Um dos maiores desafios na Medicina Reprodutiva é a falência ovariana, ocasião em que o ovário não possui mais óvulos capazes de serem fertilizados e gerar filhos. Esse fato pode acontecer em mulheres jovens que apresentam falência ovariana prematura, em pacientes que passaram por tratamento com quimioterapia, ou em pessoas com idade avançada que já entraram na menopausa. Hoje em dia essa condição é cada vez mais comum em virtude do aumento significativo de mulheres que desejam postergar a maternidade.
Independente da causa, as mulheres com falência ovariana geralmente têm dificuldade de aceitar o diagnóstico, e muitas vezes saem da consulta médica frustradas, com a sensação de que nunca conseguirão realizar seu sonho de maternidade. Entretanto existe sim uma forma de transformar essa frustração em possibilidade de sucesso: Ovodoação.
A ovodoação ou doação de óvulos é uma alternativa que ajuda mulheres a realizarem o sonho da gravidez através de óvulos de outra paciente. Consiste na fertilização do óvulo de uma doadora com o espermatozóide do parceiro da receptora ou com espermatozóide doado. Desta maneira é formado o embrião que será gestado no útero da paciente receptora.
Esse tipo de tratamento é legal e ocorre em sigilo e anonimato.
Uma preocupação freqüente das pacientes que engravidam através da ovodoação é quanto a gerar um filho com características genéticas completamente diferente de si. Porém, hoje em dia já há evidências científicas que mostram a influência da epigenética, o “além de genética” no desenvolvimento do embrião. Ou seja, o útero onde esse embrião vai se desenvolver ao longo de toda a gestação pode transmitir a expressão de genes da mulher que o carrega.