Uma das perguntas mais comuns de quem pensa em engravidar por meio da doação de óvulos é: será que o bebê vai parecer comigo? Essa dúvida é natural e envolve sentimentos profundos, já que o desejo de reconhecer traços seus no filho faz parte do sonho da maternidade.
Mas a boa notícia é que a genética não é o único fator que define quem o bebê será. A gestante também exerce um papel fundamental nesse processo graças à epigenética na ovodoação, um campo da ciência que mostra como o ambiente uterino influencia diretamente o desenvolvimento da criança.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara como isso acontece, abordando as dúvidas mais comuns sobre maternidade, vínculos e herança genética.
Se você está vivendo esse momento, saiba que a Nilo Frantz Medicina Reprodutiva oferece suporte técnico, ético e emocional para conduzir cada etapa com segurança e atenção. Boa leitura!
O que é herdado da doadora de óvulos?
Na doação de óvulos, a doadora contribui com o DNA nuclear presente no óvulo doado, responsável por transmitir informações genéticas fundamentais. É esse material que define características herdadas pelo bebê, como cor dos olhos, tipo sanguíneo, traços físicos e até predisposições genéticas. Ao ocorrer a fecundaçao, esse DNA se combina com o material genético do espermatozoide, formando o embrião.
Já a mulher que gesta, por outro lado, tem um papel diferente, mas igualmente essencial. Embora não transmita DNA, ela influencia o desenvolvimento do bebê por meio do ambiente uterino e de sinais biológicos que determinam como esses genes se expressam. Assim, enquanto a doadora fornece a carga genética inicial, a gestante participa ativamente do crescimento e da formação do bebê.
Para saber mais sobre ovodoação leia os artigos : Tudo sobre ovodoação e Ovodoação
A epigenética e a influência da gestante no bebê
É verdade que a gestante influencia o DNA do bebê? Sim. Mesmo que o embrião seja formado a partir da genética da doadora de óvulos, a mulher que gesta exerce um papel determinante no desenvolvimento do bebê. Isso acontece graças à epigenética, que mostra que os genes podem ser “ativados ou silenciados” de acordo com o ambiente em que o embrião se desenvolve.
Uma forma simples de entender esse processo é pensar que o DNA funciona como uma partitura musical: ele contém todas as notas que podem ser tocadas. Mas quem define como essa música será interpretada é a gestante, como uma maestrina que conduz a orquestra durante a gravidez.
Diversos estudos científicos confirmam essa influência:
- Estudo publicado no Nutrition and Metabolic Insights (Geraghty et al., 2015) mostrou que a alimentação materna pode modificar a expressão de genes ligados ao crescimento e ao metabolismo.
- Pesquisas no Springer Journal of Nutritional Science (2019) demonstraram que até o índice glicêmico da dieta da gestante afeta a metilação de genes relacionados à insulina na placenta, o que pode influenciar a saúde da criança a longo prazo.
- Pesquisas recentes Sciety, 2025) apontam que altos níveis de estresse materno podem gerar alterações epigenéticas em genes ligados ao sistema imunológico e ao desenvolvimento neurológico do bebê.
Além disso, a saúde emocional também desempenha importante papel. Estudos apontam que gestantes sob altos níveis de estresse apresentam alterações epigenéticas em genes ligados ao desenvolvimento neurológico e imunológico do bebê. Dessa forma, fica evidente a influência da gestante no desenvolvimento do bebê mesmo sem transmitir DNA.
Bebês de ovodoação podem parecer com a mãe que os gesta?
Saber se o bebê gerado por ovodoação parece com a mãe é uma das dúvidas mais sensíveis e frequentes entre mulheres que consideram a ovodoação. Afinal, muitas mulheres sonham em olhar para o bebê e enxergar algum traço seu.
Embora o DNA venha da doadora, sabe-se que a gestação também pode impactar a forma como certos genes se expressam. Nesse processo, conhecido como impressão uterina, o ambiente materno pode suavizar ou ativar determinadas características fenotípicas (as que vemos no corpo e no comportamento). Assim, a criança é uma combinação do material herdado e das condições de desenvolvimento durante a gravidez.
Na prática, isso significa que o bebê pode sim compartilhar semelhanças sutis com a mãe que o gesta, seja na expressão facial, em traços de personalidade ou até na forma como se desenvolve ao longo da vida. Isso não ocorre por transmissão genética direta, mas pela influência biológica e epigenética exercida durante os nove meses de gestação.
Para aprofundar esse tema, sugerimos a leitura complementar: Filhos de ovodoação: diferenças entre pais e filhos
A importância do vínculo emocional e biológico da gestante
O vínculo materno na ovodoação vai além da genética. Mesmo quando o DNA vem de uma doadora, a gestante cria com o bebê uma conexão única ao longo da gravidez por meio dos cuidados diários, da alimentação e da atenção em cada etapa.
Relatos de mães que passaram pela ovodoação mostram que esse vínculo se fortalece de forma natural: sentir os movimentos do bebê, preparar o ambiente para sua chegada e participar do pré-natal contribuem para uma relação afetiva sólida, independentemente da herança genética.
O acompanhamento médico aliado ao suporte psicológico é fundamental nesse processo. Eles ajudam a gestante a transmitir segurança ao bebê, preservar sua própria saúde emocional e consolidar um vínculo duradouro desde os primeiros meses de gestação.
Na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, o cuidado vai além dos procedimentos clínicos. A clínica oferece acompanhamento técnico, ético e emocional, garantindo que cada mãe que recorre à ovodoação viva a experiência da maternidade com segurança, confiança e atenção integral.
Acolhimento emocional: o que mulheres sentem ao recorrer à ovodoação
Tomar a decisão de recorrer à ovodoação é um momento de muitas emoções. É comum que surjam dúvidas profundas relacionadas à identidade, ao pertencimento e ao medo de julgamentos, tanto internos quanto sociais. Reconhecer esses sentimentos é importante para que a jornada seja vivida de forma consciente e segura.
Na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, as gestantes e famílias recebem apoio psicológico especializado, com profissionais preparados para orientar em todas as etapas do processo. Esse acompanhamento ajuda a lidar com ansiedades, expectativas e inseguranças, fortalecendo a confiança na maternidade independentemente da origem genética do bebê.
É importante reforçar que recorrer à ovodoação não diminui o amor nem o vínculo com o bebê, tampouco o papel da mulher como mãe. A gestação oferece uma experiência única, onde cuidados, dedicação e presença diária constroem uma relação profunda e duradoura.
A comunicação aberta e inclusiva é também uma prioridade, especialmente para casais homoafetivos, pais e mães solo e famílias diversas. Ouvir, respeitar e validar cada experiência garante que todos se sintam acolhidos e reconhecidos, fortalecendo o vínculo familiar desde o início da gestação.
Ovodoação compartilhada: uma alternativa acessível e inclusiva
A ovodoação compartilhada é uma alternativa da Medicina Reprodutiva que possibilita às pessoas com problemas de infertilidade realizarem o sonho de ter um filho. Nesse processo, uma mulher em tratamento cede parte de seus óvulos para que outra pessoa os utilize para engravidar através de Fertilização In Vitro (FIV). Isto permite que mais mulheres realizem o sonho da maternidade, mantendo a possibilidade de gestar e participar ativamente da gravidez.
Além do aspecto biológico, a ovodoação compartilhada traz benefícios práticos e financeiros. Por compartilhar parte dos óvulos, os custos do tratamento podem ser reduzidos, tornando a gestação assistida mais acessível sem comprometer a segurança ou a qualidade do procedimento.
A ovodoação compartilhada também reforça a ideia de inclusão, oferecendo oportunidades para diferentes perfis de gestantes, como mulheres solo, casais homoafetivos e pacientes que enfrentam dificuldades para engravidar com seus próprios óvulos. Dessa forma, é possível alcançar o sonho de gestar com maior viabilidade econômica, mantendo o acompanhamento médico especializado e o cuidado integral que cada gestante merece.
Saiba mais sobre ovodoação compartilhada na matéria do G1
Conclusão
Mesmo quando a concepção acontece por meio da doação de óvulos, a mulher que gesta exerce influência biológica e emocional no desenvolvimento do bebê. Nesse sentido, a epigenética na ovodoação mostra que a maternidade vai além da genética: o útero, os cuidados diários e o vínculo afetivo são parte dessa jornada.
Optar pela ovodoação é uma decisão consciente que envolve reflexão, coragem e o desejo genuíno de gerar e cuidar de uma vida. Cada escolha nesse caminho merece ser respeitada e valorizada.
Na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, o atendimento combina excelência técnica, cuidado humano e inclusão, oferecendo suporte completo às gestantes e suas famílias, independentemente do modelo reprodutivo escolhido.
Se você deseja conhecer mais sobre a ovodoação compartilhada e entender como essa alternativa pode tornar o sonho da maternidade mais acessível e viável, a clínica está pronta para orientar e esclarecer cada passo dessa jornada.