A fertilização in vitro é um dos métodos de tratamento mais conhecidos no mundo. Ele surgiu na década de 70, e desde então, evoluiu consideravelmente.
No Brasil, um dos pioneiros da fertilização in vitro é o Dr. Nilo Frantz, responsável pelo nascimento do primeiro bebê de proveta no país.
O tratamento é indicado para casais com dificuldades de engravidar, como, por exemplo, em casos que a mulher tenha problemas nas trompas que impeça a chegada do espermatozóide ao óvulo, homens com problemas na produção de gametas e doação de óvulos.
Atualmente, podemos dizer que um casal que faça o tratamento de fertilização in vitro têm mais chance de engravidar do que um casal jovem sem qualquer problema de fertilidade.
Neste post, você vai conhecer como funciona e o passo a passo da fertilização in vitro.
Boa leitura!
1. Consulta
Antes de qualquer coisa, é preciso saber os motivos que estão causando a dificuldade de engravidar. Para tal, é necessário realizar uma consulta com médicos especializados em reprodução humana.
As razões para ter dificuldade de concepção podem ser várias e, às vezes, pode ser solucionada com tratamentos mais simples, que permitam que a gravidez ocorra de forma espontânea e natural.
Na primeira consulta com um especialista em fertilidade, o principal objetivo é levantar informações sobre o histórico clínico de cada um e definir um planejamento para os próximos passos. Podem ser solicitados alguns exames logo na primeira consulta, como exames de sangue, urina e um exame pélvico. Outros exames como espermograma também podem ser solicitados.
Todos esses exames são fundamentais para obter detalhes sobre a saúde física e o potencial reprodutivo do casal.
2. Estimulação ovariana
Após a consulta e ao decidir pela fertilização in vitro, dá-se início à primeira etapa do tratamento, que é a estimulação ovariana.
A estimulação ovariana é um processo que tem como principal objetivo aumentar o número de óvulos produzidos. A técnica é realizada através da injeção de medicamentos que estimulam os ovários a produzir mais óvulos, para obter um número maior de embriões.
Deste modo, a estimulação ovariana aumenta significativamente as chances de gravidez e ainda permite a coleta de óvulos extras num único ciclo menstrual.
Esta etapa tem uma duração de cerca de duas semanas, podendo ser estendida, caso necessário.
2. Punção em laboratório
Punção folicular
Quando os folículos alcançam o tamanho adequado e uma quantidade de óvulos aceitável, é administrada uma injeção de hCG para induzir o amadurecimento do óvulo. A punção folicular pode, então, ser agendada para 36 horas após a aplicação de hCG.
Para realizar a punção, é necessário que a paciente esteja anestesiada, de forma a evitar qualquer desconforto.
Fecundação de óvulos
Após a punção folicular e a coleta dos espermatozóides, começa o processo de fecundação dos óvulos em laboratório. Geralmente, este processo é realizado através da técnica de fertilização in vitro tradicional.
A técnica consiste na colocação de espermatozóides ao redor de um óvulo, numa placa de cultivo. Outra alternativa é através do uso da técnica de Microinjeção intracitoplasmática (ICSI), técnica que consiste na introdução de um único espermatozóide vivo dentro do óvulo.
Cultivo embrionário
Quando há fecundação dos óvulos, eles são observados diariamente no laboratório e classificados de acordo com a sua morfologia e capacidade de divisão. Nem todos os embriões vão se desenvolver normalmente e podem ser considerados inviáveis.
Os embriões saudáveis são separados para a etapa de transferência embrionária. Existe um limite para o número de embriões que podem ser transferidos, de forma a evitar gestações múltiplas, e os embriões excedentes que se desenvolveram adequadamente podem ser congelados, através de técnicas de criopreservação, para ser utilizado em futuras tentativas.
Aliás, aqui no blog, temos um excelente artigo falando sobre a criopreservação.
3. Transferência embrionária
Nesta etapa do tratamento, são selecionados os melhores embriões e introduzidos dentro do útero materno.
O procedimento é relativamente simples, não requer qualquer tipo de sedação ou anestesia e pode ser realizado no atendimento ambulatorial.
A partir desse momento, começa a betaespera, que é o período de aguardo para dar tempo do embrião se instalar no útero, com a finalidade de que ocorra a gravidez.
4. Beta (Teste de gravidez)
De 7 a 10 dias depois da transferência embrionária, é realizado um teste de gravidez. Caso o resultado seja positivo, será necessário realizar uma ultrassonografia vaginal para avaliar o saco gestacional e repetir a análise de sangue.
Se o exame for negativo, será necessário fazer uma nova avaliação e consultar novamente o médico especialista em medicina reprodutiva.
5. Ultrassonografia
Confirmada a gestação, é chegada a hora do primeiro ultrassom de gravidez. Embora ainda não seja possível identificar o sexo, você vai poder escutar o coração do seu filho e ver como ele está se desenvolvendo.
Considerações finais
A técnica de fertilização in vitro foi desenvolvida nos anos 70, com o objetivo de tratar mulheres com problemas de infertilidade, mais especificamente, distúrbios nas trompas de falópio.
Atualmente, a sua indicação é ampliada para as mais diversas causas de infertilidade masculina e feminina.
A fertilização in vitro (FIV) é conhecida popularmente como “bebê de proveta” e consiste na fecundação em ambiente laboratorial. Após o desenvolvimento embrionário adequado, os embriões selecionados são transferidos para o útero da mulher.
A fertilização in vitro já ajudou milhares de casais com problemas de fertilidade a realizarem o sonho de gerar uma vida, e por isso é tão importante e necessário para a sociedade.
Se você achou que o nosso post ajudou você a conhecer mais acerca da fertilização in vitro, clique aqui e fique por dentro das melhores técnicas de medicina reprodutiva do Brasil.
O nosso compromisso maior é gerar possibilidades para a vida.