Atualmente, cada vez mais mulheres optam por ter filhos mais tarde e para preservar a qualidade dos óvulos, recorrem à criopreservação.
A criopreservação é uma técnica que utiliza o congelamento para conservar materiais biológicos e uma das suas aplicações mais comuns ocorre em clínicas de medicina reprodutiva.
Outro motivo que conduz as pessoas a recorrerem a esse tipo de tratamento, são pacientes que vão se submeter a tratamentos oncológicos como quimioterapia e radioterapia.
Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre a técnica de criopreservação e em quais casos ela é recomendada.
Boa leitura!
O que é a Criopreservação?
A criopreservação é a técnica que possibilita o congelamento de óvulos, espermatozóides e embriões para utilização posterior. Com o avanço da tecnologia nas técnicas de criopreservação, atualmente, é possível obter excelentes taxas de sucesso em gestação.
Além disso, o estímulo hormonal é suave e os efeitos colaterais são mínimos ou inexistentes.
Congelamento de óvulos
Em primeiro lugar, é necessário realizar alguns exames para descartar a existência de doenças que possam comprometer a qualidade dos óvulos.
Após isso, é realizada uma estimulação ovariana com medicamentos, de forma a aumentar o número dos óvulos. A coleta dos folículos dos ovários – onde se encontram os óvulos -, é feita através de uma espécie de agulha acoplada a um aparelho de ultrassom. É possível produzir uma quantidade extra de óvulos num único ciclo.
Os óvulos são, então, retirados de dentro dos folículos e inicia-se o processo de maturação em laboratório. Este processo pode levar cerca de duas horas.
A partir daí, os óvulos são colocados numa substância congelante para diminuir a quantidade de líquido e evitar a formação de cristais.
E por último, eles são armazenados em nitrogênio líquido por tempo indeterminado e quando a mulher decide engravidar, a amostra é retirada. Em seguida, o processo é semelhante ao da fertilização in vitro convencional, isto é, os óvulos são fecundados com o espermatozóide do parceiro e implantados no útero.
As indicações mais frequentes para o congelamento de óvulos são:
- Mulheres que desejam ter filhos no futuro;
- Histórico familiar de menopausa precoce;
- Pacientes que irão se submeter ao tratamento de câncer ou qualquer procedimento cirúrgico que possa comprometer a sua fertilidade.
Congelamento de sêmen
A técnica do congelamento de sêmen é bastante simples. Primeiramente, é feita uma avaliação da qualidade dos espermatozóides, através de um exame de espermograma.
Após essa avaliação médica e o paciente não apresentando qualquer problema, o material é colhido em laboratório por meio de estimulação. A partir daí, o sêmen é capacitado, congelado e uma parte da amostra é separada para análise.
A próxima etapa é a cristalização do sêmen, que é realizada através do vapor de nitrogênio líquido numa diminuição contínua de temperatura, até 100°C negativos.
Por último, o material coletado é armazenado em nitrogênio líquido a 196°negativos.
As indicações mais frequentes para o congelamento de sêmen são:
- Por motivos de diminuição progressiva na quantidade de espermatozoides, sem o desejo de ter filhos em um curto prazo;
- Antes da realização de cirurgia para esterilização definitiva, uma vez que, aproximadamente, 10% dos homens vasectomizados decidem ter filhos novamente;
- Tratamento oncológico que seja prejudicial aos testículos ou cirúrgico que comprometa a ejaculação e/ou a produção de espermatozoides.
Congelamento de embriões
Pode acontecer em alguns casos onde o tratamento de fertilização in vitro resulta na formação de embriões que não poderão ser transferidos para o útero. Isso ocorre porque existe um número limite de embriões que devem ser transferidos, para evitar gestações múltiplas.
Os embriões excedentes desenvolvidos adequadamente, podem então ser congelados para futuras tentativas. Desta maneira, é possível ter duas ou mais chances de engravidar num único ciclo de estimulação ovariana.
Para quem é indicada?
Como já dissemos aqui no blog, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) cerca de 15% da população mundial tem problemas de fertilidade, sendo 40% de causas femininas, 40% de causas masculinas e o restante são problemas relacionados ao casal.
A criopreservação é indicada em diversos casos. Ela pode ser utilizada, por exemplo, para preservar embriões que poderão ser utilizados em gestações posteriores;
O tratamento também é indicado para quem deseja preservar os seus gametas, sejam masculinos ou femininos, para futuras tentativas de concepção, e essa necessidade pode ocorrer devido a tratamentos que prejudicam o sistema reprodutor, como a quimioterapia ou radioterapia e por causa da idade avançada, especialmente da mulher, cuja fertilidade diminui significativamente a partir dos 35 anos de idade.
Além disso, a criopreservação também é utilizada para armazenar células que serão doadas a casais que não possuem óvulos ou espermatozóides saudáveis para conceber um filho.
Considerações finais
O primeiro bebê gerado a partir de um embrião criopreservado, nasceu em 1984 e desde então, a técnica tem evoluído muito, garantindo nos dias atuais, a preservação dos gametas por tempo indeterminado.
Aliás, existem registros de crianças nascidas a partir de espermatozóides e óvulos que permaneceram congelados em nitrogênio líquido por mais de 20 anos.
Através da utilização dessa técnica, a Medicina Reprodutiva já ajudou milhares de pessoas que não conseguiam ter filhos, a gerar uma vida.
Se você achou que o nosso post ajudou você a conhecer mais sobre as técnicas de criopreservação e quando elas são recomendadas, clique aqui e conheça as melhores técnicas de medicina reprodutiva do Brasil.
O nosso compromisso maior é gerar possibilidades para a vida.