Após a cirurgia, a trompa freqüentemente volta a ficar permeável, mas não consegue ter o mesmo desempenho (normalidade anatômica e funcional) que apresentava antes. Por este motivo, muitas vezes a repermeabilização das trompas ocorre, mas a gestação não. Existe também a possibilidade de ocorrer, em um curto intervalo, nova obstrução, desta vez por fibrose (cicatrização) e um risco maior de gestação ectópica (tubária).
No passado, quando as taxas de sucesso com a fertilização in vitro (FIV) eram bem mais baixas, muitas vezes optava-se pela cirurgia. Hoje em dia, com melhores resultados através da FIV, cada vez menos se realiza a cirurgia tubária. Esta ainda encontra seu espaço nos casos em que a mulher é bem jovem e o casal não tem recursos para custear a FIV. Importante salientar que após a realização da cirurgia faz-se necessário aguardar vários meses ou, até mesmo, alguns poucos anos para verificar se a gravidez ocorre ou não. O surgimento de uma gestação é única prova efetiva de que o tratamento cirúrgico de desobstrução das trompas realmente foi efetivo.