Aproximadamente, metade dos casos de Fertilização in vitro desenvolve mais embriões do que o necessário para ser transferido. Isso ocorre porque existe um limite seguro no número de embriões que devem ser transferidos, a fim de evitar gestações múltiplas.
Os embriões não transferidos devem ser congelados e, caso a tentativa de FIV seja um sucesso, podem vir a ser descongelados para se tentar um segundo filho. Ou então, caso a tentativa não tenha resultado na gestação desejada, os embriões podem ser transferidos no mês seguinte.
Pensando nisso, preparamos este artigo para que você conheça o que é e como funciona o congelamento de embriões.
Boa leitura!
Congelamento de embriões
Pode acontecer em alguns casos onde o tratamento de Fertilização in vitro resulta na formação de embriões que não poderão ser transferidos para o útero. Como mencionamos anteriormente, isso ocorre porque existe um número limite de embriões que devem ser transferidos, para evitar gestações múltiplas.
Ainda, pode ser utilizado quando trata-se de um ciclo com Teste Genético Pré-implantacional. Neste caso, os embriões são biopsiados para análise genética e congelados até recebimento do diagnóstico. Posteriormente, podem ser transferidos ao útero da paciente.
Os embriões excedentes, desenvolvidos adequadamente, podem então ser congelados para futuras tentativas. Desta maneira, é possível ter duas ou mais chances de engravidar num único ciclo de estimulação ovariana.
Congelamento de óvulos
Em primeiro lugar, é necessário realizar alguns exames para descartar a existência de doenças que possam comprometer a qualidade dos óvulos.
Após isso, é realizada uma estimulação ovariana com medicamentos, de forma a aumentar o número dos óvulos.
A coleta dos folículos dos ovários – onde se encontram os óvulos -, é feita através de uma espécie de agulha acoplada a um aparelho de ultrassom. É possível produzir uma quantidade extra de óvulos num único ciclo.
Os óvulos são, então, retirados de dentro dos folículos e processados em laboratório. Este processo pode levar cerca de duas horas.
A partir daí, os óvulos são colocados em soluções apropriadas que tem o objetivo de diminuir a quantidade de líquido e evitar a formação de cristais.
Posteriormente , eles são armazenados em nitrogênio líquido por tempo indeterminado e quando a mulher decide engravidar, a amostra é retirada.
Após descongelamento, prossegue-se repetições à Fertilização in vitro convencional. Isto é, os óvulos são fecundados com o espermatozóide do parceiro e implantados no útero.
As indicações mais frequentes para o congelamento de óvulos são:
- Mulheres que desejam ter filhos no futuro;
- Histórico familiar de menopausa precoce;
- Pacientes que irão se submeter ao tratamento de câncer ou qualquer procedimento cirúrgico que possa comprometer a sua fertilidade.
Congelamento de sêmen
A técnica do congelamento de sêmen é bastante simples. Primeiramente, é feita uma avaliação da qualidade dos espermatozóides, através de um exame de espermograma.
Após essa avaliação médica e o paciente não apresentando qualquer problema, o material é colhido em laboratório por meio de auto masturbação. A partir daí, o sêmen é capacitado, congelado e uma parte da amostra é separada para análise.
O congelamento do sêmen em si é realizado através do vapor de nitrogênio líquido numa diminuição contínua de temperatura, até 100°C negativos.
Posteriormente, o material coletado é armazenado em nitrogênio líquido a 196°negativos.
As indicações mais frequentes para o congelamento de sêmen são:
- Por motivos de diminuição progressiva na quantidade de espermatozoides, sem o desejo de ter filhos em um curto prazo;
- Antes da realização de cirurgia para esterilização definitiva, uma vez que, aproximadamente, 10% dos homens vasectomizados decidem ter filhos novamente;
- Tratamento oncológico que seja prejudicial aos testículos ou cirúrgico que comprometa a ejaculação e/ou a produção de espermatozoides.
Para quem é indicado?
Como já dissemos aqui no blog, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 15% da população mundial apresenta problemas de fertilidade, sendo 40% de causas femininas, 40% de causas masculinas e o restante são problemas relacionados ao casal.
A criopreservação é indicada em diversos casos. Ela pode ser utilizada, por exemplo, para preservar embriões que poderão ser utilizados em gestações posteriores.
O tratamento também é indicado para quem deseja preservar os seus gametas, sejam masculinos ou femininos, para futuras tentativas de concepção, e essa necessidade pode ocorrer devido a tratamentos que prejudicam o sistema reprodutor, como a quimioterapia ou radioterapia e por causa da idade avançada, especialmente da mulher, cuja fertilidade diminui significativamente a partir dos 35 anos de idade.
Além disso, a criopreservação também é utilizada para armazenar gametas que serão doados a casais que não possuem óvulos ou espermatozóides saudáveis para conceber um filho.
Considerações finais
Como vimos ao longo do artigo, o congelamento de embriões já ajudou milhares de pessoas que não conseguiam ter filhos a gerarem uma vida.
O procedimento é seguro e tem uma taxa de sucesso alta. No entanto, para garantir a eficácia do tratamento, é necessário contar com uma clínica especializada.
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