Conteúdo atualizado em: 04/07/2024
Você já ouviu falar em Clínica de Fertilidade? Sabe o que faz, como funciona e como pode ajudar as pessoas a realizarem o sonho de ter um filho?
No texto a seguir vamos explicar o que é uma clínica de fertilidade, entender seus serviços e saber como escolher a que tem excelência em seus tratamentos.
Confira!
O que é uma Clínica de Fertilidade?
Uma clínica de fertilidade, ou um centro de reprodução humana, é um ambiente multidisciplinar, que conta com médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros profissionais que ajudam as pessoas que enfrentam dificuldades de engravidar naturalmente.
Dessa forma, é possível resolver problemas de infertilidade feminina, masculina, conjugal e sem causa aparente através de técnicas de reprodução assistida. Assim, a partir de um diagnóstico preciso sobre as causas que estão impedindo a gravidez, consegue-se determinar o melhor tratamento para aumentar as chances de uma gestação.
Da mesma maneira, as clínicas de fertilidade atualmente também ajudam a formar novas configurações familiares com possibilidades de procedimentos para casais homoafetivos, mães e pais “solos”.
Principais tratamentos e serviços oferecidos
Atualmente, as clínicas de fertilidade possuem vários tratamentos que ajudam milhares de pessoas a construírem suas famílias. No entanto, é importante frisar que somente após uma avaliação completa e individualizada, os especialistas podem indicar o melhor tratamento para cada caso. Sendo que a medicina reprodutiva oferece várias possibilidades como:
Coito programado
O coito programado é uma técnica de reprodução assistida, de baixa complexidade, que acompanha o ciclo menstrual para determinar o período fértil da mulher. Assim, há um acompanhamento do ciclo até ocorrer a ovulação, e o médico orienta o casal quando deve ter relações sexuais para haver a fecundação.
Dessa forma, este tratamento pode ser indicado para casos leves de infertilidade como a anovulação, pois otimiza o encontro do espermatozoide com o óvulo dentro do corpo da mulher. Para que isso aconteça, pode-se inclusive usar medicamentos indutores de ovulação, aumentando as chances de sucesso do procedimento.
Inseminação artificial
A inseminação artificial (IA) é muito usada em casos de infertilidade masculina e feminina com taxa de sucesso em torno de 20%. O tratamento consiste na introdução dos espermatozoides diretamente dentro da cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a fecundação do óvulo.
Também chamada de inseminação intrauterina (IIU), a técnica de baixa complexidade é indicada quando há leve alteração nos espermatozoides, e em casos de infertilidade sem causa aparente, onde o laboratório pode melhorar a qualidade do sêmen e, dessa forma, as taxas de sucesso.
Fertilização in vitro (FIV)
A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica de alta complexidade que tem ajudado milhares de pessoas a superarem problemas de infertilidade. Esse tratamento ficou conhecido em 1978, com o nascimento de Louise Brown, na Inglaterra, o primeiro bebê de proveta do mundo.
Desde então, a Fertilização In Vitro vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a realizarem o sonho de ter um filho. Nesse sentido, a técnica promove o encontro do óvulo e do espermatozoide fecundado em laboratório (fora do corpo da mulher).
Desta forma, os embriões formados são cultivados em meio de cultura, selecionados e posteriormente transferidos ao útero onde serão implantados. Nesse caso, as taxas de sucesso do tratamento podem chegar a 20% e 50%. No entanto, as chances de conseguir uma gravidez depende de fatores como idade da mulher, reserva ovariana, receptividade endometrial, qualidade do esperma, entre outros.
Veja as etapas da FIV:
Estimulação ovariana
Com uso de medicamentos hormonais, a indução ovariana estimula que um maior número de folículos, que contêm os óvulos, cresça e amadureça. Dessa forma, é possível obter mais óvulos para serem fertilizados.
Durante o período de estimulação, realizam-se exames de ultrassonografias para acompanhar o crescimento dos folículos, até que estejam prontos para coleta.
Punção folicular
Quando os folículos alcançam o tamanho ideal, ocorre a coleta de óvulos através da punção folicular. Assim, todos os folículos produzidos pelos ovários são aspirados por uma agulha bem fina, guiada pelo ultrassom transvaginal. O procedimento é simples e rápido e acontece sob sedação.
Coleta de sêmen
O sêmen dos homens é coletado através de masturbação ou por punção testicular, quando não há espermatozoides no ejaculado. São selecionados os espermatozoides mais saudáveis e viáveis para a fecundação.
Fecundação
No tratamento de Fertilização In Vitro, a fecundação ocorre em laboratório. Ou seja, o encontro do óvulo com o espermatozoide para formar o embrião acontece fora do corpo da mulher, com a ajuda do embriologista.
Cultivo e transferência embrionária
Os embriões formados no laboratório são cultivados em uma incubadora por alguns dias, até serem transferidos para o útero materno. Isto acontece geralmente no quinto dia do seu desenvolvimento, D5, quando o embrião atinge o estágio de blastocisto. Em casos de exceção, pode ocorrer no terceiro dia, D3.
Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
A Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é um procedimento realizado durante a Fertilização In Vitro, quando a fecundação dos gametas ocorre em laboratório. Nesse sentido, todas as etapas acontecem da mesma forma que a FIV tradicional, mudando apenas a parte da fecundação.
Deste modo, na ICSI, um único espermatozoide pré-selecionado é introduzido diretamente dentro do óvulo, potencializando as chances de fecundação de 60% e 80%. Ou seja, nesta técnica existe a interferência direta do embriologista.
Assim, o tratamento ICSI é muito indicado quando o problema de infertilidade é causado por fator masculino, especialmente para casos de, astenozoospermia ou teratozoospermia.
Congelamento de óvulos/ embriões
O congelamento de óvulos e embriões é uma técnica de reprodução assistida que tem como objetivo preservar a fertilidade da mulher e do homem. Também chamada de criopreservação, esse procedimento possibilita o congelamento dos gametas femininos, masculinos e também dos embriões para posterior utilização.
O material permanece intacto em toda sua estrutura e funcionalidade, podendo ser utilizado futuramente, após passar pelo processo de descongelamento.
Portanto, seja por escolha pessoal ou por necessidade médica, o procedimento permite “driblar” o relógio biológico feminino, possibilitando que gametas e embriões permaneçam jovens por muito mais tempo.
Vale ressaltar que a técnica de congelamento usada atualmente é a da vitrificação que assegura bons resultados nos tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV). Isto porque a rapidez com que atinge a baixa temperatura de -196º produz um estado vítreo no embrião ou óvulo que impede a formação de cristais de gelo e danos celulares.
Após a vitrificação, gametas ou embriões ficam armazenados em tanques de nitrogênio líquido, por tempo indeterminado, até serem usados ou doados. Com isso, o congelamento representa chances reais para quem busca ajuda da medicina reprodutiva para ter um filho.
Ovodoação/doação de embriões
A ovodoação é uma técnica de reprodução assistida indicada para mulheres com dificuldade de engravidar com seus próprios óvulos. Nesse sentido, é indicado para mulheres com diminuição da reserva ovariana, na menopausa, em tratamento oncológico, portadoras de doenças genéticas, entre outros.
Nesse sentido, a ovodoação ocorre quando uma mulher cede seus óvulos, de forma altruísta, para que outra pessoa os utilize. Assim, o gameta feminino doado é fecundado através da Fertilização in Vitro e o embrião resultante, após transferência, será gestado pela receptora.
Além disso, a doação de óvulos também possibilita que casais masculinos e pais solteiros formem suas famílias.
Conforme a Resolução nº 2.294/2021, do Conselho Federal de Medicina (CFM), é permitida a doação voluntária dos óvulos, assim como a doação compartilhada. Nesse último, doadora e receptora necessitam de tratamento para engravidar, e assim, compartilham tanto o material biológico quanto os custos financeiros.
Da mesma forma existe a doação de embriões, quando casais em tratamento de Fertilização In Vitro cedem seus embriões excedentes para outras pessoas. Assim como os óvulos, os embriões podem ser armazenados por tempo indeterminado, aguardando o momento de transferência para o útero da receptora.
Útero de substituição
O útero de substituição ou útero solidário é um tratamento no qual uma mulher gera um bebê em seu útero para outra pessoa. Nesse sentido, é uma alternativa para que mulheres com ausência de útero, defeitos congênitos, casais homoafetivos masculinos e homens solteiros formem suas famílias.
Desta forma, o embrião a ser gestado no útero de substituição é formado por FIV, através da fecundação do óvulo e espermatozoides do casal, ou a partir de gametas doados. Após a fertilização, o embrião é transferido ao útero da mulher que vai carregá-lo durante toda a gravidez. Da mesma forma, pode ser usado um embrião doado.
Também chamado de doação temporária do útero, a técnica é regulamentada pela resolução nº 2.294/21 do Conselho federal de Medicina.
Diagnóstico genético pré-implantacional
O teste genético pré-implantacional (PGT exame) é utilizado para rastrear possíveis problemas genéticos do embrião antes da sua transferência ao útero materno. Dessa forma, é feita uma biópsia embrionária para tentar evitar doenças e abortos de repetição e, assim, melhorar os resultados dos tratamentos de reprodução assisitida.
Como muitas doenças genéticas ainda não têm cura, através do exame é viável selecionar embriões saudáveis para serem transferidos ao útero. Com a técnica é possível prevenir que as futuras gerações de uma família sejam afetadas por alguma doença hereditária ou cromossômica.
Veja aqui algumas doenças que podem ser evitadas pelo o pgt exame
- Talassemia;
- Anemia falciforme;
- Retinoblastoma;
- Câncer de mama hereditário;
- Atrofia muscular espinhal;
- Distrofia miotônica (Steinert);
- Fibrose cística;
- Hemofilia A e B;
- Beta talassemia;
- Doenças de Huntington;
- Síndrome do X Frágil;
- Síndrome de Down;
- Distrofia muscular Duchenne (masculino);
- Neoplasia endócrina múltipla do tipo 2ª;
- Distrofia muscular de Becker;
- Doença renal policística.
Veja também https://nilofrantz.com.br/pgt-exame-para-que-serve/
Como escolher a melhor clínica para você?
Para escolher a melhor clínica de fertilidade, vários fatores devem ser levados em conta. Por essa razão, é importante procurar uma equipe médica multidisciplinar experiente e qualificada que ofereça um atendimento totalmente personalizado. Além disso, é fundamental a clínica contar com tecnologia de ponta, disponibilizando laboratório de embriologia de última geração e os mais modernos equipamentos para os tratamentos.
Da mesma maneira, a clínica de fertilidade precisa ter uma boa capacidade de investigação. Nesse sentido, o diagnóstico correto e preciso é o ponto de partida para um tratamento eficiente com altas taxas de sucesso.
Outros fatores também devem ser levados em conta, como a estrutura física e a privacidade oferecidas para atender às expectativas e necessidades dos pacientes. Portanto, na hora de escolher uma clínica é importante verificar os três pilares: instalações adequadas, equipamentos de última geração e uma equipe multidisciplinar de profissionais qualificados. Somente assim, os pacientes terão um atendimento humanizado aliado à tecnologia de ponta para receber diagnósticos precisos e mais assertivos.
Leia também: como procurar a melhor clínica de reprodução assistida
A importância da avaliação inicial
Quando falamos em infertilidade é importante esclarecer que ela pode ser causada por diferentes fatores. 40% dos casos são questões femininas, 40% são problemas masculinos, 10% são dificuldades tanto do homem quanto da mulher, e os outros 10% não têm causa aparente.
Por conseguinte, os problemas para engravidar normalmente são desencadeados por fatores hormonais, anatômicos, doenças autoimunes, genéticas e infecciosas. Além disso, o estilo e os hábitos de vida, como a dieta, o fumo, ingestão de álcool e o estresse, também contribuem para a infertilidade.
Assim, quando o casal não consegue engravidar, ele deve procurar um médico para fazer uma avaliação com exames laboratoriais e clínicos. E conforme o diagnóstico da infertilidade conjugal, o especialista poderá indicar o melhor tratamento.
Sucesso em tratamentos de fertilidade
Como já mencionamos, as causas de infertilidade dependem de várias situações, e por esta razão é importante realizar uma avaliação de cada caso. Sendo assim, somente após a investigação e um diagnóstico preciso é imprescindível seguir as orientações dos especialistas para obter sucesso nos tratamentos.
No entanto, independente do problema, é fundamental o casal mudar o seu estilo de vida. Deste modo, uma alimentação equilibrada, uma boa noite de sono e a prática frequente de exercícios físicos podem melhorar a qualidade dos gametas femininos e masculinos.
Por outro lado, o tabagismo, o consumo de álcool e a má alimentação podem dificultar que a gravidez aconteça. Além disso, a obesidade , a anorexia e o estresse também tendem a levar a infertilidade do casal.
Confira abaixo como hábitos errados podem afetar a fertilidade:
Excesso de peso
O peso interfere diretamente na fertilidade. Dessa forma, mulheres que estão abaixo ou acima do peso saudável correm o risco de ter mais dificuldades para engravidar, pois estar com muitos quilos a mais ou a menos pode desregular os hormônios e, assim, interferir na ovulação.
Nos homens, o peso interfere na contagem e qualidade do esperma. Nesse sentido, estudos mostram uma relação entre obesidade e deficiência na produção de esperma. Muita gordura corporal tende a interferir nos hormônios reprodutivos, o que prejudica a fecundação do óvulo.
Excesso de café e bebidas alcoólicas
O excesso de café ou álcool pode prejudicar as mulheres que querem engravidar. Dessa forma, beber 500 miligramas de cafeína por dia, que equivale a 5 xícaras de café, pode causar diminuição da fertilidade. O ideal é manter uma ingestão moderada de cafeína, cerca de 200 miligramas ao dia.
Além disso, homens e mulheres que estão tentando engravidar também devem ter cautela em relação a bebidas alcoólicas. Pesquisas científicas observaram que o risco de infertilidade aumenta entre as mulheres que consomem duas ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia, podendo causar distúrbios da ovulação e alterar a qualidade dos óvulos. No homem, o álcool em excesso está associado à diminuição da testosterona e do volume do sêmen. Ele também pode causar impotência; portanto, bebidas alcoólicas devem ser ingeridas de forma moderada.
Cigarro
O hábito de fumar pode trazer importantes consequências para a fertilidade. Nesse sentido, nas mulheres fumantes, o cigarro pode afetar a receptividade do útero, prejudicando a possibilidade de gravidez. O fumo também aumenta o risco de aborto espontâneo, tanto nas gestações naturais como naquelas que resultam de reserva ovariana e reprodução assistida.
Nos homens, o tabaco duplica o número de radicais livres, reduz a quantidade e a mobilidade dos espermatozoides, aumenta o risco de anormalidades no esperma e defeitos genéticos no embrião. Ou seja, o fumo é inimigo da saúde e da fertilidade.
Estresse
A ansiedade e o estresse intenso provocam alterações hormonais que afetam a produção de óvulos e espermatozoides saudáveis, prejudicando a fertilidade feminina e masculina. Por isso, é importante achar formas para controlar o estresse, como meditação, técnicas de mindfulness, respiração profunda e outras atividades relaxantes.
Nesse sentido, praticar exercícios regularmente também é fundamental, pois, além de trazer benefícios para a saúde, como a perda de peso, ajuda a regular os hormônios e a melhorar a motilidade dos espermatozoides.
Na mulher, o exercício físico traz também vantagens para a ovulação, mas vale o alerta: atividade física em excesso pode causar disfunção menstrual e gerar uma quantidade muito grande de radicais livres, substâncias que interferem na qualidade celular. Portanto, a dica é manter uma rotina de exercícios, mas sem exageros.
Taxas de sucesso e credibilidade
A credibilidade de uma clínica de fertilidade deve ser fator decisivo na hora de escolher onde fazer seu tratamento. Desta forma, pesquisar sobre o histórico do centro, conferir os depoimentos de pacientes e as taxas de sucesso nos tratamentos são fundamentais. Nesse sentido, a Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, clínica com mais de 20 anos de trajetória, é referência de sucesso no Brasil.
Fundada pelo especialista Dr. Nilo Frantz, a clínica é uma das mais conceituadas e experientes clínicas de Medicina Reprodutiva do país. Possui unidades em Porto Alegre/RS, Novo Hamburgo/RS, Criciúma, Santa Maria, São Paulo/SP e mais de 20 médicos parceiros no sul do país.
Assim, com infraestrutura moderna e laboratórios de alta performance, a clínica vem desde sua fundação, em 2003, driblando barreiras e ajudando milhares de pacientes a terem filhos. Dessa forma, já são mais de 4 mil bebês nascidos com a ajuda dos profissionais da Nilo Frantz que se sentem realizados em fazer parte da construção de cada família.
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