A diminuição da fertilidade feminina com o avanço da idade é uma realidade, sobretudo, a partir dos 35 anos, e é a partir desse período que a liberação de óvulos pelo sistema reprodutor diminui e o envelhecimento gradual dos óvulos começa a ficar mais evidente.
Além disso, sabemos que nos dias de hoje, as mulheres escolhem ter filhos cada vez mais tarde e, por esse motivo, preocupações em relação ao tempo que se tem para engravidar sem a necessidade de recorrer a tratamentos médicos, se tornam mais evidentes.
E para responder a esses questionamentos, é necessário fazer uma avaliação da fertilidade. O teste de hormônio Antimulleriano (considerado o exame mais moderno para estimar a reserva ovariana), tem como principal objetivo indicar a quantidade de óvulos existentes, além de averiguar a proximidade da menopausa e estabelecer a quantidade de hormônios necessários (no caso de mulheres em processo de indução da ovulação).
Neste post, você vai ficar sabendo o que acontece com a produção do Hormônio Antimulleriano (AMH) na menopausa e a sua relação com a fertilidade.
Boa leitura!
O que é o Hormônio Antimulleriano (AMH)?
O hormônio antimulleriano é uma glicoproteína presente no organismo feminino, que serve como marcador da reserva ovariana.
A mulher já nasce com todos os folículos que precisará durante a vida, que são as estruturas que contêm os óvulos em seu interior. Esses folículos se desenvolvem durante o ciclo menstrual e quando atingem o tamanho de aproximadamente 2 cm, rompem e liberam o óvulo que está em seu interior. Este processo é conhecido como ovulação.
Para controlar o número de folículos disponíveis para crescimento a cada ciclo menstrual, os folículos produzem o Hormônio Antimulleriano.
Sendo assim, podemos concluir que quanto mais folículos existir dentro dos ovários, mais elevado será o nível de HAM e vice-versa. Se a quantidade de folículos for baixa, o nível de HAM será baixo. Por este motivo, o HAM é um fator fundamental para o cálculo da reserva ovariana.
Outro fator importante a levar em consideração é que com o passar do tempo, a quantidade de folículos diminui, e com isso, o nível de HAM também. Assim, o declínio dos níveis de HAM da mulher podem servir como predição da menopausa e do seu prognóstico reprodutivo.
Portanto, a possibilidade de prever o futuro reprodutivo da mulher, através da dosagem do Hormônio Antimulleriano, é um fator fundamental para o aconselhamento conceptivo e contraceptivo.
A reserva ovariana
Como já vimos, a idade é um fator determinante para a fertilidade feminina, sendo que a partir dos 35 anos, a quantidade de óvulos presentes no ovário tende a diminuir rapidamente. Por isso, para avaliar o potencial reprodutivo da mulher, existem alguns exames capazes de detectar a reserva ovariana.
O HAM é o exame de sangue mais moderno existente para estimar a reserva ovariana, que se dá através da mensuração do nível do hormônio produzido pelos folículos antrais.
O exame pode ser realizado a qualquer momento do ciclo menstrual da mulher e, através da análise dos resultados, é possível estimar as chances de engravidar, pois quanto mais óvulos a mulher possuir, maiores serão as possibilidades.
É importante ressaltar que apenas um médico especializado pode analisar com precisão o resultado do exame e que cada laboratório possui um padrão de referência. Ainda assim, veja a seguir alguns desses valores referenciais:
- AMH < 0,16 ng/ml: MUITO BAIXA RESPOSTA;
- AMH entre 0,16 e 1,0 ng/ml: BAIXA RESPOSTA;
- AMH entre 1,0 e 2,0 ng/ml: MÉDIA RESPOSTA;
- AMH entre 2,0 e 4,0 ng/ml: ALTA RESPOSTA;
- AMH > 4,0 ng/ml: MUITO ALTA RESPOSTA.
Sobre a menopausa
Como já vimos no início deste post, a mulher já nasce com todos os folículos que precisará para o resto da vida. Essa reserva é utilizada desde o primeiro fluxo menstrual, também conhecida como Menarca, até a última, também conhecida como Menopausa.
O corpo de nenhuma mulher é capaz de produzir novos folículos ao longo de sua vida, assim como não é capaz de repor os que foram despendidos. Quando morrem os últimos folículos, os ovários entram em falência e as concentrações do estrogênio e progesterona caem de maneira irreversível.
A menopausa precoce
A idade média que as mulheres brasileiras atingem a menopausa é entre 49 e 51 anos. No entanto, em alguns casos, a menopausa pode ocorrer precocemente, antes dos 40 anos.
As causas da menopausa precoce ainda são desconhecidas, apesar disso, algumas hipóteses consideram fatores genéticos, imunológicos e iatrogênicos como principais motivos para o seu aparecimento.
Embora não seja possível identificar precocemente, como já dissemos, existem alguns testes de reserva ovariana que podem mostrar o declínio da função ovariana reprodutiva, sendo que, o mais moderno, é o Hormônio Antimulleriano.
É importante salientar também que, apesar de não ser possível evitar o quadro de menopausa precoce, é viável alertar que mulheres que desejam engravidar e tenham casos de menopausa precoce conhecidos na família, precisam procurar o seu ginecologista para um diagnóstico mais preciso.
O tratamento da menopausa precoce consiste na reposição hormonal com estrogênio e progesterona, objetivando diminuir os sintomas do climatério e prevenir a osteoporose. Para mulheres almejando engravidar, a única alternativa é a Fertilização In Vitro.
A menopausa precoce é pouco frequente e atinge de 1 a 3% das mulheres adultas. No entanto, se você faz parte do grupo de risco (mulheres com histórico familiar de menopausa precoce), a recomendação é procurar um especialista para pode avaliar as melhores opções de tratamentos para o seu caso.
Considerações finais
Como vimos neste post, o Hormônio Antimulleriano é o principal marcador da reserva ovariana e, através de um exame de sangue específico, é possível predizer o futuro reprodutivo da mulher, ou seja, através do exame HAM é viável estimar quais serão as chances de engravidar de forma espontânea.
É um exame fundamental para mulheres que desejam engravidar, principalmente, para aquelas com casos de menopausa precoce na família, ou com idade superior a 35 anos.
Então, se você faz parte desse grupo de mulheres, procure um médico para obter um diagnóstico preciso e identificar as soluções possíveis para o seu caso.
Se você achou que o nosso post ajudou você a conhecer melhor sobre o Hormônio Antimulleriano e a sua relação com a menopausa, clique aqui, marque uma visita e tenha os melhores tratamentos da medicina reprodutiva do Brasil. O nosso compromisso maior é gerar possibilidades para a vida.