A infertilidade feminina pode ter diferentes causas, sendo que um dos principais fatores associados é a idade da mulher.
Além disso, ainda existem vários problemas que prejudicam a capacidade reprodutiva como endometriose, alterações tubárias e no útero, problemas na ovulação, entre outros.
Da mesma forma, a alimentação, obesidade, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas também podem impactar na possibilidade de se alcançar a gravidez.
Nesse sentido, quando a mulher não consegue engravidar naturalmente após um ano ou mais de tentativas, é necessário uma investigação médica completa para diagnosticar quais são os motivos da infertilidade. Pacientes acima de 35 anos podem aguardar 6 meses e acima de 40 anos 3 meses.
A boa notícia é que muitos problemas são tratáveis através das diversas técnicas de Reprodução Assistida.
No texto a seguir você vai ver quais são as principais causas, como identificar a infertilidade feminina, e de que maneira a medicina reprodutiva pode ajudar no sonho de ter um filho.
O que é infertilidade feminina?
A infertilidade feminina é definida como a incapacidade de conceber após um ano de tentativas, sem o uso de métodos contraceptivos.
Já no caso de mulheres com mais de 35 anos, este prazo cai para 6 meses, pois com o avanço da idade a mulher vai perdendo a quantidade e qualidade dos óvulos.
Nesse sentido, dentre os fatores de infertilidade de um casal, 40% são femininos, 40% são masculinos, 10% são associados a ambos e os outros 10% restantes são considerados casos sem causa aparente,
Causas de infertilidade feminina?
As causas da infertilidade feminina estão relacionadas a diversos fatores, como idade da mulher, alterações hormonais e problemas anatômicos (no útero, ovários, e fator tubário). Além disso, também podem estar relacionadas a doenças autoimunes, genéticas e infecciosas.
Sendo assim, as principais causas da infertilidade feminina são a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, o comprometimento das trompas como sequela de infecções sexualmente transmissíveis e a baixa qualidade dos óvulos.
Além disso, outros fatores também contribuem para a dificuldade de engravidar como qualidade de vida, estresse, medicamentos, fumo, álcool, alterações importantes de peso e dieta.
Veja as causas mais frequentes da infertilidade feminina:
Endometriose
A endometriose é uma das principais causas da infertilidade feminina. Nesse sentido, é importante esclarecer que o endométrio é o tecido que reveste o útero internamente e que descama com sangue na forma de menstruação, quando não há fecundação do óvulo.
No entanto, existem situações em que este tecido que também cai através das tubas para dentro da barriga se implanta fora do útero como nos ligamentos na bexiga, no intestino, nos ovários e no peritônio.
Desta forma, a endometriose pode levar a infertilidade por alterar a qualidade dos óvulos, por criar as aderências que atrapalham a movimentação das trompas e por aumento dos radicais livres dentro do útero que prejudicam a implantação.
Assim, mulheres com sintomas como colica menstrual forte, dor durante as relações sexuais, alterações da urina e do funcionamento do intestino durante a menstruação devem fazer uma avaliação médica.
Idade avançada da mulher
A mulher quando nasce já possui todos os folículos ovarianos, que vão amadurecer durante a sua vida reprodutiva, transformando-se em óvulos. Por esse motivo, com o passar dos anos o estoque de gametas vai diminuindo em número e qualidade.
Com isso, a partir dos 35, as chances da mulher engravidar vão decaindo gradativamente até ela chegar à menopausa, o que ocorre por volta dos 50 anos.
Sendo assim, a baixa qualidade ovariana que acompanha a progressão da idade é um dos principais fatores que pode dificultar a gestação.
Peso
O peso tem influência direta na saúde das pessoas, inclusive na reprodutiva.
Sendo assim, uma mulher com o Índice de Massa Corporal maior ou menor do que o ideal pode apresentar problemas para engravidar.
Nesse sentido, o excesso de peso às vezes se associa à Síndrome dos Ovários Policísticos, que desregula o ciclo menstrual. Desta forma, com ciclos irregulares, a mulher deixa de ovular mensalmente, o que reduz a chance de gravidez.
Por outro lado, quando a porcentagem de gordura corporal é muito baixa, ela é insuficiente para a produção adequada de hormônios, como, por exemplo, a testosterona e o estradiol, o que prejudica a ovulação.
Menopausa precoce
A menopausa é a fase da vida da mulher quando acontece a interrupção natural da menstruação. Isto se dá porque ocorre o fim dos óvulos e com isso a interrupção da produção hormonal que leva às menstruações
Desta forma, esta é a etapa em que ocorre a última menstruação, normalmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade. Porém, em algumas mulheres esta situação pode se dar ainda antes dos 40 anos, quando é chamada de menopausa precoce.
Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) não tratadas podem provocar um quadro de inflamação no útero e nas tubas impedindo a gravidez ou causando abortamento de repetição. Nesse sentido, doenças como a gonorreia ou clamídia também prejudicam o processo reprodutivo da mulher.
Por isso, o ideal é que a paciente faça uma avaliação médica para obter o diagnóstico correto e começar o tratamento o mais cedo possível.
Estresse
O estresse é um dos fatores que podem prejudicar a saúde da mulher como um todo, e no caso da fertilidade, não é diferente.
A ansiedade libera um hormônio chamado cortisol, que é capaz de alterar a menstruação, fazendo com que a mulher até deixe de ovular. Desta forma, com menos ovulações a chance de engravidar diminui bastante.
Problemas hormonais
Os hormônios sexuais femininos como estrógeno e progesterona têm papel fundamental no controle da menstruação e da implantação do embrião.
Desta forma, podem atrapalhar as chances de uma gravidez se estiverem descontrolados. Além disso, o aumento da prolactina e problemas na tireoide (hipotireoidismo e o hipertireoidismo) também prejudicam a ovulação e o ciclo menstrual.
Cirurgias prévias:
Qualquer intervenção cirúrgica no abdômen pode provocar aderências nos órgãos pélvicos por um processo de cicatrização interna. Quando a cirurgia envolve os ovários ou mesmo as trompas, a chance de aderências aumenta ainda mais, podendo dificultar uma gravidez.
Medicamentos
Sabemos que algumas medicações ajudam por um lado, mas podem prejudicar por outro.
Nesse sentido, alguns remédios indicados para epilepsia, depressão e ansiedade podem alterar o ciclo menstrual, impactando na fertilidade da mulher.
Desta forma, é importante contar com acompanhamento de um especialista para decidir se é indicado ou não parar de tomar ou substituir a medicação por outra de menor risco.
Café e bebidas alcoólicas
O excesso de café ou álcool prejudicam as mulheres que querem engravidar. Dessa forma, beber 500 miligramas de cafeína por dia, que equivale a 5 xícaras de café, já pode causar diminuição da fertilidade. Além disso, homens e mulheres também devem ter cautela em relação a bebidas alcoólicas.
Nesse sentido, pesquisas científicas observaram que o risco de infertilidade aumenta entre as mulheres que consomem duas ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia, podendo causar distúrbios da ovulação.
No homem, o álcool em excesso está associado à diminuição da testosterona, do volume do sêmen e ainda pode causar impotência.
Fumo e Drogas
O hábito de fumar e de consumir drogas pode trazer importantes consequências para a fertilidade. Nesse sentido, estas substâncias podem afetar a receptividade do útero, prejudicando a possibilidade de gravidez.
O fumo e as drogas também aumentam o risco de aborto espontâneo, tanto nas gestações naturais como naquelas que resultam de tratamentos de Reprodução Assistida.
Conheça os principais sinais de infertilidade feminina
A infertilidade feminina pode ser um sintoma de vários problemas de saúde. Por isso, é muito importante que a mulher se observe e esteja atenta ao seu ciclo menstrual e alterações no corpo de forma geral.
Assim, sinais como cólicas fortes, dor na hora da relação sexual, aumento de pelos e irregularidade na menstruação devem ser investigadas por um médico ginecologista.
Contudo, existem doenças que servem de alerta, pois estão associadas a dificuldade de engravidar. Nesse sentido, pacientes que apresentam irregularidade menstrual podem ser diagnosticados, por exemplo, com alterações na tireoide ou ovários policísticos.
Outro sinal de alerta são as cólicas menstruais que pioram com o passar do tempo, pois às vezes são consequência de uma endometriose, doença que causa infertilidade.
Além disso, ciclos com sangramentos extremamente volumosos podem ser sinal de mioma, tumor benigno que, dependendo da localização, leva a dificuldade de gestar. Da mesma maneira, as oscilações das menstruações podem significar que os ovários têm poucos óvulos, e começaram a “falhar”, não produzindo hormônios adequadamente.
Já nos casos de mulheres jovens, com estes mesmos sinais, poderia ser uma menopausa precoce. Desta forma, a qualquer sinal diferente no organismo, é importante procurar um médico especializado para diagnosticar e tratar o problema.
Então, fique de olho nos sintomas:
- Cólicas fortes;
- Dor na hora da relação sexual;
- Aumento de pelos no corpo;
- Irregularidade na menstruação,
- Ciclos menstruais extremamente volumosos;
- Falha na menstruação.
Quais os exames que detectam a infertilidade feminina?
Para diagnosticar a infertilidade feminina podem ser feitos alguns exames de sangue que detectam as dosagens hormonais. Nesse sentido, a medição do FSH, LH, TSH, estradiol, progesterona, prolactina, hormônios androgênicos, anti-mulleriano, entre outros são realizadas em fases específicas do ciclo menstrual.
Além das dosagens hormonais, é solicitada também a avaliação anatômica, feita inicialmente pelo ultrassom transvaginal, responsável por avaliar útero e ovários. Da mesma forma, pode ser solicitada a histerossalpingografia, exame extremamente importante para mostrar a permeabilidade e funcionalidade tubária.
Qual a relação entre as alterações hormonais e a infertilidade feminina?
Os hormônios possuem interferência direta na vida da mulher e suas alterações podem ser responsáveis por muitos casos de infertilidade.
Desta forma, dependendo da quantidade de hormônios sexuais presentes no corpo feminino ou havendo desequilíbrio, é possível identificar o que está causando a infertilidade.
Nesse sentido, uma condição muito comum de disfunção hormonal que pode acarretar na infertilidade é a alteração da ovulação. Fatores como estresse, sedentarismo e atividades físicas de alto impacto podem levar a essas modificações.
Outra causa atrelada às alterações da ovulação, é a “idade”. A partir dos 35 anos, a quantidade de óvulos tende a diminuir, por isso é solicitado o exame de reserva ovariana, capaz de avaliar o potencial de reprodução da mulher.
Entenda os hormônios femininos
Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas do sistema endócrino. Nesse sentido, sua função é regular o funcionamento do corpo por meio de efeitos de indução ou de inibição em nossos órgãos.
Entre os diversos hormônios do nosso corpo, os do aparelho reprodutor são responsáveis por regular o ciclo reprodutivo. Além disso, determina também as diferenças biológicas entre o homem e a mulher, cujo impacto interfere na fertilidade.
Desta forma, os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno e a progesterona, produzidos, sobretudo, pelos ovários.
Nesse sentido, enquanto o estrógeno participa da ovulação, concepção e gestação, a progesterona prepara o organismo para essas duas últimas etapas, e ajuda a regular o ciclo menstrual.
Confira outros hormônios que se fazem presentes no organismo feminino:
Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
Para as mulheres, o FSH estimula a secreção de estrogênio e é responsável por desenvolver os folículos do ovário no período fértil. Desta forma, esse hormônio ajuda a controlar o ciclo menstrual.
Hormônio Luteinizante (LH)
Este hormônio está relacionado à fertilidade, tanto a masculina quanto a feminina. Nas mulheres, o LH é responsável por amadurecer os óvulos e induzir a ovulação.
Estradiol
O estradiol é o tipo principal de estrógeno, e tem níveis maiores nas mulheres do que nos homens. Seu estudo verifica o funcionamento dos ovários. Desta forma, as concentrações no corpo feminino variam de acordo com o ciclo menstrual.
Antimulleriano (HAM)
No corpo da mulher, o Hormônio Antimulleriano é produzido pelos folículos, unidades que contam com a presença de óvulos em seu interior.
Sendo assim, durante o ciclo menstrual, há o processo de ovulação, período que estes folículos se desenvolvem, crescem e rompem, liberando o óvulo que estava ali contido.
Desta forma, a concentração deste hormônio é um indicador fundamental para os tratamentos de fertilidade, pois a sua medição pode indicar a quantidade de óvulos existentes no corpo da mulher.
Conheça algumas alterações hormonais
Para os hormônios manterem sua função reguladora, é necessário que sua quantidade esteja equilibrada, do contrário pode prejudicar o funcionamento do organismo.
Nas mulheres, a disfunção hormonal é ainda mais sentida, afetando os ciclos menstruais. Desta forma, as alterações dos níveis de estrógeno e progesterona, podem trazer sintomas como inchaço, ganho de peso e dores abdominais, além de interferirem em aspectos como sonolência e irritabilidade.
Além disso, algumas doenças estão diretamente ligadas aos distúrbios hormonais podendo dificultar também a gravidez. Confira quais são estas doenças:
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
São duas das doenças que ocorrem pela alteração dos hormônios produzidos na tireoide. Esses hormônios controlam o metabolismo do corpo.
Nesse sentido, quando eles estão em falta, há o hipotireoidismo, em que há a redução do metabolismo. Esta redução acarreta em sintomas como cansaço, aumento de peso e ressecamento da pele.
Já quando esses hormônios estão presentes em excesso, ocorre o hipertireoidismo, deixando a pessoa com suor excessivo e aceleração da frequência cardíaca. Ambos os problemas podem trazer alterações no ciclo menstrual.
Síndrome dos Ovários Policísticos
A Síndrome do Ovário Policístico, ou SOP, é um distúrbio hormonal que leva à formação de cistos nos ovários, podendo estes apresentar tamanhos variados. Esta doença atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, e pode dificultar, ou até mesmo impossibilitar a gravidez.
Nesse sentido, os principais sinais são menstruação irregular, espinhas e aumento de pelos. No entanto é importante destacar que ter ovários policísticos não é o mesmo que ter a síndrome do ovário policístico pois 20% das mulheres tem o ovário de aspecto policístico ao ultrassom,
Amenorreia secundária
A amenorreia é a ausência de menstruação por pelo menos três ciclos menstruais consecutivos.
Chama-se “amenorreia secundária”, pois ela ocorre em mulheres que já menstruaram com regularidade. Dentre as causas possíveis para a amenorreia secundária estão a gestação, a ausência de ovulação associada à síndrome dos ovários policísticos, e alterações hormonais.
5 tratamentos para a infertilidade feminina
Graças aos avanços da medicina reprodutiva, já existem diversos tratamentos para engravidar. Nesse sentido, dependendo do problema da infertilidade feminina, o especialista vai indicar o melhor tratamento para cada paciente.
Conheça os principais tratamentos para engravidar:
Coito programado
O coito programado é uma técnica de Reprodução Assistida, de baixa complexidade, baseada no acompanhamento do ciclo menstrual feminino para se determinar o período fértil da mulher.
Além disso, pode-se usar medicamentos indutores de ovulação, para aumentar as chances de sucesso. Dessa forma, é possível saber qual o momento mais propício para a gravidez acontecer.
Nesse sentido, o tratamento é útil para otimizar o encontro do espermatozoide com o óvulo dentro do organismo da mulher, aumentando a probabilidade de fecundação.
Para isso, monitora-se o processo com exames de ultrassonografia transvaginal, a cada 2 ou 3 dias, o que permite acompanhar a ovulação. Assim, o médico pode orientar o casal quando as relações sexuais devem ocorrer.
Esta técnica é indicada para casos leves de infertilidade como anovulação, que é a ausência de ovulação como para mulheres que apresentam Síndrome dos Ovários Policísticos.
Dessa maneira, sugere-se o coito programado para mulheres de até 35 anos, que não apresentam problemas nas tubas uterinas e no útero, situação avaliada pela histerossalpingografia.
Por outro lado, para que o coito programado funcione é necessário também que o homem apresenta um espermograma com resultados normais ou discretas alterações. Além disso, é importante que o casal tenha avaliações hormonais consideradas saudáveis.
Inseminação Intra-Uterina (IIU)
A Inseminação Intra-uterina (IIU) é uma técnica de Reprodução Assistida muito usada em casos de infertilidade masculina e feminina.
Nesse sentido, o tratamento consiste na introdução dos espermatozoides diretamente na cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a fecundação do óvulo.
Ou seja, este procedimento sincroniza o encontro dos gametas para que a gravidez aconteça.
Também chamada de Inseminação Artificial (IA), a técnica considerada de baixa complexidade potencializa o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Desta forma, coloca-se no útero uma amostra qualificada de sêmen, com preparo prévio em laboratório. Assim, a fertilização do óvulo acontece dentro do corpo da mulher.
Fertilização In Vitro (FIV)
A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade que tem ajudado milhares de pessoas a superarem problemas de infertilidade.
Esse tratamento ficou conhecido em 1989, com o nascimento de Louise Brown, na Inglaterra, o primeiro bebê de proveta do mundo.
Desde então, a Fertilização In Vitro vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a realizarem o sonho de ter um filho. Nesse sentido, a técnica promove o encontro do óvulo e do espermatozoide em laboratório, facilitando que ocorra a fecundação.
O embrião formado a partir da união dos gametas é posteriormente transferido ao útero para ser gestado. Desta forma, esta técnica de reprodução humana apresenta boas taxas de gravidez bem-sucedida, e acontece em várias etapas.
Estimulação ovariana
Com uso de medicamentos hormonais, a indução ovariana estimula que um maior número de folículos, que contêm os óvulos, cresça e amadureça. Dessa forma, é possível obter mais óvulos para serem fertilizados.
Durante o período de estimulação, realizam-se exames de ultrassonografias para acompanhar o crescimento dos folículos, até que estejam prontos para coleta.
Punção folicular
Quando os folículos alcançam o tamanho ideal, ocorre a coleta de óvulos através da punção folicular. Todos os folículos produzidos pelos ovários são aspirados por uma agulha bem fina, guiada pelo ultrassom transvaginal. O procedimento é simples e rápido e acontece sob sedação.
Coleta de Sêmen
No caso dos homens, o sêmen é coletado através de masturbação ou por punção testicular, quando não há espermatozoides no ejaculado.
O próximo passo é selecionar os espermatozoides mais saudáveis e viáveis para a facilitar a fecundação.
Fecundação
No tratamento de Fertilização In Vitro, a fecundação ocorre em laboratório. Dessa forma, o encontro do óvulo com o espermatozoide para formar o embrião acontece fora do corpo da mulher, com a ajuda do embriologista.
Nesse sentido, os óvulos e uma quantidade pré-determinada de espermatozoides são colocados em uma placa e mantidos em incubadora com as condições ideais à fecundação.
Assim, o objetivo é deixar os espermatozoides fecundarem o óvulo de maneira similar à fertilização natural, com menos interferência do embriologista.
Cultivo e transferência embrionária
Os embriões formados no laboratório são cultivados em uma incubadora por alguns dias, até serem transferidos para o útero materno.
Isto acontece geralmente no quinto dia do seu desenvolvimento, D5, quando o embrião atinge o estágio de blastocisto. Em casos de exceção, pode ocorrer no terceiro dia, D3.
Ovodoação/Doação de embriões
A ovodoação é uma alternativa da medicina reprodutiva para ajudar pessoas com problemas de infertilidade a realizarem o sonho de ter um filho.
Também conhecida como doação de óvulos, possibilita que mulheres com dificuldades de engravidar com seus próprios gametas, casais homoafetivos masculinos e pais solo formem suas famílias.
Desta maneira, a ovodoação acontece quando uma mulher cede seus óvulos, de forma altruísta, para que outra pessoa os utilize. Ou seja, consiste na doação do gameta feminino que após ser fecundado, será gestado por outra mulher.
Assim, a fertilização do óvulo da doadora acontece em laboratório, usando o espermatozoide do parceiro da receptora. Dessa maneira, forma-se o embrião que será transferido ao útero da paciente receptora.
Esse tratamento para engravidar é indicado para mulheres com insuficiência ovariana precoce e problemas hereditários e genéticos, má formação do sistema reprodutor feminino, postergação da maternidade, entre outros.
Da mesma forma existe a doação de embriões, outra possibilidade da Reprodução Assistida para ajudar pessoas com dificuldades de engravidar a formarem suas famílias.
Nesse sentido, acontece quando casais em tratamento de Fertilização In Vitro cedem seus embriões excedentes para que outras pessoas tenham chance de realizar o sonho de ter um filho.
Assim como a doação de óvulo (ovodoação) e de espermatozoide, a doação de embriões é uma atitude solidária que pode representar a única opção para uma gestação.
Nesse sentido, os gametas e embriões doados são criopreservados (congelados) por vitrificação, e mantidos em nitrogênio líquido a -196°C. Dessa forma, pode-se armazenar por tempo indeterminado, aguardando o momento de transferência para o útero da receptora.
Útero de substituição
O útero de substituição é um tratamento para engravidar em que uma mulher gera um bebê em seu útero para outra pessoa.
Nesse sentido, é uma alternativa para mulheres com ausência de útero, defeitos congênitos e doenças com risco de morte durante a gestação.
Da mesma forma, o útero de substituição possibilita que casais homoafetivos e homens solo formem suas famílias.
Assim, a técnica consiste na realização de uma Fertilização In Vitro com a formação de embriões, provindos de óvulos e espermatozoides do casal que deseja filhos, ou a partir de gametas doados. Esses embriões são posteriormente transferidos para o útero de uma outra mulher, onde será gestado.
Também chamado de doação temporária do útero ou gestação de substituição, a técnica de reprodução assistida é regulamentada pela resolução nº 2.121/2015 do Conselho federal de Medicina.
Considerações finais
A dificuldade de engravidar é um problema com grande impacto emocional na vida das pessoas e que também pode influenciar no relacionamento do casal. No entanto, muitas situações podem ser resolvidas com um diagnóstico médico preciso e com o tratamento adequado através das técnicas de reprodução assistida. Sendo assim, se você está passando por uma situação destas, procure o quanto antes um médico especialista em fertilidade.
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