As aderências pélvicas são tecidos que podem se formar entre os órgãos abdominais como ovários, útero, trompas e intestino.
Nesse sentido, dependendo da sua localização, as aderências podem inviabilizar uma gravidez, causar obstrução intestinal, além de trazer muita dor.
No texto a seguir você vai entender quais são as causas das aderências pélvicas, os sintomas e o principal tratamento para a condição.
O que são aderências pélvicas?
As aderências pélvicas são tecidos fibrosos que surgem na cavidade abdominal, como consequência de uma cicatrização.
Nesse sentido, elas podem juntar os tecidos do útero, trompas, ovários e intestino, distorcendo ou até mesmo bloqueando as funções dos órgãos afetados.
Além disso, a patologia muitas vezes se parece com a endometriose por gerar dores intensas e infertilidade.
No entanto, a diferença entre as condições é que a aderência pélvica aparece normalmente em mulheres que tiveram infecções ou foram submetidas a cirurgias na região da pelve.
Enquanto isso, a endometriose ocorre sem uma causa específica, podendo estar relacionada a menstruação retrógrada.
Entenda as principais causas das aderências pélvicas
Geralmente as aderências pélvicas surgem por traumas de cirurgias, infecções e doenças. Abaixo listamos as principais causas da patologia:
- Cesariana;
- Endometriose;
- Diverticulite (inflamação do cólon);
- Apendicite;
- Colecistite (inflamação da vesícula biliar);
- Doença Inflamatória Pélvica (condição causada principalmente por uma infecção sexualmente transmitida);
- Curetagem;
- Histerectomia;
- Miomectomia Uterina;
- Cirurgia reconstrutivas das trompas.
Sintomas de aderências pélvicas
Como já vimos, as aderências pélvicas podem gerar deformações nos órgãos e, consequentemente, afetar o comprometimento de suas funções. Nesse sentido, os principais sintomas da condição são:
- Obstrução intestinal;
- Cólicas intestinais;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor súbita na cavidade abdominal e de grande intensidade;
- Bloqueio da passagem dos óvulos pelas trompas de falópio, causando infertilidade.
Qual exame fazer para detectar aderências pélvicas?
As aderências pélvicas são diagnosticadas por videolaparoscopia, que apesar de ser minimamente invasiva, é um procedimento cirúrgico.
Nesse sentido, geralmente, durante o próprio exame que detecta a doença, o médico já consegue retirar o tecido fibroso e resolver o problema.
Em mulheres com infertilidade, é realizada durante a videolaparoscopia, o teste de cromotubagem. Desta forma, uma solução azul de metileno é introduzida na cavidade uterina para averiguar, se há permeabilidade tubária.
Como as aderências pélvicas podem atrapalhar uma gravidez?
Já mencionamos, que quando as aderências pélvicas se formam nos ovários ou nas trompas, podem causar infertilidade, pois alteram a anatomia dos órgãos, prejudicando as suas funções.
Nesse sentido, mulheres com aderências pélvicas nas trompas tendem a ter o canal obstruído, e assim, um maior risco de gravidez ectópica, ou seja, uma gestação fora do útero.
Além disso, as aderências que se formam na cavidade uterina também podem trazer problemas de infertilidade como abortos de repetição. Sendo assim, estas aderências também são chamadas de sinéquias uterinas.
Como tratar aderências pélvicas?
Em muitos casos, as aderências pélvicas se desfazem naturalmente, sem a interferência de um procedimento médico. Já em outras situações, a cirurgia é a única alternativa para resolver o problema.
Entretanto, é importante alertar que mesmo tratando é comum as aderências pélvicas voltarem em 80% dos casos.
Dessa forma, é fundamental que a paciente sempre fique atenta aos principais sintomas e retorne imediatamente ao ginecologista, logo nos primeiros sinais percebidos.
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