Os exames gestacionais são exames realizados ao longo de toda a gravidez com objetivo de acompanhar o desenvolvimento e a saúde do bebê, bem como da futura mãe. Dessa forma, as avaliações são feitas durante o pré-natal, para identificar se está tudo correndo como o esperado, se há alterações relacionadas ao bebê, ou riscos para a gestação.
Neste sentido, durante os 9 meses de gravidez, o obstetra solicita diferentes exames físicos, laboratoriais e de imagem para verificar de perto toda evolução desta incrível jornada que é gerar um filho. Além disso, os cuidados do pré-natal visam garantir que mãe e bebê cheguem com saúde e segurança ao momento do parto.
Vale esclarecer que os exames gestacionais, realizados pelas mulheres que já estão grávidas, muitas vezes são confundidos com os exames pré-gestacionais. Também chamados de exames pré-concepcionais, esses testes são solicitados pelo médico para as pessoas que estão se preparando para a gravidez. Desta forma, as mulheres que estão planejando engravidar devem procurar um especialista que vai orientar sobre os cuidados e exames indicados para uma gestação saudável e segura.
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Estou grávida, e agora? Que exames gestacionais devo fazer?
Assim que a mulher desconfia ou já tem certeza de que está grávida, o indicado é que procure um médico, o quanto antes, para receber as primeiras orientações e começar logo o pré-natal. Neste sentido, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gestante deve realizar pelo menos oito consultas de pré-natal, para que haja acompanhamento adequado de cada fase da gestação.
De qualquer forma, o número de consultas depende da conduta de cada médico, e também da realidade de cada gestação. Em geral, a paciente é orientada a visitar o obstetra mensalmente, até o sétimo mês de gravidez. No oitavo, o ideal é consultar o especialista a cada quinzena, e no nono e último mês, as consultas passam a ser semanais.
Neste sentido, em cada consulta, o médico realiza exames clínicos e avalia o peso da gestante, a pressão arterial e a circunferência abdominal. Além disso, ele indica alguns exames gestacionais, como de sangue, de urina, ginecológicos e ultrassonografias para detectar se há problemas ou doenças que podem afetar a criança ou o seu desenvolvimento no útero .
Em cada encontro, o médico faz uma avaliação geral da gestação:
- Mede a pressão arterial;
- Verifica o peso da gestante;
- Afere a altura do útero e da circunferência abdominal;
- Ausculta os batimentos cardíacos do feto;
- Solicita exames médicos (laboratoriais, de imagem e outros, se necessário);
Cada trimestre da gestação requer exames gestacionais específicos, mas, dependendo do caso de cada gestante, de acordo com a sua idade e saúde, o obstetra pode solicitar também outras avaliações complementares.
Quais exames gestacionais são solicitados no 1º trimestre da gravidez?
Os exames gestacionais do primeiro trimestre de gravidez devem ser feitos até a 13ª semana de gestação. Neste sentido, eles são importantes para avaliar a saúde da gestante, o risco da mãe passar algumas doenças para o bebê, e também servem para identificar malformações e possíveis riscos de aborto espontâneo.
Além disso, é importante lembrar que, em cada consulta, são realizados exames físicos que medem o peso da mãe, a altura uterina (para acompanhar o crescimento do feto a pressão arterial (para avaliar o risco de eclâmpsia ), além de escutar o coração do bebê.
Veja quais são os exames gestacionais do primeiro semestre:
EXAMES DE SANGUE
Os exames de sangue são exames realizados em laboratório e que ajudam a detectar possíveis sinais de inflamações, infecções e outras informações importantes para assegurar a saúde da mãe e do bebê.
- Hemograma completo: serve para verificar se há alguma infecção ou anemia.
- Tipo sanguíneo e fator Rh: importante quando o fator Rh dos pais é diferente, quando um é positivo e outro é negativo. Se a mãe for Rh negativo, é indicado a realização do exame de Coombs indireto.
- Glicemia de Jejum: solicitado para diagnosticar ou acompanhar o tratamento da diabetes gestacional. Se a mãe for diagnosticada com a doença, o exame é repetido no segundo trimestre de gestação. Além disso, entre a 24ª e a 28ª semana de gestação, o médico pode indicar o exame TOTG.
- Tireoide: usado para avaliar o funcionamento da tireoide. É solicitado os níveis de TSH, T3 e T4, pois o hipertireoidismo pode levar ao aborto espontâneo.
- Sorologias Infecciosas: algumas infecções por vírus, parasitas ou bactérias podem ser transmitidas ao bebê durante o parto, ou através da placenta. O exame de sorologia testa para:
- VDRL: verifica se há sífilis, uma doença sexualmente transmissível, que se não for tratada, pode levar a malformação do bebê ou aborto espontâneo.
- HIV: identifica se há presença do vírus HIV, que provoca a AIDS. Se a mãe for devidamente tratada, as chances do bebê se contaminar são baixas.
- Hepatite B (HbsAg) e C: serve para diagnosticar as hepatites B e C. Se a mãe receber tratamento, evita que o bebê seja contaminado com estes vírus.
- Toxoplasmose IgM e IgG: verifica se a mãe já teve contato com o protozoário Toxoplasma gondi, que pode causar malformação no bebê. Caso não seja imune, ela deverá receber orientações para evitar a contaminação.
- Rubéola: usado para diagnosticar se a mãe possui rubéola, pois esta doença pode provocar malformação nos olhos, coração ou cérebro do bebê, além de aumentar o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro.
- Citomegalovírus ou CMV: diagnostica a infecção pelo citomegalovírus, que, quando não é devidamente tratada, pode causar restrição de crescimento, microcefalia, icterícia ou surdez congênita no bebê.
EXAMES DE URINA
O exame de urina é um teste laboratorial que analisa, de forma microscópica, as células, bactérias e cristais eventualmente presentes na urina . É um procedimento indolor e de fácil coleta que fornece informações sobre doenças como infecções urinárias, problemas nos rins, entre outros.
- Urocultura + urina tipo I: os exames de urina e urocultura verificam se há infecção urinária, que é muito comum durante a gestação, e pode levar ao parto prematuro.
EXAMES DE FEZES
O exame de fezes é um exames de rotina muito comum . A partir de uma pequena amostra coletada pelo paciente, o laboratório pode identificar possíveis microrganismos e outras anomalias causadora de doenças.
- Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica): investiga a presença de parasitas no intestino que podem provocar, entre outros problemas, a anemia.
EXAMES DE ULTRASSOM
O ultrassom é um exame de imagem muito importante para o acompanhamento da gestante e do bebê. Com este aparelho é possível identificar malformações, anomalias no feto, doenças congênitas, entre várias outras condições.
- Ultrassonografia obstétrica transvaginal: o primeiro ultrassom é geralmente realizado entre a 8ª e a 10 ª semana de gestação. Ele confirma a existência e a quantidade de embriões, calcula o tempo de gestação e define se o bebê está situado dentro do útero.
- Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre : ocorre entre a 11ª semana e 3 dias a 13ª semana e 6 dias. O exame mede a translucência nucal e avalia o risco de algumas síndromes cromossômicas, como por exemplo a Síndrome de Down.
EXAMES GINECOLÓGICOS
Os exames ginecológicos fazem parte da rotina de todas as mulheres e tem como objetivo a prevenção ou detecção precoce de doenças pré existente nas mães, ou que podem surgir durante a gravidez .
- Citopatológico de colo de útero (Papanicolau ): verificar a presença de alterações no colo do útero que possam ser indicativos de câncer, por exemplo.
- Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica): os exames ginecológicos servem para avaliar inflamações vaginais e infecções, como a Candidíase, que podem prejudicar o bebê se não forem tratadas. Além disso, também ajuda a identificar doenças sexualmente transmissíveis, como Gonorreia e Clamídia.
Quais exames gestacionais são solicitados no 2º trimestre da gravidez?
Os exames gestacionais do segundo trimestre da gravidez, ou seja, aqueles que são realizados entre a 13ª 24ª semanas, dão continuidade aos cuidados do pré-natal. Assim, mesmo que essa fase seja considerada mais tranquila, quando os enjoos e mal-estar já diminuíram, bem como o risco de aborto espontâneo, ainda é preciso acompanhar o desenvolvimento e a saúde do bebê e da gestante.
Neste sentido, diferente do que acontece no início da gestação, quando o acompanhamento médico é mais focado na saúde da futura mãe, os exames realizados no segundo trimestre são mais direcionados para acompanhar o crescimento do bebê. São eles:
EXAMES CLÍNICOS:
Os exames clínicos são exames realizados pelo obstetra em todas as consultas do pré natal para avaliar as condições físicas da mulher grávida e acompanhar o desenvolvimento do feto.
- Pressão Arterial: a medição da pressão arterial na gravidez é muito importante para avaliar o risco de pré-eclâmpsia, que acontece quando a pressão está alta. Esta situação aumenta as chances de parto prematuro. Além disso, a pressão alta pode ser causada por alimentação desequilibrada ou malformação da placenta, o que pode colocar em risco a vida da mãe e do bebê.
- Altura do útero: a medida da altura do útero é feita periodicamente para acompanhar se o crescimento do bebê está compatível com o tempo de gestação.
EXAMES DE SANGUE:
No segundo trimestre, são repetidas algumas sorologias já realizadas no início da gestação, como:
- Hemograma completo: o hemograma, no segundo trimestre da gravidez, permite avaliar a quantidade de hemácias, hemoglobinas, leucócitos e plaquetas da mulher e, assim, verificar se há anemia, que é bem comum nesta etapa da gravidez.
- Sorologia para HIV: realizado para descartar a presença do vírus causador da Aids.
Sorologia para VDRL: feito para verificar se a mãe é portadora da bactéria responsável pela sífilis, o Treponema pallidum. - Reação para Toxoplasmose: solicitado para constatar se a mãe possui ou não imunidade contra a toxoplasmose, causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode ser transmitido ao bebê.
- Rubéola: serve para confirmar se a gestante tem a doença que pode causar malformação nos olhos, coração ou cérebro do bebê, e também aumenta o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro.
- Hepatite B e C: o exame é repetido para verificar se a mãe tem o vírus da hepatites B e C. Com o devido tratamento, evita que o bebê seja contaminado com estes vírus.
- Citomegalovírus: confirma se há infecção pelo citomegalovírus. Sem tratamento adequado, pode causar problemas no crescimento, microcefalia, icterícia ou surdez congênita no bebê.
- Glicemia (tolerância oral a glicose 75 mg): esse exame é indicado para as pacientes com diagnóstico normal de glicemia de jejum verificada no primeiro trimestre. É recomendado que seja realizado entre 24 e 28 semanas para descartar diabetes gestacional. Conhecido como PTGO ou TOTG, o exame é feito através da coleta de uma amostra de sangue, antes e depois da mulher tomar o Dextrosol, que é um líquido açucarado. Além disso, novas coletas de sangue são feitas em 30, 60, 90 e 120 minutos após tomar o Dextrosol, completando 2 horas da ingestão do líquido.
- Outros exames: o médico poderá solicitar também outros exames, como ureia, creatinina e ácido úrico, enzimas hepáticas.
EXAMES DE URINA E FEZES:
Esses exames também são repetidos para descartar possíveis infecções, inclusive Dsts.
EXAMES DE ULTRASSOM:
Exame inofensivo para mães e bebês, a ultrassonografia também está presente no segundo trimestre da gravidez . Neste sentido, o exame é fundamental para acompanhar a formação do bebê, seu ritmo de crescimento, e outros pontos importantes para chegar com saúde até o parto.
- Ultrassonografia transvaginal de segundo trimestre: mede o comprimento do colo útero para avaliar os riscos e prevenir um parto prematuro.
- Ultrassonografia morfológica de segundo trimestre: avalia toda a morfologia do feto, a posição da placenta, a quantidade de líquido amniótico e a medida do colo uterino. Além disso, o exame também pode identificar malformações fetais estruturais, como fenda labial e anomalias congênitas cardíacas. Geralmente, é realizado entre a 20ª e 24ª semana, quando, muitas vezes, se descobre o sexo do bebê.
- Ultrassom (3D ou 4D): esse exame é um complemento do ultrassom tradicional. Permite ver o rosto do bebê e avaliar com mais precisão alguma malformação, já que as imagens são mais detalhadas.
EXAMES GINECOLÓGICOS:
Os exames ginecológicos também fazem parte dos exames realizados no segundo trimestre de gestação. Neste sentido é possível acompanhar o surgimento de alguma doenças que possa afetar a saúde da mãe, do bebê ou colocar a gravidez em risco.
- Teste de Fibronectina Fetal: feito entre a 22ª e a 36ª semana de gestação, através da coleta de de secreção vaginal e do colo do útero, verifica se há risco de parto prematuro. É recomendado que a mulher não apresente sangramento genital e nem tenha tido relações sexuais 24 horas antes do exame.
- Avaliação do corrimento vaginal e do colo do útero: serve para descartar a presença de eventuais doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e a clamídia.
Quais exames gestacionais são solicitados no 3º trimestre da gravidez?
Os exames gestacionais do terceiro trimestre, que compreende da 27ª semana de gestação até o nascimento, tem como objetivo avaliar o desenvolvimento do bebê para se certificar de que não haverá problemas durante o parto.
Nesta última etapa da gravidez, é quando o bebê cresce e engorda mais. Neste sentido, as consultas com o obstetra são mais focadas na preparação para o parto e no acompanhamento do bebê, já que as estruturas mais importantes já estão todas formadas.
Veja os exames gestacionais que devem ser realizados na última fase da gestação, bem como alguns que já foram feitos nos trimestres anteriores e que podem ser repetidos.
EXAMES CLÍNICOS:
No segundo trimestre, os exames clínicos continuam sendo muito importantes para acompanhamento das gestantes e dos bebês. O médico verifica as condições físicas da grávida e avalia o desenvolvimento do nenê.
- Pressão Arterial: assim como no primeiro e segundo trimestre, medir a pressão arterial da gestante é extremamente importante. No terceiro trimestre de gestação, a preocupação maior é com o parto prematuro, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia.
- Altura do útero, Peso e Circunferência da barriga: a medição da altura do útero, da circunferência da barriga e a pesagem da gestante são feitas em cada consulta de pré-natal. No último trimestre, o bebê ganha peso efetivamente, passando de uma média de 1kg na 28ª semana, para até mais de 3kg após as 40 semanas.
- Toque: a partir da 35ª semana, o obstetra já pode realizar o exame de toque, para avaliar a posição do bebê e se há início de dilatação no colo do útero.
EXAMES DE SANGUE:
No terceiro trimestre, são repetidos alguns exames já realizados.
- Hemograma completo: o hemograma, no terceiro trimestre da gravidez, é repetido para confirmar se a mãe está bem para enfrentar o parto.
- Sorologia para HIV: para descartar presença do vírus causador da Aids.
- Sorologia para VDRL (sífilis): confirma se a mãe não é portadora da bactéria da Treponema pallidum, responsável pela sífilis.
- Reação para Toxoplasmose: para verificar se a mãe possui ou não imunidade contra a toxoplasmose, causada pelo parasita Toxoplasma gondii e que pode ser transmitida ao bebê.
- Hepatite B e C: o exame é repetido para averiguar se a mãe tem o vírus da hepatites B e C. Com o devido tratamento, evita que o bebê seja contaminado com estes vírus.
EXAMES DE ULTRASSOM:
Também chamado de ultrassonografia ou ecografia, o exame de ultrassom usa ondas de som de alta frequência e produz imagens muito nítidas do bebê, da placenta, do próprio útero e de outros órgãos. No terceiro trimestre da gravidez, permite ao obstetra acompanhar bem de perto a evolução e a saúde do bebê.
- Ultrassonografia obstétrica para avaliação do crescimento fetal: realizada (entre 34 e 37 semanas).
- Perfil biofísico do bebê: realizado após a 28ª semana, este teste avalia os movimentos do bebê, assim como a quantidade de líquido amniótico. Dessa forma, se algum destes valores estiver errado, pode significar que o bebê está passando por algum problema e pode precisar fazer um parto precoce.
- Monitoramento do batimento cardíaco fetal: este exame avalia o ritmo cardíaco do bebê dentro do útero e ajuda a identificar se existe algum problema com o seu desenvolvimento. Este tipo de monitoramento também é feito durante o parto para garantir que tudo está correndo bem, e também pode ser feito várias vezes após a 20ª semana de gestação.
EXAMES GINECOLÓGICOS:
Os exames ginecológicos também fazem parte do último trimestre da gravidez. De carácter preventivo, avalia possíveis infecções que podem prejudicar o bebê.
- Pesquisa do estreptococo do grupo B: realizado entre a 35ª e 37ª semanas, o exame é feito através de coleta do material do canal vaginal. A bactéria streptococcus B é bastante comum no trato reprodutivo e, geralmente, não provoca qualquer tipo de problema ou sintoma na mulher. Porém, quando esta bactéria entra em contato com o bebê durante o parto, pode causar infecções graves como meningite, pneumonia ou até uma infecção de todo o corpo.
CARDIOGRAFIA:
Realizada após as 32 semanas de gravidez, a cardiotocografia é feita para avaliar os batimentos cardíacos e os movimentos do bebê. Nesse sentido, cintos elásticos com sensores são colocados na barriga, monitorando os batimentos cardíacos do bebê e a intensidade e frequência das contrações do útero. Esse exame é muito utilizado durante o trabalho de parto, para avaliar o bem-estar do bebê enquanto o nascimento não aconte.
Quais exames gestacionais são solicitados para gravidez de risco?
Já sabemos a importância do pré-natal e quais exames gestacionais são solicitados em cada um dos trimestres de uma gravidez normal. Porém, cada gestação é única e alguns fatores relacionados à mãe ou ao bebê podem torná-la uma gravidez de risco.
Neste sentido, algumas grávidas podem necessitar de cuidados extras e exames gestacionais adicionais para garantir sua saúde e a do seu filho.
Para os médicos, a gravidez de risco pode ocorrer quando existem doenças maternas prévias à gestação, antecedentes de intercorrência em gestação anterior, ou condições obstétricas de risco para a gestação atual. Além disso, engloba qualquer aspecto que fuja do curso normal de uma gravidez típica, em uma mulher que não apresente nenhum problema prévio de saúde e que ponha em risco a saúde da mãe ou do bebê.
Fatores que elevam o risco de uma gravidez:
Nenhuma mulher escolhe ter uma gravidez de risco, e muitas vezes esse risco é consequência de fatores alheios à vontade ou controle da mãe. Porém, dependendo do caso, alguns fatores podem ser evitados ou tratados, deixando a gravidez o mais saudável possível.
Quando a gravidez é considerada de risco, ou de alto risco alto, o acompanhamento é feito de forma mais frequente com a realização de exames gestacionais mais específicos, como:
- Perfil bioquímico fetal: o exame ajuda no diagnóstico de doenças genéticas no bebê;
- Biópsia do vilo corial e/ou cariótipo fetal: realizado para diagnosticar doenças genéticas;
- Ecocardiograma fetal e eletrocardiograma: avalia o funcionamento do coração do bebê. Normalmente, é indicado quando alguma alteração cardíaca no bebê já tenha sido detectada em exames anteriores;
- MAPA: indicado para mulheres hipertensas, para verificar o risco de pré-eclampsia;
- Amniocentese: detecta doenças genéticas, como a síndrome de Down e infecções. Deve ser realizado entre a 15ª e 18ª semana de gestação;
- Cordocentese: também conhecido como amostra de sangue fetal, serve para detectar alguma deficiência cromossômica no bebê ou suspeita de contaminação por rubéola e toxoplasmose tardia na gravidez.
RESUMINDO: EXAMES GESTACIONAIS DO PRÉ-NATAL
Exames gestacionais X Exames pré- gestacionais: entenda a diferença
Como já vimos, os exames gestacionais são todos aqueles realizados ao longo dos 9 meses de gravidez, ou seja, fazem parte do pré-natal das gestantes. Por outro lado, os exames pré-gestacionais, também chamados de pré-concepcionais, são exames destinados às mulheres que planejam engravidar e querem estar preparadas para uma gravidez saudável.
Para as futuras mamães, o primeiro passo é buscar um especialista e realizar a consulta pré-concepcional. Desta forma, o médico faz uma avaliação completa para conhecer o histórico clínico, ginecológico e obstétrico da paciente. Além disso, ele já realiza exames físicos e solicita os exames laboratoriais.
Conheça os exames realizados antes da gravidez:
Histórico Clínico:
Serve para identificar e tratar possíveis doenças prévias, como diabetes e hipertensão arterial, que afetam o desenvolvimento do futuro bebê, bem como a saúde da mãe. Importante também para orientação sobre hábitos de vida, como tabagismo e alcoolismo, que prejudicam uma gravidez.
Histórico Ginecológico e Obstétrico:
Para verificar a ocorrência de gestações anteriores, intervalo entre elas, partos e possíveis intercorrências, como abortamento e pré-eclâmpsia.
Exame Físico:
Avalia a pressão arterial, o peso e a altura da paciente. Além disso, serve de base para uma orientação nutricional adequada e informações sobre hábitos saudáveis que devem ser cultivados, como manter uma atividade física regular.
Exames Laboratoriais:
Como ponto de partida o médico solicita:
- Hemograma
- Glicemia
- Função da Tireóide
- Sorologias infecciosas
- HIV
- Hepatites B e C: com sorologia negativa para B, indica-se tomar a vacina antes da gravidez
- Rubéola: se sorologia for negativa, há indicação vacinação prévia à gravidez
- Sífilis
Com testes negativos de HIV, hepatites B e C e sífilis, a paciente é orientada sobre os cuidados preventivos. Se os resultados forem positivos, ela deve ser esclarecida acerca dos tratamentos disponíveis para reduzir o risco de transmissão vertical (para o recém-nascido), além de ser aconselhada sobre a importância do diagnóstico e tratamento do parceiro.
Se você já está planejando ter um filho, e quer se preparar para este grande momento, veja algumas dicas da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva para quem quer engravidar: