A Medicina Reprodutiva tem como principais objetivos investigar as causas, fazer o diagnóstico e o tratamento de infertilidade de modo a restabelecer e preservar a fertilidade masculina e feminina.
Com o uso de tecnologia reprodutiva de ponta, a Medicina Reprodutiva hoje em dia oferece a possibilidade de realizar tratamentos mais acessíveis e sofisticados para que casais com problemas de infertilidade consigam realizar o sonho de conceber um filho.
No post de hoje, você vai conhecer algumas das principais tecnologias utilizadas na Medicina Reprodutiva.
Boa leitura!
Breve história da Medicina Reprodutiva
Nos dias de hoje, temos à nossa disposição informações e recursos tecnológicos que permitem a realização de tratamentos de fertilidade de maneira eficaz e com resultados bastante positivos.
A ciência da Medicina Reprodutiva tem se desenvolvido ao longo dos anos e atualmente oferece técnicas menos invasivas e mais sofisticadas, mas nem sempre foi assim.
No ano de 1978, nasceu na Inglaterra, Louise Brown, o primeiro bebê de proveta no mundo. Esse acontecimento mudou para sempre o rumo da Medicina Reprodutiva.
Lesley e John Brown sonhavam em ter um filho. Lesley, no entanto, com 29 anos na época, possuía uma obstrução tubária que a impedia de ovular. O casal estava tentando ter um bebê há 9 anos.
Após tanto tempo de tentativas fracassadas, o casal decidiu fazer uma consulta com o embriologista Robert Edwards e o Ginecologista Patrick Steptoe, que estavam trabalhando num novo método de fertilização. John e Lesley decidiram então tentar a nova técnica, mesmo sem entender o seu funcionamento e sem qualquer histórico de sucesso do método.
O processo foi complexo e só depois de 50 tentativas, Leley ficou grávida em Dezembro de 1977, o que significou um grande avanço científico para a medicina. Mas ao mesmo tempo que o acontecimento trouxe uma grande felicidade aos pais, trouxe também algumas críticas relacionadas com a ética e a legalidade da técnica de fertilização in vitro utilizadas pelos pesquisadores.
O surgimento da fertilização in vitro
O embriologista Robert Edwards estudou e trabalhou com fertilidade humana durante vários anos na Universidade de Cambridge, durante a década de 60. Antes disso, o cientista só tinha experiência com embriologia animal e fertilizações in vitro com gametas de outros mamíferos.
Durante esse período, Edwards começou a se dedicar aos estudos da técnica utilizando tecidos humanos. Ele obtinha pedaços de ovários removidos em cirurgia e tentava realizar a fecundação em laboratório. O procedimento já havia sido bem sucedido em coelhos, realizado por outros pesquisadores, mas Edwards estava decidido a adaptar a técnica ao tecido humano.
Por volta do ano de 1968, o cientista teve sucesso na fertilização in vitro. Ele já havia se tornado capaz de fecundar um óvulo em laboratório, mas a maneira de obter os óvulos consistia em cirurgias abertas, extremamente invasivas.
Foi assim que Patrick Steptoe entrou para a história, ele desenvolveu a técnica de coleta laparoscópica de óvulos diretamente no ovário, um procedimento muito menos invasivo que podia ser indicado para mulheres que não conseguiam engravidar.
Mas foi apenas em 1975 que os pesquisadores conseguiram realizar a primeira gravidez, no entanto, foi uma gravidez ectópica e teve que ser interrompida. Após muitas tentativas sem conseguir que o embrião fosse implantado na parede uterina, eles adotaram novos protocolos de atendimento e começaram a trabalhar com um novo grupo de pacientes, no qual estavam incluídos Lesley e John Brown.
Técnicas de FIV nos dias de hoje
Desde o surgimento das técnica de fertilização in vitro, o método já evoluiu bastante, difundindo-se pelas clínicas de fertilização no mundo todo.
Atualmente, essa técnica é muito utilizada por casais com dificuldades para conceber um filho, como, por exemplo, em casos de doenças tubárias, mobilidade de espermatozóide reduzida, casais homoafetivos, sorodiscordantes, necessidade de doação de gametas, útero de substituição, diagnóstico pré-implantacional, entre outros.
Em um casal jovem e sem qualquer problema de fertilidade, a probabilidade da mulher engravidar através da técnica de fertilização in vitro é maior do que de forma natural.
Tecnologia Reprodutiva na atualidade
Como dissemos acima, antigamente as coletas de óvulo precisavam ser realizadas através de cirurgias invasivas e as taxas de sucesso não passavam de 20%.
Mas com o aparecimento do ultrassom com grande definição, melhorias na microscopia, novos meios de cultura, avanço da informática e o surgimento de equipamentos cada vez mais sofisticados, os índices de sucesso da Medicina Reprodutiva só crescem.
Nos dias de hoje, os tratamentos utilizados na Medicina Reprodutiva são conhecidos no mundo inteiro e as clínicas de fertilização oferecem os mais variados tratamentos.
Aliás, aqui no blog temos um artigo detalhado falando sobre as principais técnicas de reprodução assistida.
Conclusão
O nascimento do primeiro bebê de proveta em 1978, representou um passo importante no avanço da Medicina Reprodutiva. Desde então, outros pesquisadores realizaram estudos que permitiram que muitos casais realizassem o sonho de conceber um filho.
Além disso, com os avanços tecnológicos na área, os especialistas em Medicina Reprodutiva tornaram-se ainda mais capacitados para realizar tratamentos mais sofisticados, cada vez mais acessíveis e com taxas de sucesso maiores.
Se você achou que o nosso post te ajudou a conhecer um pouco mais sobre a Tecnologia Reprodutiva, clique aqui e conheça as melhores técnicas da Medicina Reprodutiva no Brasil.
O nosso compromisso maior é gerar possibilidades para a vida.