Um estudo feito por pesquisadores norte-americanos, da Ohio University divulgado pelo jornal Human Reproduction e apresentado no 31º Encontro Anual do ESHRE (European Society of Human Reproduction), analisou amostras de saliva das mulheres que estavam em tratamento de infertilidade, para medir o nível de estresse. As mulheres com os mais altos níveis de alfa-amilase (hormônio do estresse) tiveram uma probabilidade 29% menor de engravidar, quando comparadas com mulheres com a menor concentração deste hormônio. Porém, faltaram dados para corroborar que mulheres mais estressadas apresentam infertilidade. O que se pode afirmar, é que o estresse está presente na vida cotidiana das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% da população mundial sofre com o estresse.
O estresse é um conjunto de sintomas ocasionado por algum tipo de demanda externa ou interna, podendo causar um desequilíbrio físico e psíquico, mas isso é muito individual, cada um reage de uma maneira frente a fatores estressores.
A infertilidade é uma experiência emocional difícil, podendo acarretar um impacto em vários aspectos da vida conjugal ou individual, trazendo profunda tristeza, ansiedade, angustia, entre outros sentimentos, gerando uma fonte importante de estresse. Hoje se entende que a infertilidade é um problema do casal, e é importante lembrar, que os homens, vivem este sofrimento, de forma diferente das mulheres. O que não significa que sofram menos.
A infertilidade, tende a ser um sofrimento silencioso e por isso, reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário é de grande valia para o melhor resultado do tratamento. O apoio da equipe multidisciplinar nesta hora se faz muito importante, e a intervenção psicológica é fundamental para abrir um espaço de escuta aos casais, onde eles possam expressar seus sentimentos.
Texto: Psicóloga Claudia Rachewsky