O câncer de próstata é um dos tumores mais importantes da atualidade. A sua incidência vem aumentando, principalmente pela maior expectativa de vida dos homens, sendo que após os 85 anos, a maioria dos homens apresenta este câncer em sua forma inicial. O aumento da prevalência do câncer de próstata também é devido à melhoria nas técnicas diagnósticas, em especial, com o advento do exame de sangue que dosa o antígeno prostático específico (PSA). Estima-se que no mundo, o número de casos novos diagnosticados de câncer de próstata é de aproximadamente 543 mil casos por ano, o que representa 15,3% de todos os casos incidentes de câncer em países desenvolvidos e 4,3% dos casos em países em desenvolvimento. Um dado interessante, em termos epidemiológicos, é o fato do câncer de próstata ser o mais prevalente nos homens, com 1,5 milhões de casos com este diagnóstico nos últimos cinco anos. Entretanto, a sua incidência e mortalidade variam em diferentes regiões geográficas, com forte influência regional e também racial.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo em incidência, sendo superado somente pelos tumores de pele não-melanomas. O número de casos novos de câncer de próstata, no Brasil, é de aproximadamente 47.000/ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Quanto à mortalidade, o câncer de próstata ocupa também a segunda posição com 9,47/100.000 mortes, perdendo apenas para o câncer de pulmão.
Sabe-se que a hereditariedade é um dos fatores envolvidos na etiologia do câncer de próstata visto que homens com um familiar de primeiro grau com esta doença têm um risco duas vezes maior de desenvolvê-la comparados com homens que não têm. Fatores ambientais também parecem ter o seu papel, pois japoneses e poloneses, que possuem baixas taxas de câncer de próstata em seus países de origem, quando migram para os Estados Unidos têm esta incidência significativamente aumentada.
O diagnóstico do câncer de próstata é feito através de uma biópsia da próstata, que é indicada sempre que houver alguma suspeita através do exame de toque ou do exame do PSA. Quanto mais cedo for feito este diagnóstico, maiores as chances de cura. Recomenda-se, atualmente, que seja avaliação com urologista apartir dos 40 anos para os homens com fatores de risco, ou seja, um familiar com câncer de próstata ou afro-descendentes, e aos 45 anos para os demais homens.
Existem diversas modalidades de tratamento, sendo que o mesmo deve ser individualizado para que se obtenha a maior taxa de cura, quando possível, ou o melhor controle da doença, quando a cura não é mais factível. Dentre as alternativas, temos a cirurgia radical da próstata, a radioterapia externa, a braquiterapia, hormonioterapia e, por fim, a quimioterapia.
Consulte seu urologista regularmente e faça da prevenção o melhor caminho para uma vida mais longa.
Texto: Dr. Caio Schmitt