual gestação.
Fase ovulatória
A fase ovulatória é a segunda etapa do ciclo menstrual e consiste na ovulação. Nesse sentido, ocorre a liberação do óvulo maduro que segue para as trompas de Falópio onde poderá acontecer a fecundação.
Como o óvulo é viável por aproximadamente 24 horas fora do ovário, é preciso que ele encontre o espermatozoide neste curto espaço de tempo para dar início a uma gravidez.
Já os os espermatozoides duram até 3 dias dentro do corpo da mulher, então é possível que a gestação ocorra se o casal tiver relações sexuais até 3 dias antes da ovulação.
Ainda, é importante ressaltar que o dia da ovulação varia conforme a duração do ciclo. Sempre 14 dias antes da menstruação seguinte.
Fase lútea
A fase lútea do ciclo menstrual é aquela que ocorre após a ovulação. Nesta fase, o corpo lúteo (antiga casinha do óvulo) produz a progesterona, responsável pela produção glandular do endométrio.
Ela dura 14 dias (a menos que ocorra fecundação) e termina com a próxima menstruação. Caso o óvulo tenha sido fecundado, o embrião chega ao útero e fixa-se ao endométrio.
Por outro lado, se não houver fecundação, o óvulo é absorvido e o endométrio, que estava pronto para receber o embrião, passa a descamar. Esse processo é chamado de menstruação e marca o início de um novo ciclo reprodutivo.
Como saber quando estou no período fértil?
Um dos principais fatores a ser levado em conta quando se pensa em engravidar é o período fértil da mulher, fase do ciclo feminino em que pode ocorrer a gestação.
Para quem tem ciclos regulares, o método do calendário, também chamado de “tabelinha”, pode ajudar. Leva-se em conta que a ovulação acontece geralmente 14 dias antes da próxima menstruação.
Dessa forma, nas mulheres com ciclos de 28 dias, a ovulação deve ocorrer no 14º dia contando o primeiro dia da última menstruação. Já para quem menstrua a cada 30 dias, a ovulação acontece no 16º dia do ciclo.
Com esta informação, acrescentando-se 5 dias antes e 2 dias após a data prevista da ovulação, é possível ter uma previsão do período fértil.
Já para as mulheres com ciclos irregulares, o uso da tabelinha não é tão preciso. Nestes casos, uma opção para descobrir o período fértil é através dos testes de ovulação que possibilitam determinar a ovulação de 24 h a 36 h antes da liberação do óvulo.
Assim como os testes de gravidez, esta verificação também acontece através da urina e é muito fácil de usar. Basta mergulhar uma tirinha na urina e verificar a cor obtida.
O teste é positivo quando detecta uma grande quantidade de hormônio luteinizante LH, indicando que a mulher deve ovular em breve.
Vale lembrar que cada mulher é diferente, e que nenhum método é 100% eficaz para determinar o dia exato da ovulação. Por isso, as mulheres podem ficar atentas também aos sinais do corpo de que a ovulação está próxima. Confira!
Secreção vaginal transparente:
Como a clara de ovo, e sem odor forte, a secreção pode indicar que a ovulação e o período fértil estão chegando. Isto acontece pelo aumento do hormônio estradiol, que produz mais líquido que o habitual, facilitando a entrada dos espermatozoides no canal vaginal.
Aumento da temperatura
O aumento da temperatura corporal basal (em repouso) ocorre porque o corpo se prepara para a fecundação.
Nesse sentido, os folículos liberam os óvulos maduros, o que eleva a quantidade de progesterona, causando o aumento da temperatura corporal em 0,4 a 1,0ºC.
Aumento da libido e do apetite
A elevação dos níveis hormonais que acontecem no período fértil explicam o aumento da libido e do apetite.
Além disso, ocorre também o aumento da produção de feromônios, hormônios exalados pelo corpo com a finalidade de atrair e excitar o sexo oposto.
Dor do meio
Algumas paciente sentem dor quando ovulam, o que pode ajudar a identificar o período fértil.
Qual a importância do exame de fertilidade feminina?
Para saber se existe algum problema na fertilidade, as mulheres devem fazer um Check Up geral para verificar a saúde e acompanhar como está o seu potencial reprodutivo.
Desta forma, exames periódicos no aparelho reprodutor podem evitar problemas, detectar doenças tratáveis e ajudar pacientes a se planejarem para o momento que decidirem engravidar.
Avaliação da Fertilidade Feminina
Deve-se avaliar o histórico familiar e a presença ou não de doenças crônicas. Além disso, o especialista vai investigar sobre o estilo de vida e a existência ou não de hábitos como alcoolismo ou tabagismo.
A idade da mulher e a reserva ovariana são questões determinantes para a fertilidade feminina. Por esta razão, o médico vai solicitar exames de sangue e de imagem para verificar a produção de folículos.
Também serão investigados sinais de endometriose, ovários policísticos, infecções pélvicas e ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis) que podem comprometer a fertilidade feminina.
9 dicas de como aumentar a fertilidade feminina
Para aumentar a fertilidade da mulher, é preciso entender que ela depende tanto das questões físicas do aparelho reprodutor, como também de aspectos psicológicos e melhores hábitos de vida.
Assim, alguns ajustes na alimentação e no jeito de viver o dia a dia de cada um podem contribuir para aumentar a fertilidade.
Confira 9 maneiras de aumentar a fertilidade!
1- Alimentos que ajudam na fertilidade feminina
Escolher os alimentos certos faz toda a diferença para aumentar a fertilidade. Assim, devem ser evitados os produtos industrializados e processados.
São indicados alimentos ricos em zinco, vitamina B6, ômega 3 e antioxidantes, para estimular a produção dos hormônios sexuais e desenvolvimento dos óvulos.
Deve-se ingerir ainda pelo menos cinco porções de vegetais e frutas de cores diferentes por dia, além de consumir frutas secas e sementes.
Confira os alimentos:
- Vitamina A ou betacaroteno – cenouras, batata-doce, alperces secos, abóbora e agrião;
- Vitamina C – vegetais verdes, pimentão, kiwi, tomates e frutas cítricas;
- Vitamina E – frutas secas, sementes, peixes, abacates, feijões e batata-doce;
- Selênio – castanha-do-pará, sementes de sésamo, couves e cereais integrais;
- Zinco – carne, peixe, ostras, sementes, frutos secos, ovos e vegetais verdes folhosos;
- Fitonutrientes presentes nas frutas e vegetais de todas as cores, como beterraba vermelha, mirtilos azuis, pimentão amarelo, toranjas rosadas e vegetais verdes folhosos.
Além disso, trazem benefícios à fertilidade alimentos ricos em nutrientes, vitaminas, minerais e antioxidantes como:
- Verduras, legumes e frutas;
- Gorduras das nozes, amêndoas, castanhas, avelãs, macadâmia, abacate, coco e azeite de oliva extra virgem;
- Peixes de água fria;
- Carboidratos complexos como aipim, cará, inhame, batata doce;
- Temperos ricos em fitoquímicos como a cúrcuma, açafrão e páprica;
- Alimentos in natura e ricos em nutrientes, isentos de agrotóxicos;
- Fibras;
- Muita água para se manter bem hidratado.
2- Remédio para aumentar a fertilidade feminina
Entre as vitaminas mais indicadas estão:
- B6;
- B12;
- C;
- D;
- E;
- Ferro;
- Selênio;
- Zinco;
- Ácido Fólico.
3- Mantenha peso saudável
O peso interfere diretamente na fertilidade. Mulheres que estão abaixo ou acima do peso correm o risco de ter mais dificuldades para engravidar, pois os hormônios ficam desregulados interferindo diretamente na ovulação.
Sabe-se também que muita gordura corporal pode prejudicar a qualidade e quantidade de óvulos na fiv.
4- Previna ISTs (Infecções Sexualmente transmissíveis)
As ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) prejudicam não apenas a saúde geral, mas também a fertilidade feminina.
A gonorreia e a clamídia são algumas dessas doenças que podem causar infertilidade. Para se proteger, use sempre preservativos nas relações sexuais.
5- Beba pouco café e bebidas alcoólicas.
O excesso de café ou álcool pode prejudicar as mulheres que querem engravidar.
Beber 500 miligramas de cafeína por dia, que equivale a 5 xícaras de café, pode causar diminuição da fertilidade. O ideal é manter uma ingestão moderada de cafeína, cerca de 200 miligramas ao dia.
Além disso, é preciso ter cautela em relação a bebidas alcoólicas. Pesquisas científicas observaram que o risco de infertilidade aumenta entre as mulheres que consomem duas ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia, podendo causar problemas de ovulação.
6- Não Fume
O hábito de fumar pode trazer importantes consequências para a fertilidade. Nas mulheres o cigarro pode afetar a receptividade do útero, prejudicando a possibilidade de gravidez.
O fumo também aumenta o risco de aborto espontâneo, tanto nas gestações naturais como naquelas realizadas por técnicas de reprodução assistida.
7 -Reduza o Stress
A ansiedade e o estresse intenso provocam alterações hormonais que afetam a produção de óvulos prejudicando a fertilidade feminina.
Por isso, é importante achar formas para controlar o estresse como meditação, acupuntura, técnicas de mindfulness e outras atividades relaxantes.
Praticar exercícios regularmente também é fundamental pois, além de trazer benefícios para a saúde, como a perda de peso, ajuda a regular os hormônios.
Na mulher, o exercício físico traz também vantagens para a ovulação, mas vale o alerta: atividade física em excesso pode causar disfunção menstrual. Portanto, a dica é manter uma rotina de exercícios, mas sem exageros.
8 -Evite as toxinas
Alguns produtos químicos como pesticidas, chumbo e solventes orgânicos podem contribuir para a infertilidade feminina.
Mulheres expostas a certas toxinas e solventes como as utilizadas nas impressões, nas lavagens a seco, em cabeleireiros e em algumas indústrias podem ter sua fertilidade diminuída.
A exposição a pesticidas também é uma preocupação para as trabalhadoras agrícolas, pois podem causar diminuição da fertilidade.
9 -Durma Bem
A quantidade e qualidade do sono são fatores importantes para quem quer aumentar a fertilidade.
O hormônio do sono, a melatonina, tem ação antioxidante e é essencial para o processo reprodutivo.
Ela equilibra a ação dos radicais livres, melhora a maturação e qualidade do óvulo, e consequentemente, contribui de forma positiva para a fertilização.
Mitos e verdades sobre a fertilidade feminina
A fertilidade feminina é um assunto que deve ser tratado de forma séria, com informações verdadeiras e confiáveis.
No entanto, circulam muitas notícias falsas ou mitos que trazem desinformação e angústia para as mulheres que querem engravidar.
Abaixo, você vai saber alguns mitos e verdades sobre o tema.
Mulheres com ovários policísticos nunca engravidam?
Mito! Por estar relacionado a problemas hormonais que interferem na ovulação, os ovários policísticos podem prejudicar a fertilidade.
Mulheres que tenham sido diagnosticadas com SOP e desejam engravidar, podem receber diversos tratamentos de reprodução assistida.
Abortos frequentes podem mostrar algum problema no útero?
Verdade! A mulher que já sofreu abortos espontâneos com certa frequência, pode ter alguma malformação uterina.
Além disso, pode ter alterações inflamatórias/infecciosas como endometrite crônica, além de pólipos endometriais, miomas submucosos, disfunções imunológicas e trombofilias.
Para ter um diagnóstico assertivo é necessário fazer uma avaliação médica com exames adequados como: histeroscopia diagnóstica, ressonância magnética, ultrassonografia 3D, histerossonografia e exames de sangue.
Ter endometriose impede a gravidez?
Mito! Durante algum tempo a endometriose foi um impedimento para as mulheres que tentavam engravidar, pois não existia um tratamento eficaz para a patologia.
No entanto, atualmente, já existem terapias e procedimentos específicos, hormonais e cirúrgicos, para fazer com que as mulheres diagnosticadas com endometriose engravidem com eficiência e segurança.
Existe um momento certo para congelar óvulos?
Verdade! O melhor momento para congelar óvulos é quando se tem uma boa reserva ovariana.
Por este motivo, recomenda-se o procedimento de preservação da fertilidade entre os 25 e 35 anos de idade, e assim, a mulher consegue planejar a maternidade para quando desejar.
A idade é o principal fator de impedimento na fertilidade?
Verdade! Toda menina nasce com uma reserva ovariana determinada, que não é renovada durante a vida.
Os óvulos envelhecem ao longo dos anos e são descartados naturalmente. Vale lembrar que cada mulher tem cerca de um a dois milhões de óvulos.
Quando chega à puberdade, esse número cai para 300 a 500 mil, sendo que apenas 300 a 500 deles chegam a ovular durante a vida reprodutiva.
Por volta dos 35 anos, o número diminui para aproximadamente 25 mil e, aos 51 anos, é natural que a mulher entre na menopausa, ou seja, não ovule mais. Assim, quanto mais jovem for a mulher, mais fácil será para engravidar.
A culpa da infertilidade é da mulher?
Mito! Acreditar que a dificuldade de engravidar é culpa exclusivamente da mulher é um grande erro. Os homens também têm problemas de infertilidade. As taxas de infertilidade por causas femininas e masculinas são bastante semelhantes, cada uma com cerca de 40%. O restante dos casos correspondem a problemas do casal ou sem diagnóstico preciso.
Usar pílula anticoncepcional por muito tempo provoca infertilidade?
Mito! A pílula anticoncepcional não tem impacto nas chances futuras de engravidar. Independentemente do tempo de tratamento, ao parar com o uso do medicamento a mulher já se encontra apta para a concepção novamente.
No entanto, é importante salientar que a pílula não causa infertilidade, mas pode mascarar sintomas de outros problemas previamente existentes, como uma baixa reserva ovariana ou endometriose.
Útero retrovertido dificulta a gravidez?
Mito! Também conhecido como útero invertido, é uma condição natural e não caracteriza uma anormalidade.
A verdade é que a posição do útero não implica infertilidade já que os espermatozoides chegam normalmente às tubas para fertilizar os óvulos.
É importante salientar que essa condição também não atrapalha os tratamentos de reprodução humana.
Quem malha demais tem dificuldade de engravidar?
Verdade! Corridas de longa distância, exercícios extenuantes e uma dieta pobre em gordura podem provocar amenorréia (total ausência da menstruação).
Além disso, esses fatores também reduzem a produção de estrogênio, dificultando assim a gravidez.
É possível engravidar somente com um ovário e uma trompa?
Verdade! A retirada de um dos ovários ou problemas nas trompas podem prejudicar a fertilidade da mulher, mas não impedem a gravidez espontânea.
O mínimo necessário para a gravidez é ter um ovário e uma trompa em condições saudáveis.
Alimentos afrodisíacos aumentam a fertilidade?
Mito! Ter libido alta não é sinônimo de fertilidade. Alguns alimentos podem aumentar o desejo, no entanto, não conseguem deixar o corpo da mulher mais fértil ou apto à fecundação.
Mesmo com tratamentos, você pode não engravidar?
Verdade! Muitas vezes, mesmo com o diagnóstico correto, os tratamentos de infertilidade indicados podem não ajudar. Isto porque cada caso é individualizado e as condições específicas de cada paciente interferem nos resultados.
Alguns casos podem demandar algumas tentativas a mais para conseguir engravidar.
Infertilidade feminina: conheça algumas soluções
A infertilidade feminina pode ter muitas causas, e consequentemente os tratamentos para revertê-la são diversos.
A Nilo Frantz Medicina Reprodutiva oferece várias técnicas de baixa e alta complexidade capazes de ajudar milhares de mulheres a terem seus filhos. Conheça os principais tratamentos para a infertilidade feminina.
Coito programado
O coito programado é uma técnica de Reprodução Assistida de baixa complexidade que monitora, através de ultrassonografias transvaginais, o ciclo menstrual para descobrir quando a mulher está no período fértil.
Sabendo quando a mulher vai ovular, o médico orienta o casal a ter relações sexuais otimizando o encontro do espermatozoide com o óvulo, e assim, a fecundação.
Além disso, para aumentar as chances de sucesso, é possível usar indutores de ovulação e saber qual o momento mais propício para a gravidez acontecer.
Como o coito programado utiliza óvulos naturais da mulher, ele atua apenas no estímulo da fecundação. Assim, é indicado para casos leves de infertilidade como por exemplo anovulação,
Inseminação artificial
A inseminação artificial (IA) é muito usada em casos de infertilidade masculina e feminina com taxa de sucesso em torno de 20%. O tratamento consiste na introdução dos espermatozoides diretamente dentro da cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a fecundação do óvulo.
Também chamada de inseminação intrauterina (IIU), a técnica de baixa complexidade é indicada quando há leve alteração nos espermatozoides, e em casos de infertilidade sem causa aparente.
Fertilização In Vitro (FIV)
A Fertilização In Vitro (FIV) é um tratamento de alta complexidade que consiste em realizar a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial, fora do corpo da mulher.
Os embriões formados são cultivados em meio de cultura, selecionados e posteriormente transferidos ao útero onde será gestado. Com taxas de sucesso entre 20% e 50%, a Fertilização In Vitro vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a ter um filho.
Inclusive, casais homossexuais e pessoas que buscam produção independente também encontram na FIV a possibilidade de formarem suas famílias.
No entanto, as chances do tratamento dar certo depende de fatores como idade da mulher, reserva ovariana, receptividade endometrial, qualidade do esperma, entre outros.
Ovodoação/Doação de embriões
A ovodoação é uma técnica de Reprodução Assistida indicada para mulheres com dificuldade de engravidar com seus próprios óvulos, é indicado para mulheres com diminuição da reserva ovariana, na menopausa, em tratamento oncológicos, portadoras de doenças genéticas, entre outros.a ovodoação ocorre quando uma mulher cede seus óvulos, de forma altruísta, para que outra pessoa os utilize.
Assim, o gameta feminino doado é fecundado através da Fertilização In Vitro e o embrião resultante, após transferência, será gestado pela receptora.
Além disso, a doação de óvulos também possibilita que casais homoafetivos masculinos e pais solteiros formem suas famílias.
Conforme a Resolução nº 2.320/2022, do Conselho Federal de Medicina (CFM), é permitida a doação voluntária dos óvulos, assim como a doação compartilhada.
Nesses casos, doadora e receptora necessitam de tratamento para engravidar, e assim, compartilham tanto o material biológico quanto os custos financeiros.
Da mesma forma existe a doação de embriões, quando casais em tratamento de Fertilização In Vitro cedem seus embriões excedentes para outras pessoas.
Os gametas e embriões doados são criopreservados por vitrificação e mantidos em nitrogênio líquido a -196°C. Eles podem ser armazenados por tempo indeterminado, aguardando o momento de transferência para o útero da receptora.
Útero de substituição
O útero de substituição ou útero solidário é um tratamento no qual uma mulher gera um bebê em seu útero para outra pessoa.
É uma alternativa para que mulheres com ausência de útero, defeitos congênitos, casais homoafetivos masculinos e homens solteiros formem suas famílias.
O embrião a ser gestado no útero de substituição é formado por FIV, através da fecundação do óvulo e espermatozoides do casal, ou a partir de gametas doados.
Após a fertilização, o embrião é transferido ao útero da mulher que vai carregá-lo durante toda a gravidez. Também pode ser usado um embrião doado.
Também chamado de doação temporária do útero, a técnica é regulamentada pela resolução nº 2.320/22 do Conselho federal de Medicina.
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos, também chamado de criopreservação, é um dos avanços mais importantes da Medicina Reprodutiva dos últimos tempos.
Sabe-se que a idade é um dos maiores fatores de infertilidade feminina, ou seja, a partir dos 35 anos vai diminuindo a quantidade e a qualidade de óvulos no corpo feminino.
No entanto, as mulheres já têm a possibilidade de preservar a sua fertilidade e planejar a maternidade para quando desejarem, através do congelamento de óvulos.
A técnica de congelamento em vitrificação se caracteriza pela rapidez com que atinge baixas temperaturas.
Dessa forma, os óvulos ficam armazenados em um cilindro de nitrogênio líquido e são mantidos a -196º.
Eles, por sua vez, ficam num estado vítreo, impedindo a formação de cristais de gelo, que danificam células reprodutoras, podendo ser descongelados anos depois.