Espermograma é um exame laboratorial que analisa a qualidade do sêmen e é considerado a forma mais importante para averiguar a capacidade reprodutiva dos homens. O exame é realizado quando existe alguma condição física, imunológica ou genética que possa alterar as condições espermáticas e interferir na fertilidade masculina.
O espermograma é feito a partir de uma amostra coletada por meio de masturbação e avalia desde o aspecto do ejaculado em si, até a quantidade e as condições dos espermatozoides. Esta análise é feita de acordo com critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde.
Além de verificar a fertilidade masculina, o espermograma é usado também para detectar outros fatores da saúde do homem, como as condições da próstata e o funcionamento dos testículos após cirurgia de vasectomia.
Espermograma e infertilidade masculina
Aproximadamente 15% dos casais apresentam dificuldades de engravidar após um ano de relações sexuais desprotegidas. Nos casais inférteis, o fator masculino é o único responsável em cerca de 20% dos casos e contribui em outros 30-40%. Por isso, é indicada uma investigação completa da fertilidade do homem, que inicia com a avaliação feita por um urologista ou especialista em reprodução masculina.
Além disso, sabe-se que a infertilidade masculina pode ser causada por uma variedade de dificuldades. Nesse sentido, algumas condições são identificáveis e reversíveis, como obstrução ductal e hipogonadismo. Outras, no entanto, são irreversíveis, como atrofia testicular bilateral secundária a orquite viral.
Desta forma, uma investigação completa permite ao casal entender melhor a base de sua infertilidade e avaliar o melhor caminho a seguir.
Conhecer o real potencial reprodutivo também é importante para homens solteiros ou casais homoafetivos que desejam um dia se tornar pais, pois é necessário estar bem preparado para quando o momento chegar. Vale ressaltar que um homem com histórico de fertilidade anterior pode ter adquirido algum novo fator de infertilidade masculina, e, portanto, deve ser avaliado.
Espermograma: pré-requisitos e contra-indicações
O Espermograma, também chamado de análise do sêmen, contagem espermática, citologia seminal ou estudo da morfologia espermática é realizado a partir de uma amostra de sêmen obtida através de masturbação.
A recomendação, por sua vez, é que o homem fique de dois a cinco dias em abstinência sexual antes de realizar a coleta. Além disso, é importante que o paciente ejacule dentro do frasco e não faça uso de lubrificantes, pois essas condições interferem no resultado do exame. Não há necessidade de jejum alimentar ou nenhum outro tipo de cuidado pré ou pós-exame.
É importante salientar que o espermograma pode ser feito por qualquer homem em idade reprodutiva, sem nenhuma contra-indicação. Nesse sentido, por se tratar de um exame de coleta e análise laboratorial, não invasivo e indolor, o espermograma não envolve complicações ou riscos à saúde .
Como é realizado o espermograma?
Se você já tem indicação médica para realizar um espermograma e está se preparando para o exame, conheça orientações importantes para fazer a coleta da forma correta e assim não comprometer os resultados:
O que o espermograma analisa?
A amostra de sêmen coletada pelo espermograma é enviada ao laboratório, onde passa por dois tipos de análise:
- Análise macroscópica, feita a “olho nu”: são avaliadas as condições físicas do sêmen como o volume, viscosidade, liquefação, coloração e pH (acidez);
- Análise microscópica verificam-se a concentração de espermatozóides, a motilidade total e progressiva, a vitalidade dos gametas e sua estrutura. Também são medidas as quantidades de leucócitos no esperma (células de defesa do nosso corpo) e de compostos como ácido nítrico e frutose.
Normalmente, são solicitadas duas coletas, com intervalo de 15 dias, para que se possa comparar os resultados. Caso os achados sejam muito diferentes, um terceiro exame deve ser realizado.
Quais problemas e alterações podem ser identificados pelo espermograma?
Os dados encontrados nos espermogramas podem ajudar a diagnosticar as possíveis causas da infertilidade masculina, bem como sugerir outros problemas de saúde do homem.
Problemas na próstata
A análise da viscosidade e acidez do sêmen pode indicar problemas com a próstata. Exames complementares, como toque retal ou biópsia podem ser solicitados pelo médico para confirmar ou descartar possíveis diagnósticos.
Azoospermia
É a ausência de espermatozoides no sêmen, que pode ser causa de infertilidade. A ausência do gameta masculino geralmente é decorrente de infecções bacterianas, DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), ou obstrução nos canais seminais.
Oligospermia
É uma baixa concentração de espermatozóide por ml, muitas vezes originada por infecções no sistema reprodutor, varicocele, DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). A Oligospermia pode acontecer também como efeito colateral do uso de certos medicamentos, como cetoconazol e ou metotrexato.
Atenozoospermia
Ocorre quando os valores de motilidade (progressiva ou não progressiva) e vitalidade são menores do que o padrão (menos de 58%). Além disso, ela pode ser causada por stress, alcoolismo ou doenças auto-imunes, como HIV, entre outras.
Teratozoospermia
São espermatozoides de má formação com alterações morfológicas. As principais causas são varicocele, uso de drogas ou inflamação no sistema reprodutor.
Hipospermia
É o caso em que o volume de sêmen ejaculado é abaixo de 1,5 ml. Esta situação pode estar relacionada com problemas de próstata e alterações nas vesículas seminais.
Necrospermia
Porcentagem de espermatozóides vivos abaixo de 58%. São casos bem raros, que têm como possíveis causas problemas hormonais, câncer prévio nos testículos, infecções nos testículos, uso de drogas e álcool, longos períodos sem ejaculação, idade avançada entre outros.
Leucocitospermia
Caso de alta concentração de leucócitos na amostra seminal, causada por:
- Orquite
- Prostatite
- Cistite
- Uretrite
- Vesiculite
- DSTs.
Crisptozoospermia
Após centrifugação do volume ejaculado são encontrados raros espermatozoides.
Espermograma e tratamentos complementares
Vale lembrar que o espermograma é um dos primeiros exames solicitados na investigação da fertilidade e da saúde masculina. Outros exames complementares podem ser necessários para se chegar a um diagnóstico preciso, tais como:
- Fragmentação de DNA: identifica áreas fragmentadas no DNA que podem ser responsáveis por má qualidade dos embriões, pela dificuldade de gravidez ou abortos de repetição.
- Espermograma sob magnificação (super ICSI): exame realizado por microscópio que aumenta em até mil vezes a visualização do espermatozóide. Identifica parâmetros como vacúolos ou buraco associados à piora da fertilização.
- FISH: analisa alterações no número de cromossomos presentes nos espermatozoides, como as dissomias (quando existem alguns cromossomos a mais) ou as diplóides (duplicação de todos os cromossomos no espermatozoide).
- Carga viral: é feito para pacientes com sorologias alteradas, como HIV, Hepatite, HTLV, para que no dia da fertilização seja utilizado um sêmen testado previamente e livre de quaisquer contaminações.
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