O Coronavírus ou Covid-19 (Corona Vírus Disease) é uma nova doença respiratória que já atingiu todos os continentes do planeta, gerando uma pandemia mundial. A doença, que começou no final de dezembro de 2019 na China, está exigindo grande esforço da população, como isolamento social e cuidados de higiene.
Por esta razão, é muito importante saber mais informações sobre o coronavírus:
- Como é feito o contágio?
- Quem são os mais atingidos?
- Quais os impactos para as gestantes e mulheres em tratamento de reprodução humana e quais os cuidados necessários para se proteger?
Entenda o que é coronavírus
O coronavírus é o nome de uma grande família de vírus que tem uma estrutura em formato de coroa, conhecida desde 1960. Os coronavírus comuns causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, são doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum.
Entretanto, o novo coronavírus, descoberto em dezembro de 2019, é uma nova cepa do vírus, que tem alto poder de contágio e causa a síndrome respiratória aguda grave, principalmente em pacientes idosos, pessoas com doenças respiratórias ou que diminuem a imunidade.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, 81% dos infectados pelo novo coronavírus têm sintomas leves da doença, como tosse e coriza, 14% apresentam sintomas graves, e 5% evoluem para um quadro crítico, que pode levar à morte.
O período de incubação do Covid-19 é de 1 a 14 dias, geralmente ficando em torno de 5 dias.
Veja aqui os principais sintomas do coronavírus:
(peguei este modelo de ilustração que achei bacana.. Podíamos fazer algo parecido com febre, tosse, dificuldade de respirar e acrescentando ainda a coriza e dor de garganta.)
Coronavírus: o que você precisa saber?
Diante de uma epidemia mundial como esta, as informações sobre o novo coronavírus mudam muito rapidamente. Nesse sentido, em apenas três meses, o número de casos aumentou significativamente em todo o mundo e, no final de março de 2020, já tinham mais de 505 mil casos de contágio em 175 países, com mais de 24 mil mortes.
Os primeiros países mais atingidos são China, Itália, Espanha, Irã, França e EUA. O primeiro caso no Brasil foi notificado no dia 26 de fevereiro de 2020 e, em apenas um mês, o país já contabilizou mais de 3 mil casos infectados com 80 mortes. A maior concentração está nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Como surgiu o coronavírus?
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China.
Em 7 de janeiro, as autoridades chinesas confirmaram que a causa seria um novo tipo de vírus, de uma família denominada de coronavírus. No Brasil, já existem alguns vírus desta família capazes de causar um resfriado comum, mas também vírus como SARS e MERS, responsáveis por epidemias com grande número de mortes em 2004 e 2012.
Além disso, acredita-se que o novo vírus, o Covid-19 tenha sido transmitido para os seres humanos através dos morcegos.
É possível ser infectado mais de uma vez?
Os cientistas ainda não sabem concretamente se uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez pelo coronavírus. No entanto, há notícia de uma mulher no Japão que se contaminou novamente quase um mês após ter recebido alta do hospital. Outro caso ocorreu na Itália, onde o primeiro paciente de coronavírus da cidade de Turim voltou a ter diagnóstico positivo depois de ter sido liberado pelos médicos. Além disso, infecções reincidentes também foram relatadas na China, onde a doença começou.
O coronavírus tem cura?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não há cura ou vacina para o novo coronavírus. Entretanto, médicos infectologistas dizem que existe a chamada “cura espontânea”, que ocorre quando o corpo reage à infecção. Além disso, cientistas do mundo inteiro estão estudando remédios para amenizar os sintomas do vírus e tentando descobrir, o quanto antes, uma vacina para a Covid-19.
Impactos do vírus em gestantes e nos tratamentos de gravidez
A pandemia do coronavírus está gerando preocupação também entre as gestantes e as pacientes de reprodução assistida. As perguntas mais freqüentes, por sua vez, são:
- Quais as possíveis conseqüências que esta doença pode causar nas mulheres grávidas, nos tratamentos para engravidar e nos futuros bebês?
Segundo o último comunicado da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), que traz ainda dados das sociedades europeia (ESHRE), americana (ASRM) e latinoamericana (REDLARA), não há evidências de complicações em gestantes ou em pacientes de reprodução assistida.
De acordo com o relatório, as gestantes, apesar de precisarem se cuidar, não fazem parte do grupo de maior risco. Nesse sentido, os dados demonstram que o comportamento da Covid-19 é diferente da H1N1, quando gestantes e bebês foram muito atingidos. No caso do coronavírus, as grávidas saudáveis que eventualmente forem infectadas, provavelmente terão apenas sintomas de uma gripe simples.
Em relação aos tratamentos de reprodução assistida, também não foram identificados vírus em óvulos, espermatozóides e líquido folicular. Desta maneira, as evidências até o momento sugerem seguir com os tratamentos, adiando apenas a fase da transferência, caso a paciente se sinta mais confortável. Para isso é possível recorrer ao congelamento de óvulos e embriões que posteriormente serão transferidos com maior segurança ao útero.
Coronavírus: há risco de passar a doença para o feto?
Estudos relatam casos de mães grávidas que pegaram o novo coronavírus em Wuhan, na China, e não passaram a doença para os bebês.
De acordo com um dos artigos, da revista “Frontiers in Pediatrics”, nenhum dos bebês, filhos de mães que foram infectadas com o vírus, desenvolveu os sintomas da Covid-19.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos afirma também que não há informações suficientes sobre a possibilidade desta transmissão, e que não há caso de bebês infectados com o novo coronavírus.
Mulheres com suspeita de coronavírus podem amamentar?
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), não há informações suficientes sobre a possibilidade desta transmissão. Nos casos analisados, o coronavírus não foi detectado no leite materno.
Coronavírus: confira as 5 principais maneiras de se prevenir
Como vimos aqui, ainda não há medicamentos e nem vacina para conter o novo coronavírus. Desta forma, governos do mundo inteiro, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde, estão orientando a população global com alguns cuidados para se proteger da Covid-19.
Nesse sentido, uma das principais maneiras ainda é higienizar bem as mãos com água e sabão ou com álcool gel 70%. Sabe-se que o vírus possui uma cápsula de gordura protetora, e a limpeza com estes produtos retiram essa cápsula, matando o vírus.
Em meio à pandemia do Coronavírus, o isolamento social se mostrou a ferramenta mais eficaz para o combate à transmissão dessa doença.
Mas sem a possibilidade de sair de casa por tempo indeterminado como ficam as pessoas que optaram por um tratamento de Reprodução Assistida?
É importante entender que o processo de cada tratamento exige um tempo de preparação antes do início da estimulação ovariana, e que essa preparação pode ser feita mesmo no isolamento, com o acompanhamento de especialistas, para que, quando esse período passar, você possa iniciar o seu tratamento conosco o mais rápido possível.
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