5 sintomas de Cisto no Ovário

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Sumário

Conteúdo atualizado em: 12/12/2024.

Um cisto no ovário se caracteriza, basicamente, por uma bolha coberta por uma membrana fina, que contém ar ou substâncias líquidas em seu interior.

Os cistos também podem ocorrer nos rins, na pele, no fígado, no pâncreas, nas mamas, no cérebro, nas cordas vocais e em diversas partes do organismo.

O cisto, por sua vez, é considerado uma lesão benigna. No entanto, em alguns casos, tumores malignos podem ter um aspecto semelhante ao de um cisto. Por esse motivo, é fundamental fazer uma avaliação cuidadosa por um médico especialista.

Dessa forma, cisto no ovário é um assunto que preocupa muitas mulheres, principalmente aquelas que planejam ou que estão com dificuldade de engravidar.

Embora os cistos sejam considerados normais, a tendência é que desapareçam naturalmente. Por isso, é muito importante também conhecer os sintomas para que se possa identificar a possibilidade de desenvolver um cisto no ovário.

Pensando nisso, elaboramos este post para que você conheça 5 dos principais sintomas da presença de cisto no ovário.

Tipos de cisto no ovário

Existem vários tipos de cisto no ovário. Conheça a seguir os mais comuns:

  • Cisto folicular: ocorre quando não há ovulação ou quando o óvulos não sai do ovário durante o período fértil;
  • Cisto de corpo lúteo: pode ocorrer após a liberação do óvulo;
  • Cisto de teca-luteína: é um tipo mais raro, sendo mais comum nas mulheres que tomam remédios para engravidar;
  • Cisto hemorrágico: ocorre quando há sangramento na parede do cisto para o seu interior;
  • Cisto dermoide: conhecido também como teratoma cístico maduro, que pode ser encontrado contendo cabelo, dente ou fragmento ósseo;
  • Fibroma ovariano: é um tipo de cisto mais comum na menopausa;
  • Endometrioma ovariano: ocorre em casos de endometriose nos ovários;
  • Cisto adenoma: é um tipo de cisto ovariano benigno.

Diferença entre cistos em idade fértil e pós-menopausa

Os cistos ovarianos apresentam características distintas em mulheres em idade fértil e na pós-menopausa, principalmente devido às diferenças hormonais e aos riscos associados a cada fase da vida. Entenda as principais diferenças nessas duas partes da vida feminina:

  • Em mulheres jovens, os cistos ovarianos são frequentemente funcionais, ou seja, relacionados ao ciclo menstrual, como o cisto folicular ou de corpo lúteo. Esses cistos tendem a ser benignos, assintomáticos e desaparecer espontaneamente em poucas semanas, sem necessidade de intervenção médica. 

Por isso, o acompanhamento com ultrassonografias seriadas é a abordagem predominante, garantindo que o cisto se resolva naturalmente sem complicações.

  • Na pós-menopausa, o cenário é diferente porque os ovários não estão mais produzindo óvulos, e a atividade hormonal é reduzida. Cistos ovarianos nessa fase geralmente não são funcionais e requerem maior atenção devido ao risco aumentado de malignidade. 

A ultrassonografia transvaginal é um exame essencial para avaliar a aparência do cisto e determinar se há características suspeitas, como septações espessas, conteúdo sólido ou vascularização aumentada. Além disso, exames de sangue como o marcador tumoral CA-125 podem ser solicitados para ajudar a diferenciar entre cistos benignos e possíveis tumores malignos.

O tratamento para cistos em mulheres jovens e na pós-menopausa também difere devido às implicações dessas condições. Em mulheres em idade fértil, a intervenção cirúrgica só é considerada se o cisto for grande (maior que 5 cm), persistente, causar sintomas significativos ou tiver uma aparência duvidosa.

Em contrapartida, nas mulheres pós-menopáusicas, mesmo um cisto aparentemente benigno pode exigir vigilância mais rigorosa ou até mesmo remoção cirúrgica, dependendo do tamanho e das características observadas nos exames. A decisão por cirurgia em mulheres mais velhas também leva em conta a possibilidade de preservar a saúde geral e prevenir complicações futuras.

Principais sintomas de cisto no ovário

Normalmente, os cistos no ovário não apresentam sintomas e tendem a desaparecer naturalmente após algumas semanas.

Desta forma, muitas mulheres podem ter tido cistos nos ovários e não souberam.

Além disso, é importante ressaltar que os cistos no ovário não causam infertilidade nem provocam alterações menstruais, sendo a endometriose uma das exceções.

No entanto, o cisto no ovário pode provocar sintomas quando, pelo menos, uma das seguintes situações está presente:

Crescimento do cisto no ovário

Quando o cisto cresce muito, a mulher pode sentir alguns sintomas, como, por exemplo:

  1. Dor ou sensação de peso na região pélvica ou abdominal;
  2. Dor durante o ato sexual;
  3. Distensão abdominal;
  4. Enjoos;
  5. Vontade frequente de urinar;
  6. Dificuldade ou vontade súbita de evacuar e ganho de peso.

Ruptura do cisto no ovário

Quando ocorre uma ruptura de cisto ovariano, a mulher pode sentir uma dor súbita e intensa na pelve. Essas rupturas, por sua vez, podem ocorrer devido a um grande esforço físico ou relação sexual.

Em alguns casos, pode haver sangramento vaginal, embora a ruptura de cisto, geralmente, não provoque hemorragias graves.

Torção do cisto no ovário

Nos casos em que o cisto cresce demasiadamente, pode acontecer de ele girar ao redor do seu próprio eixo, causando uma torção.

Nessas situações, a mulher pode sentir uma dor súbita e intensa na região pélvica ou abdominal. Essa dor pode ser tão intensa que causa náuseas e vômitos.

Como já dissemos, na maioria das vezes, o cisto no ovário é assintomático. No entanto, caso seja percebida alguma alteração, é importante consultar um médico para que seja investigada se há presença de cisto.

Nesse sentido, para tentar identificar presença de cisto no ovário, é necessário estar atenta aos seguintes sintomas:

  1. Dor abdominal ou pélvica constante;
  2. Sensação frequente de barriga inchada;
  3. Menstruação irregular;
  4. Dor constante nas costas ou flancos;
  5. Desconforto ou dor durante o contato íntimo.

Além desses sintomas, existem outros fatores que você deve estar atenta, tais como:

  • Dor durante o período ovulatório;
  • Atraso na menstruação;
  • Aumento na sensibilidade das mamas;
  • Sangramento fora do período menstrual;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Aumento de peso;
  • Náuseas e vômitos.

Os sintomas também podem variar de acordo com o tipo de cisto. Por esse motivo, é fundamental consultar um especialista para que sejam feitos exames e se possa diagnosticar a presença, tamanho e gravidade do cisto no ovário.

Outro ponto importante a salientar, por sua vez, é que a mulher diagnosticada com cisto no ovário deve ir ao hospital sempre que apresentar dor abdominal acompanhada de febre, vômitos, desmaios, sangramentos ou aumento da frequência respiratória, porque isso pode ser sinal de que o cisto está aumentando de tamanho ou que houve rompimento.

Explicação mais detalhada dos exames de diagnóstico

O diagnóstico de cistos no ovário envolve uma combinação de métodos que auxiliam na avaliação de suas características, natureza e potencial malignidade. A ultrassonografia transvaginal é o exame de primeira escolha, pois fornece imagens detalhadas da estrutura e do conteúdo do cisto, como líquido claro, componentes sólidos ou septações.

Essa avaliação inicial é crucial para identificar características suspeitas, como paredes espessas ou vascularização aumentada, que podem indicar malignidade. No entanto, em casos em que a ultrassonografia apresenta achados inconclusivos, exames complementares são fundamentais para refinar o diagnóstico.

Confira alguns destes exames complementares abaixo:

Ressonância magnética (RM): é um método não invasivo e altamente detalhado, utilizado principalmente em casos de dúvidas diagnósticas após a ultrassonografia. Ela permite uma análise mais precisa das características do cisto, diferenciando entre cistos simples, complexos e tumores sólidos. 

A RM é particularmente útil para avaliar lesões com características mistas ou quando há suspeita de envolvimento de estruturas adjacentes. Por não usar radiação, é considerada uma ferramenta segura e eficaz para investigações ginecológicas mais complexas.

Exames de sangue: também desempenham um papel essencial na avaliação de cistos ovarianos. O marcador tumoral CA-125 é frequentemente solicitado para ajudar a distinguir cistos benignos de malignos, especialmente em mulheres na pós-menopausa. Embora o CA-125 possa estar elevado em casos de câncer de ovário, também pode ser elevado em condições benignas, como endometriose ou infecções pélvicas. 

Por isso, sua interpretação deve ser feita em conjunto com outros achados clínicos e de imagem. Outros marcadores, como HE4 e o índice ROMA (Risk of Ovarian Malignancy Algorithm), podem ser utilizados para aumentar a precisão na detecção de malignidade.

Laparoscopia: um método diagnóstico e terapêutico, especialmente em casos onde o diagnóstico permanece incerto ou quando há indicação de remoção do cisto. Esse procedimento minimamente invasivo permite que o médico visualize diretamente os ovários e obtenha amostras para biópsia, se necessário. Combinando técnicas de imagem avançadas e exames laboratoriais, é possível alcançar um diagnóstico mais preciso, garantindo um plano de tratamento adequado e individualizado para cada paciente.

O diagnóstico preciso de cistos no ovário exige uma abordagem unilateral, combinando técnicas de imagem detalhadas, como ultrassonografia e ressonância magnética, com exames laboratoriais específicos, como o marcador tumoral CA-125 e outros testes complementares. Cada método desempenha um papel único na identificação das características do cisto, diferenciando entre condições benignas e potenciais malignidades.

Fatores de risco para o desenvolvimento de cistos

O desenvolvimento de cistos ovarianos está associado a uma série de fatores de risco que variam conforme o histórico clínico, condições hormonais e o estilo de vida das mulheres. Em idade reprodutiva, os desequilíbrios hormonais são uma das principais causas, especialmente quando ocorrem ciclos menstruais irregulares ou ausência de ovulação (anovulação).

Essas condições podem predispor ao surgimento de cistos funcionais, como os foliculares ou de corpo lúteo. Além disso, a síndrome dos ovários policísticos (SOP), caracterizada por disfunções hormonais, está frequentemente associada à formação de múltiplos pequenos cistos nos ovários.

O uso de medicamentos para fertilidade, como indutores da ovulação, também pode influenciar no surgimento de cistos. Substâncias como o clomifeno ou as gonadotrofinas podem aumentar a chance de formação de cistos de teca-luteína, que, embora raros, tendem a ser maiores e requerem monitoramento mais próximo. Mulheres em tratamentos de reprodução assistida também podem desenvolver cistos devido à hiperestimulação ovariana, uma condição que exige atenção médica cuidadosa para evitar complicações.

Além disso, histórico de endometriose é outro fator de risco relevante, uma vez que essa condição pode levar à formação de endometriomas, cistos ovarianos formados pelo tecido endometrial fora do útero. Esses cistos podem causar dor pélvica crônica e impactar a fertilidade. Além disso, mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou de mama podem ter maior predisposição genética para o desenvolvimento de cistos ovarianos, especialmente em idades mais avançadas, sendo essencial o acompanhamento regular em tais casos.

Outros fatores como: obesidade, início precoce da menstruação e histórico de condições ginecológicas também podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento de cistos.

Embora muitos cistos sejam benignos e transitórios, a presença de fatores de risco específicos demanda um acompanhamento médico mais rigoroso para garantir diagnóstico precoce e manejo adequado. Essa abordagem preventiva é fundamental para minimizar complicações e preservar a saúde reprodutiva das pacientes.

Cisto no ovário: qual o tratamento?

Em mulheres jovens, em idade fértil, a maioria dos casos de cisto no ovário não necessita de nenhum tratamento. Isso porque, geralmente, não apresentam sintomas e tendem a desaparecer sozinhos (dentro de 1 a 2 meses).

No entanto, é importante realizar uma avaliação ultrassonográfica para que o médico possa avaliar se o cisto sumiu ou aumentou de tamanho neste intervalo de tempo.

Nesse sentido, quando o cisto tem mais de 5 centímetros, pode apresentar um crescimento contínuo, provocando sintomas intensos. E, caso tenha uma aparência duvidosa, pode ser recomendada uma cirurgia para remoção do cisto.

Além disso, os cistos de ovário causados por endometriose também necessitam de tratamento cirúrgico para a sua remoção.

Já no caso das mulheres no período pós-menopausa, a avaliação da aparência do cisto deve ser realizada através da ultrassonografia, e exames de sangue ajudam a definir a melhor forma de tratamento.

Se o cisto tiver uma aparência benigna, e o CA 125 for baixo, o médico poderá acompanhar a evolução do cisto com exames de ultrassom a cada 3 ou 6 meses.

Por outras palavras, se o cisto for pequeno, assintomático e claramente benigno, não é necessário nenhum tratamento, apenas um acompanhamento médico adequado e frequente.

Além disso, também é importante ressaltar que, embora os cistos em mulheres com mais idade tendem a não desaparecer naturalmente, a remoção por cirurgia nem sempre é obrigatória.

Por esse motivo, é necessário consultar um médico especializado para uma avaliação mais precisa do caso.

Cistos e fertilidade

Os cistos no ovário podem ter diferentes impactos na fertilidade feminina, dependendo de sua natureza, tipo e tamanho. De forma geral, cistos funcionais, como os foliculares e de corpo lúteo, são comuns em mulheres em idade reprodutiva e não costumam interferir na capacidade de engravidar, pois estão relacionados ao ciclo menstrual e, frequentemente, desaparecem sozinhos.

No entanto, quando esses cistos crescem excessivamente ou persistem, podem provocar alterações no funcionamento dos ovários, dificultando a ovulação e, consequentemente, a concepção.

Cistos associados a condições específicas, como endometriomas, podem ter um impacto mais significativo na fertilidade. Esses cistos, causados pela endometriose, podem danificar os tecidos ovarianos, reduzir a reserva de óvulos e alterar o ambiente reprodutivo, dificultando a implantação do embrião no útero. 

Além disso, cistos grandes, independentemente do tipo, podem causar compressão ou deslocamento das estruturas pélvicas, dificultando a passagem do óvulo pelas trompas de Falópio ou interferindo na liberação natural de óvulos.

O tamanho do cisto também é um fator determinante. Cistos pequenos e assintomáticos geralmente não exigem intervenção e raramente afetam a fertilidade. Já cistos maiores, com mais de 5 cm, podem provocar dor, torção ou ruptura, além de interferir no equilíbrio hormonal, o que pode dificultar os processos de ovulação e fecundação.

Em alguns casos, quando há necessidade de remoção cirúrgica do cisto, pode haver comprometimento da reserva ovariana, especialmente se uma parte significativa do tecido ovariano saudável também for retirada durante o procedimento.

É importante ressaltar que o impacto dos cistos na fertilidade varia amplamente entre as mulheres, e a avaliação individual é essencial para determinar a abordagem adequada. Exames regulares, como ultrassonografias e testes hormonais, são fundamentais para monitorar os cistos e garantir um plano de tratamento personalizado.

Para mulheres que desejam engravidar e enfrentam dificuldades, tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), podem ser uma alternativa eficaz para superar os desafios relacionados aos cistos ovarianos.

Considerações finais

Na maioria das vezes, os cistos no ovário não apresentam sintomas. No entanto, nos casos em que há aumento do tamanho do cisto, sangramento, ruptura do cisto, torção do cisto ou das tubas uterinas, podem surgir alguns sintomas que provocam dores intensas e súbitas.

Além disso, vimos também que o cisto no ovário, normalmente, tem uma natureza benigna e tende a desaparecer naturalmente. Contudo, às vezes, pode ser necessária a remoção do cisto por meios cirúrgicos.

Por fim, é importante ressaltar que, se você se identificar com algum dos sinais mencionados, é fundamental marcar uma consulta com um especialista para uma avaliação mais precisa.

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