Quando um casal está passando por dificuldades para engravidar, a pergunta mais frequente é: o que está impedindo que a gravidez ocorra?
Nesse sentido, é importante esclarecer que embora possa parecer simples engravidar, para que a concepção aconteça, é necessário uma série de processos naturais. Desta forma, é preciso transcorrer a ovulação, a espermatogênese, a relação sexual no período fértil e a fecundação na tuba uterina. Além disso, o embrião deve se locomover até o útero e se implantar no endométrio.
Geralmente todas estas etapas ocorrem sem maiores problemas, mas em algumas situações podem ter falhas, o que dificulta a gestação. No texto a seguir você vai saber quais as principais causas e sinais que impossibilitam a gravidez.
Da mesma forma, vamos explicar sobre os hábitos de vida que podem auxiliar a fecundação, e os tratamentos da reprodução assistida que têm ajudado milhões de pessoas a realizarem o sonho de ter um filho.
Como saber se tenho dificuldade para engravidar?
Antes de mais nada é importante esclarecer que é perfeitamente normal um casal saudável demorar até 12 meses para conseguir engravidar, com relações frequentes e sem o uso de contraceptivos. Já no caso de mulheres com mais de 35 anos, este prazo cai para 6 meses, pois com o avanço da idade a mulher vai perdendo a quantidade e qualidade dos óvulos.
Nesse sentido, os dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana apontam que 85% dos casais que têm relação sexual regularmente conseguem engravidar no primeiro ano de tentativa. No entanto, 15% possuem dificuldade para conseguir a tão almejada gravidez neste período. Desta forma, se você faz parte desta estatística é fundamental procurar a ajuda de um especialista para diagnosticar a causa da infertilidade.
9 principais causas da dificuldade para engravidar
Como já vimos, a infertilidade é um problema frequente que atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva. Isso significa que homens e/ou mulheres apresentam dificuldades para conceber, o que pode ser causado por diferentes motivos. Nesse sentido, eles necessitam da ajuda de tratamentos para engravidar.
Veja as principais causas da dificuldade para engravidar:
Endometriose
A endometriose é uma das principais causas da infertilidade feminina. Nesse sentido, é importante esclarecer que o endométrio é o tecido que reveste o útero e que descama na forma de menstruação, quando não há fecundação do óvulo.
No entanto, existem situações em que nem todo o tecido é liberado e células vão para outras partes do corpo, tais como: bexiga, intestino, ovários e peritônio. Assim, a endometriose ocorre quando pedaços do endométrio se implantam no lado exterior do útero.
Desta forma, a endometriose pode gerar uma aderência nos ovários impedindo que o óvulo seja liberado. Além disso, a doença também pode causar obstrução das trompas, impossibilitando a chegada dos espermatozoides ao óvulo. Por isso, é importante que o quadro seja diagnosticado para ser tratado devidamente.
Assim, mulheres com sintomas como dor durante as relações sexuais e nas evacuações, além de sangramento na urina, devem fazer uma avaliação médica. Além disso, fluxos menstruais densos, longos e acompanhados de muita cólica também podem indicar casos de endometriose.
Síndrome dos Ovários Policísticos
A Síndrome do Ovário Policístico, ou SOP, é um distúrbio hormonal que leva à formação de cistos nos ovários, podendo apresentar tamanhos variados. Esta doença atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, e pode dificultar a gravidez.
Nesse sentido, os principais sinais são menstruação irregular, alta produção de testosterona (hormônio masculino) e a presença de microcistos nos ovários.
No entanto, é importante destacar que ter ovários policísticos não é o mesmo que ter a síndrome do ovário policístico, pois essa diferença altera o tipo do procedimento que deve ser aplicado para tratar a doença.
Alterações no esperma
Homens com baixo número de espermatozoides (oligospermia), problemas de motilidade (astenozoospermia), e de morfologia (teratozoospermia) apresentam mais dificuldades de conseguir alcançar uma gravidez. Assim, quando quiserem ter um filho vão precisar passar por um tratamento para engravidar.
Obstrução dos canais ejaculatórios
Homens que apresentam obstrução dos canais ejaculatórios por infecções, por vasectomia ou ainda azoospermia obstrutiva também irão necessitar da ajuda de um tratamento para engravidar.
Peso
O peso tem influência direta na saúde das pessoas, inclusive na reprodutiva.
Sendo assim, uma mulher com o Índice de Massa Corporal maior ou menor do que o ideal pode apresentar problemas para engravidar.
O excesso de peso às vezes se associa com a Síndrome dos Ovários Policísticos. Nessa síndrome, quando o organismo produz muito hormônio masculino, pode interferir na regularidade do ciclo menstrual. Desta forma, com ciclos irregulares, a mulher deixa de ovular mensalmente, o que reduz a chance de gravidez.
Por outro lado, quando a porcentagem de gordura corporal é muito baixa, ela é insuficiente para a produção adequada de hormônios, como, por exemplo, a testosterona e o estradiol, o que prejudica a concepção.
Idade da mulher
A mulher quando nasce já possui todos os folículos ovarianos, que vão amadurecer durante a sua vida reprodutiva, transformando-se em óvulos. Por esse motivo, com o passar dos anos o estoque de gametas vai diminuindo em número e qualidade.
Com isso, a partir dos 35, as chances da mulher engravidar vão decaindo gradativamente até ela chegar à menopausa, o que ocorre por volta dos 50 anos.
Sendo assim, a idade é um dos principais fatores que pode dificultar o processo para a gestação.
Menopausa precoce
A menopausa é a fase da vida da mulher quando acontece a interrupção natural da menstruação. Isto se dá porque os hormônios femininos (estrogênio e progesterona) já não são mais produzidos pelos ovários, interrompendo o processo de ovulação.
Desta forma, esta é a etapa em que ocorre a última menstruação, normalmente entre os 45 e 55 anos de idade. Porém, em algumas mulheres esta situação pode se dar ainda antes dos 40 anos, quando é chamada de menopausa precoce, o que também dificulta uma gravidez.
Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) não tratadas podem provocar um quadro de inflamação em toda a pelve, impedindo a gravidez. Nesse sentido, doenças como a gonorréia ou clamídia também prejudicam todo o processo reprodutivo da mulher.
Por isso, o ideal é que a paciente faça uma avaliação médica para obter o diagnóstico correto e começar o tratamento o mais cedo possível.
Estresse
O estresse é um dos fatores que podem prejudicar a saúde da mulher como um todo, e no caso da fertilidade, não é diferente. A ansiedade libera um hormônio chamado cortisol, que é capaz de alterar a menstruação, fazendo com que a mulher até deixe de ovular. Desta forma, com menos ovulações a chance de engravidar diminui.
Problemas hormonais
Os hormônios sexuais femininos como estrógeno e progesterona têm papel fundamental no controle da ovulação e podem atrapalhar as chances de uma gravidez se estiverem descontrolados. Além disso, o aumento da prolactina e problemas na tireoide (hipotireoidismo e o hipertireoidismo) também prejudicam a ovulação e o ciclo menstrual.
Medicamentos
Sabemos que algumas medicações ajudam por um lado, mas podem prejudicar por outro.
Nesse sentido, alguns remédios indicados para epilepsia, depressão e ansiedade podem alterar o ciclo menstrual, impactando na fertilidade da mulher.
Desta forma, é importante contar com acompanhamento de um especialista para decidir se é indicado ou não parar de tomar.
Estou com dificuldade para engravidar do segundo filho. O que pode ser?
As causas da infertilidade secundária ou a dificuldade para engravidar do segundo filho são praticamente as mesmas da primeira gravidez. No entanto, às vezes o problema está relacionado a algo que se agravou ou apareceu após as gravidezes anteriores.
Nesse sentido, a dificuldade de engravidar do segundo filho pode ter causas femininas, masculinas, de ambas as partes ou ainda indefinida. Por isso, uma avaliação completa com especialista em reprodução humana é essencial para se chegar ao diagnóstico e ao melhor tratamento.
Causas da infertilidade secundária masculina
A infertilidade secundária, assim como a primária, também pode ser causada por fatores masculinos. Nesse sentido, o exame de espermograma auxilia a detectar muitos dos problemas.
Veja alguns fatores masculinos que causam infertilidade:
- Baixo número de espermatozoides (oligospermia);
- Problemas de motilidade de espermatozoides (astenozoospermia);
- Problemas na morfologia dos espermatozoides (teratozoospermia);
- Homens com azoospermia, ou seja, sem presença de espermatozoides no sêmen;
- Homens com obstrução dos canais ejaculatórios causadas por infecções ou por vasectomia;
- Homens com varicocele;
- Presença de ISTs – infecções sexualmente transmissíveis;
- Traumatismos nos testículos;
- Exposição a fatores laborais ou ambientais como substâncias químicas, radiação e medicações;
- Hábitos de vida como tabagismo, uso de drogas ilícitas, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, dieta inadequada;
- Estresse;
- Idade avançada.
Causas da infertilidade secundária feminina
A infertilidade secundária também pode ter causa por questões femininas, sendo que nestes casos, a idade da mulher é um dos principais fatores.
No entanto, existem vários problemas que prejudicam a capacidade reprodutiva da mulher como endometriose, alterações tubárias e no útero, problemas na ovulação, entre outros.
Da mesma forma, a alimentação, obesidade, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas também podem impactar na possibilidade de engravidar.
Por isso, assim que se percebe a dificuldade em engravidar é preciso procurar ajuda médica para descobrir o que está causando o problema. Nesse sentido, a partir de um diagnóstico preciso é possível escolher o melhor tratamento para combater a infertilidade.
Tenho dificuldade para engravidar. O que fazer?
Graças aos avanços da medicina reprodutiva, já existem diversos tratamentos para engravidar. Nesse sentido, dependendo do problema de infertilidade do casal, ou das dificuldades que a pessoa enfrenta para ter um filho, o especialista vai indicar o melhor tratamento.
Conheça os principais tratamentos para engravidar:
Coito programado
O coito programado é uma técnica de Reprodução Assistida, de baixa complexidade, baseada no acompanhamento do ciclo menstrual feminino para se determinar o período fértil da mulher.
Além disso, pode-se usar medicamentos indutores de ovulação, para aumentar as chances de sucesso. Dessa forma, é possível saber qual o momento mais propício para a gravidez acontecer.
Nesse sentido, o tratamento é útil para otimizar o encontro do espermatozoide com o óvulo dentro do organismo da mulher, aumentando a probabilidade de fecundação. Para isso, monitora-se o processo com exames de ultrassonografia transvaginal, a cada 2 ou 3 dias, o que permite acompanhar a ovulação. Assim, o médico pode orientar o casal quando as relações sexuais devem ocorrer.
Esta técnica é indicada para casos leves de infertilidade como anovulação, que é a ausência de ovulação e para mulheres que apresentam Síndrome dos Ovários Policísticos. Dessa maneira, sugere-se o coito programado para mulheres de até 35 anos, que não apresentam problemas nas tubas uterinas e no útero, situação avaliada pela histerossalpingografia.
Por outro lado, para que o coito programado funcione é necessário também que o homem apresenta um espermograma com resultados normais ou discretas alterações. Além disso, é importante que o casal tenha avaliações hormonais consideradas saudáveis.
Inseminação Intra-Uterina (IIU)
A Inseminação Intra-uterina (IIU) é uma técnica de Reprodução Assistida muito usada em casos de infertilidade masculina e feminina. Nesse sentido, o tratamento consiste na introdução dos espermatozoides diretamente na cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a fecundação do óvulo. Ou seja, este procedimento sincroniza o encontro dos gametas para que a gravidez aconteça.
Também chamada de Inseminação Artificial (IA), a técnica considerada de baixa complexidade potencializa o encontro do espermatozoide com o óvulo. Desta forma, coloca-se no útero feminino uma amostra qualificada de sêmen, com preparo prévio em laboratório. Assim, a fertilização do óvulo acontece dentro do corpo da mulher.
Fertilização In Vitro (FIV)
A Fertilização In Vitro (FIV) é uma das técnicas de reprodução assistida de alta complexidade que tem ajudado milhares de pessoas a superarem problemas de infertilidade. Esse tratamento ficou conhecido em 1989, com o nascimento de Louise Brown, na Inglaterra, o primeiro bebê de proveta do mundo.
Desde então, a Fertilização In Vitro vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a realizarem o sonho de ter um filho. Nesse sentido, a técnica promove o encontro do óvulo e do espermatozoide em laboratório, facilitando que ocorra a fecundação.
O embrião formado a partir da união dos gametas é posteriormente transferido ao útero para ser gestado. Desta forma, esta técnica de reprodução humana apresenta boas taxas de gravidez bem-sucedida, e acontece em várias etapas.
Estimulação ovariana
Com uso de medicamentos hormonais, a indução ovariana estimula que um maior número de folículos, que contêm os óvulos, cresça e amadureça. Dessa forma, é possível obter mais óvulos para serem fertilizados. Durante o período de estimulação, realizam-se exames de ultrassonografias para acompanhar o crescimento dos folículos, até que estejam prontos para coleta.
Punção folicular
Quando os folículos alcançam o tamanho ideal, ocorre a coleta de óvulos através da punção folicular. Todos os folículos produzidos pelos ovários são aspirados por uma agulha bem fina, guiada pelo ultrassom transvaginal. O procedimento é simples e rápido e acontece sob sedação.
Coleta de Sêmen
No caso dos homens, o sêmen é coletado através de masturbação ou por punção testicular, quando não há espermatozoides no ejaculado. O próximo passo é selecionar os espermatozoides mais saudáveis e viáveis para a facilitar a fecundação.
Fecundação
No tratamento de Fertilização In Vitro, a fecundação ocorre em laboratório. Dessa forma, o encontro do óvulo com o espermatozoide para formar o embrião acontece fora do corpo da mulher, com a ajuda do embriologista.
Nesse sentido, os óvulos e uma quantidade pré-determinada de espermatozoides são colocados em uma placa e mantidos em incubadora com as condições ideais à fecundação. Assim, o objetivo é deixar os espermatozoides fecundarem o óvulo de maneira similar à fertilização natural, com menos interferência do embriologista.
Cultivo e transferência embrionária
Os embriões formados no laboratório são cultivados em uma incubadora por alguns dias, até serem transferidos para o útero materno. Isto acontece geralmente no quinto dia do seu desenvolvimento, D5, quando o embrião atinge o estágio de blastocisto. Em casos de exceção, pode ocorrer no terceiro dia, D3.
Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
A ICSI, ou Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides, é uma técnica de alta complexidade da reprodução humana assistida, que ajuda casais com problemas de infertilidade a realizarem o sonho de ter um filho.
Nesse sentido, esse procedimento, que surgiu nos anos 90, consiste em introduzir um único espermatozoide, previamente selecionado, diretamente dentro do óvulo para que a fertilização possa ocorrer.
Dessa forma, a ICSI é um tratamento de Fertilização In Vitro, já que a fecundação do gameta feminino pelo masculino acontece em laboratório, fora do corpo da mulher.
Ou seja, tanto os pacientes da FIV clássica quanto os da ICSI passam pelas mesmas etapas que incluem a preparação e punção dos óvulos e coleta dos esperamatozoides, fertilização do óvulo em laboratório, cultivo do embrião e a transferência ao útero materno. Porém, a fertilização ocorre de formas diferentes.
Nesse sentido, na FIV com ICSI, os espermatozoides são selecionados e injetados, um a um, dentro de cada um dos óvulos, para que ocorra a fecundação. Nestes casos, a fertilização não ocorre espontaneamente, e há total interferência do embriologista.
Ovodoação/Doação de embriões
A ovodoação é uma alternativa da medicina reprodutiva para ajudar pessoas com problemas de infertilidade a realizarem o sonho de ter um filho. Também conhecida como doação de óvulos, possibilita que mulheres com dificuldades de engravidar com seus próprios gametas, casais homoafetivos masculinos e pais solo formem suas famílias.
Desta maneira, a ovodoação acontece quando uma mulher cede seus óvulos, de forma altruísta, para que outra pessoa os utilize. Ou seja, consiste na doação do gameta feminino que após ser fecundado, será gestado por outra mulher.
Assim, a fertilização do óvulo da doadora acontece em laboratório, usando o espermatozoide do parceiro da receptora. Dessa maneira, forma-se o embrião que será transferido ao útero da paciente receptora.
Esse tratamento para engravidar é indicado para mulheres com insuficiência ovariana precoce, problemas hereditários e genéticos que podem ser transmitidos, má formação do sistema reprodutor feminino, postergação da maternidade, entre outros.
Da mesma forma existe a doação de embriões, outra possibilidade da Reprodução Assistida para ajudar pessoas com dificuldades de engravidar a formarem suas famílias. Nesse sentido, acontece quando casais em tratamento de Fertilização In Vitro cedem seus embriões excedentes para que outras pessoas tenham chance de realizar o sonho de ter um filho.
Assim como a doação de óvulo (ovodoação) e de espermatozoide, a doação de embriões é uma atitude solidária que pode representar a única opção para uma gestação. Nesse sentido, os gametas e embriões doados são criopreservados (congelados) por vitrificação, e mantidos em nitrogênio líquido a -196°C. Dessa forma, pode-se armazenar por tempo indeterminado, aguardando o momento de transferência para o útero da receptora.
Útero de substituição
O útero de substituição é um tratamento para engravidar em que uma mulher gera um bebê em seu útero para outra pessoa.
Nesse sentido, é uma alternativa para mulheres com ausência de útero, defeitos congênitos e doenças com risco de morte durante a gestação.
Da mesma forma, o útero de substituição possibilita que casais homoafetivos e homens solo formem suas famílias.
Assim, a técnica consiste na realização de uma Fertilização In Vitro com a formação de embriões, provindos de óvulos e espermatozoides do casal que deseja filhos, ou a partir de gametas doados. Esses embriões são posteriormente transferidos para o útero de uma outra mulher onde será gestado.
Também chamado de doação temporária do útero ou gestação de substituição, a técnica de reprodução assistida é regulamentada pela resolução nº 2.294/2021 do Conselho federal de Medicina.
8 hábitos de vida que ajudam a engravidar
Como todos sabem, alguns hábitos de vida impactam diretamente na saúde, inclusive na questão reprodutiva. Assim, o tabagismo, o excesso de cafeína e de bebidas alcoólicas, bem como o peso (muito acima ou muito abaixo do ideal), são fatores que podem dificultar a engravidar.
Por essa razão, manter uma alimentação balanceada, beber muita água e praticar exercícios físicos podem influenciar positivamente para que a gravidez aconteça. Da mesma forma, procurar maneiras de lidar com o estresse do dia a dia também contribui para chegar a uma gestação mais facilmente.
Desta forma, saiba que existem recomendações práticas que ajudam a aumentar a fertilidade. Confira!
Mantenha um peso saudável
O peso interfere diretamente na fertilidade. Dessa forma, mulheres e homens que estão abaixo ou acima do peso saudável correm o risco de ter mais dificuldades para engravidar. Isto ocorre porque causa alterações hormonais que prejudicam a ovulação, além de afetar a produção dos espermatozoides.
Previna ISTs – Infecções Sexualmente Transmissíveis
As ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) prejudicam não apenas a saúde geral, mas também a fertilidade de homens e mulheres. A gonorreia e a clamídia são algumas dessas doenças que podem causar infertilidade. Para se proteger, use sempre preservativos nas relações sexuais.
Beba pouco café e bebidas alcoólicas
O excesso de café ou álcool prejudicam as mulheres que querem engravidar. Dessa forma, beber 500 miligramas de cafeína por dia, que equivale a 5 xícaras de café, já pode causar diminuição da fertilidade. Além disso, homens e mulheres também devem ter cautela em relação a bebidas alcoólicas.
Pesquisas científicas observaram que o risco de infertilidade aumenta entre as mulheres que consomem duas ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia, podendo causar distúrbios da ovulação. No homem, o álcool em excesso está associado à diminuição da testosterona, do volume do sêmen e ainda pode causar impotência.
Não fume
O hábito de fumar pode trazer importantes consequências para a fertilidade. Nesse sentido, nas mulheres fumantes, o cigarro pode afetar a receptividade do útero, prejudicando a possibilidade de gravidez. O fumo também aumenta o risco de aborto espontâneo, tanto nas gestações naturais como naquelas que resultam de tratamentos de reprodução assistida.
Já nos homens, o tabaco duplica o número de radicais livres, reduz a quantidade e a mobilidade dos espermatozoides, aumenta o risco de anormalidades no esperma e defeitos genéticos no embrião. Ou seja, o fumo é inimigo da saúde e da fertilidade.
Reduza o estresse e faça exercícios físicos
A ansiedade e o estresse intenso provocam alterações hormonais que afetam a produção de óvulos e espermatozoides saudáveis, prejudicando a fertilidade feminina e masculina. Por isso, é importante achar formas para controlar o estresse, como meditação, acupuntura, técnicas de mindfulness e outras atividades relaxantes.
Nesse sentido, praticar exercícios regularmente também é fundamental, pois, além de trazer benefícios para a saúde, como a perda de peso, ajuda a regular os hormônios e a melhorar a motilidade dos espermatozoides.
Na mulher, o exercício físico traz também vantagens para a ovulação. No entanto, vale o alerta: atividade física em excesso pode causar disfunção menstrual e gerar uma quantidade muito grande de radicais livres, substâncias que interferem na qualidade celular. Portanto, a dica é manter uma rotina de exercícios, mas sem exageros.
Tenha uma alimentação saudável e equilibrada
A alimentação pode afetar a fertilidade muito mais do que imaginamos. Por isso, se você busca melhorar as chances de engravidar, procure comer alimentos que ajudam o bom funcionamento dos hormônios sexuais.
Entre os recomendados estão frutas, verduras, legumes, nozes, castanhas e peixes. Eles são poderosos antioxidantes e anti-inflamatórios, ricos em vitaminas e minerais, como vitamina E, vitamina C, complexo B, zinco e ômega 3 e são indicados para o casal.
Além disso, é recomendado evitar frituras, embutidos e alguns peixes como salmão e atum, que podem conter metais pesados e atuarem como disruptores endócrinos, interferindo no funcionamento de hormônios.
Da mesma forma, é fundamental estar sempre bem hidratado com pelo menos oito copos de água por dia. Isso ajudará a manter uma boa atividade metabólica.
Durma bem
A quantidade e qualidade do sono são fatores importantes quando se quer aumentar a fertilidade. Nesse sentido, o hormônio do sono, a melatonina, tem ação antioxidante e é essencial para o processo reprodutivo. Ela equilibra a ação dos radicais livres, melhora a maturação e qualidade do óvulo, e consequentemente, contribui de forma positiva para a fertilização.
O padrão de sono no homem também pode afetar sua capacidade de ter filhos, já que o sono está relacionado à produção de hormônios. Desta forma, o tempo de descanso está diretamente relacionado com os níveis de testosterona que o homem apresenta e sua consequente capacidade de fertilização.
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