É possível engravidar com a transferência ao útero de apenas 1 embrião? Essa é uma dúvida frequente de pessoas que necessitam da Fertilização In Vitro para realizar o sonho de um filho.
Mas afinal, porque cada vez mais os médicos têm preferido transferir 1 embrião? Quando é indicado? Como acontece a transferência do embrião ao útero? Para saber mais sobre este assunto leia o texto abaixo
É possível engravidar com apenas 1 embrião?
Sim, é possível engravidar com apenas um embrião e essa tem sido uma escolha cada vez mais frequente nas técnicas de Fertilização In Vitro (FIV). Isto porque a transferência de 2 ou mais embriões aumentam as chances de gestação gemelar, o que pode representar riscos para a gravidez.
Nesse sentido, é importante esclarecer que o sucesso dos tratamentos de Reprodução Assistida dependem de um conjunto de fatores, sendo que o desenvolvimento do embrião é um dos mais determinantes. Desta forma, as chances da FIV dar certo com 1 embrião são grandes considerando que seja feita a transferência do blastocisto de mais qualidade.
Quando a FIV com 1 embrião é indicada?
A Fertilização In Vitro com 1 embrião é indicada baseada em um conjunto de fatores que impactam nas chances de gravidez como idade materna, receptividade endometrial e qualidade do embrião. Da mesma forma, o risco de gerar uma gravidez múltipla também é levado em conta.
Nesse sentido, muitos casais desejam a transferência de mais embriões por acharem que a probabilidade de gravidez aumenta, no entanto, possíveis complicações de uma gravidez gemelar devem ser consideradas.
Veja alguns fatores que influenciam na hora de escolher o número de embriões para transferência
- Idade da paciente;
- Tentativas prévias de FIV;
- Idade da doadora em caso de ovodoação;
- Idade da mulher na ocasião da coleta dos óvulos em casos de gametas congelados;
- Cirurgias uterinas prévias, como miomectomia ou cesárea;
- Malformações uterinas, como útero bicorno, unicorno e didelfo;
- Qualidade dos embriões que pode ser avaliada por meio da classificação morfológica e com a realização do teste genético pré-implantacional;
- Estágio do desenvolvimento do embrião para transferência que pode acontecer no quinto dia (D5), já no estágio de blastocisto, ou ainda no terceiro dia (D3), quando necessário.
Além disso, há regras determinadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que devem ser seguidas sobre o número de embriões que podem ser transferidos de acordo com a idade da mulher em tratamento.
Veja o que determina o CFM sobre número de embriões para transferência
- Idade da paciente;
- Mulheres com até 37 anos: até 2 embriões;
- Mulheres com mais de 37 anos: até 3 embriões;
- Em caso de embriões euploides ao diagnóstico genético, até 2 embriões, independentemente da idade;
- Nas situações de doação de óvulos, considera-se a idade da doadora no momento de sua coleta.
Transferir apenas 1 embrião na FIV aumenta as chances de sucesso?
Não é possível afirmar que a FIV com 1 embrião aumenta as chances de sucesso já que são muitas variáveis envolvidas no resultado do tratamento. No entanto, quando há mais embriões disponíveis para transferência, normalmente há maiores taxas cumulativas de gravidez se esses embriões forem transferidos separadamente.
E como vimos, a transferência de um único embrião na FIV, ou Single Embryo Transfer (SET) tem se tornado cada vez mais comum. Nesse sentido, o objetivo é reduzir as gestações de gêmeos e aumentar as chances de implantação fazendo a transferência do blastocisto com mais qualidade.
E qual a probabilidade de 1 embrião se dividir na FIV?
As chances de 1 embrião se dividir na FIV são as mesmas de uma gravidez natural. Isto porque o embrião que foi transferido ao útero e se implantou vai seguir o desenvolvimento normal de qualquer gestação ocorrida de forma espontânea.
Veja a probabilidade de gestões múltiplas:
- Gêmeos: 1 em cada 80 nascimentos;
- Trigêmeos: 1 em cada 6.400 nascimentos;
- Quadrigêmeos e demais casos: 1 em cada 512.000 nascimentos.
No entanto, a probabilidade de 1 embrião se dividir na FIV pode aumentar quando ele passa pelo procedimento chamado Assisted Hatching, ou eclosão assistida. Nesse sentido, essa é uma técnica adicional do tratamento de Fertilização In Vitro (FIV) que provoca o rompimento da zona pelúcida, camada externa que recobre o embrião.
Normalmente o embrião se liberta desta “casca” espontaneamente quando está pronto para se implantar no endométrio, possibilitando assim que a gravidez evolua. No entanto, em alguns casos a eclosão não ocorre e o assisted hatching tem como objetivo ajudar o embrião formado em laboratório a eclodir antes da sua transferência ao útero.
Dessa forma, a eclosão “forçada”, realizada de forma artificial, aumenta as chances de implantação e as taxas de sucesso da FIV. Além disso, pode elevar as chances deste embrião se dividir e gerar uma gestação múltipla.
Não consegui engravidar com minha FIV de 1 embrião. E agora?
Se a FIV com 1 embrião não obteve sucesso, uma segunda FIV pode ser necessária na busca pela gravidez.
Nesse sentido, estudos indicam que a segunda Fertilização In Vitro (FIV) apresenta mais chances de dar certo podendo aumentar em até 65% as taxas de sucesso.
Desta forma, muitas vezes embriões excedentes do primeiro ciclo que foram congelados, podem ser utilizados nas próximas tentativas.
Vale lembrar que não há limite de tentativas para que a FIV dê certo, e o número de vezes vai depender de cada caso. Desta forma, geralmente até três tentativas, as chances de gravidez podem chegar a 90%.
Como acontece a transferência de embriões na clínica de reprodução Nilo Frantz?
A Nilo Frantz Medicina Reprodutiva é uma reconhecida clínica de reprodução humana que preza por excelência em todas tratamentos de infertilidade. Desta forma, com sede em São Paulo, Porto Alegre e Novo Hamburgo/RS, atua com especialistas experientes e o que há de mais moderno em tecnologia para oferecer os melhores resultados.
Nesse sentido, a equipe da Nilo Frantz sabe a importância da transferência de um embrião formado em laboratório ao útero para o sucesso da Fertilização In Vitro (FIV). Sendo assim, uma das principais preocupações é ter à disposição embriões com ótimo desenvolvimento, o que aumenta muito as chances de gravidez.
Dessa forma, é importante saber que a evolução do embrião passa por diversas fases, e geralmente após o 5º ou 6º dia, o embrião chega ao estágio de blastocisto. É nesta etapa que, em uma gravidez natural, ele está pronto para se encaminhar da tuba à cavidade uterina, onde se fixará no tecido endometrial para começar a gestação.
Desta maneira, a transferência do embrião em um tratamento de Reprodução Assistida na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva procura recriar, sempre que possível, a rotina que acontece dentro do corpo da mulher. Por esta razão, o embrião em estágio blastocisto é geralmente o escolhido para ser transferido.
Veja como acontece o procedimento de transferência do embrião na FIV
A transferência do embrião é simples e ocorre em ambiente ambulatorial. Nesse sentido, inicia com a introdução de um fino cateter de plástico flexível pelo orifício externo do colo uterino. Também chamado de cateter guia, é por dentro dele que vai passar um segundo cateter, de calibre menor, trazendo os embriões e garantindo que a trajetória seja segura até o fundo uterino. Desta forma, o cateter que contém um ou mais embriões suspensos em um meio fluido específico, vem acoplado a uma pequena seringa. Assim, esse líquido é suavemente empurrado para dentro do útero, levando junto os embriões. A partir daí, seu desenvolvimento continua na cavidade uterina, e se aderir à parede do útero (endométrio), ocorre a nidação dando início a gravidez.
No nosso Instagram, temos um vídeo mostrando uma transferência de embrião. Confira clicando aqui.
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